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                                  ANNY KAROLINE

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                               ANNY KAROLINE





Organizo as últimas malas que tinha, além de já ter colocado em caixas e pacotes os utensílios que seriam necessários para a mudança. Hoje seria realizado um dos jantares comuns na casa de Gavi que sempre acontece em todos os anos por volta do mês de dezembro. Só que hoje eu não poderia comparecer por conta da minha ida a nova cidade.

Nesse momento Clara e o idiota do Pedri se encontravam aqui me ajudando com tudo. Dona Rosy insistiu para que o filho me ajudasse, eu tentei negar, mas quando aquela mulher põe algo na cabeça é impossível. E o pior de tudo é que Pedri quem nos levaria de Sevilla até Barcelona. Já que as mudanças iriam em um caminhão e eu e Hugo iríamos com ele graças a tia Rosy.

— Mãe. — Meu irmão me chama e me viro para olhá-lo. Apesar de poucos meses longe da verdadeira mãe o meu irmão sempre se identificou comigo. Eu praticamente o criei, estive mais presente em sua vida do que Estela e agora, depois de seu sumisso, ele sempre me chamava de mãe e falava que eu seria a sua mãe. — Eu quero ir logo. Não agento mais fica aqui. — Sorri por ele ainda ter dificuldade em pronunciar algumas palavras e lhe peguei no colo.

— Nos já vamos, meu amor. Só temos que nos despedir da sua tia. — Me referi a Clara já que era assim que ele a chamava.

— Vô senti muiiitaaaa fata de ti, titi. — Meu pequenino saiu do meu colo e Clara o abraçou tentando segurar as lágrimas que queriam escorrer dos olhos.

— Eu também vou sentir muita falta de você, meu anjo.

Observei os dois em um lindo abraço e tentei não me emocionar com aquele momento. Ela o considerava como um irmão, assim como me considerava também. Eu amava essa garota demais, só não mais que meu pequeno irmão que eu já estava me acostumando a chamar de filho.

Observo Pedri fazer um som com a garganta e olhando de relance pude perceber que ele já estava agoniado com a cena e provavelmente estava doido para me levar logo e voltar ainda hoje para o jantar na casa dos Gaviras.

— Filho. Vamos? — Chamei o pequeno Hugo que veio prontamente correndo para meu colo. — Agora sou eu quem preciso me despedir da sua titi. — Derramei as lágrimas que se seguravam no meu rosto e abracei a minha melhor amiga ainda com meu pequeno em meus braços.

— São só cinco horas de viajem daqui até lá, quero entender o motivo do drama de vocês. — O inconveniente do Pedri sempre tinha que procurar alguma coisa pra tentar estragar momentos como esse.

— Não enche, Pedri. — Clara falou cerrando os olhos em sua direção e o moleque levantou os braços em rendição. — Eu te amo tanto amiga, vou sentir muito a sua falta. Mas sempre que puder estarei lá.

Voltei a abraçar Clara e sussurrei que lhe amava na mesma proporção ou talvez até mais. E não menti. Clara era aquele tipo de amizade que eu pretendia levar para a vida toda.

Um Lance Falso - Pedri González Onde histórias criam vida. Descubra agora