EPÍLOGO

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                                 10 anos depois...

                                ANNY KAROLINE




O estádio vibrava pela conquista do time e eu apenas conseguia chorar me sentindo emocionada pelo meu marido ter conquistado o que tanto almejou por anos. Desci do camarote do estádio caminhando rumo ao campo onde as famílias dos jogadores deveriam comparecer.

E junto comigo tinha os meus três filho. Hugo, que agora tinha quinze anos, e que conseguimos a guarda dele há dez anos. Valentina que já tinha dez anos e nosso pequeno Paulinho que tinha completado dez meses recentemente. E acabou por aí. Pedri ainda quer filhos, mas eu não me vejo sendo mãe mais uma vez. Três crianças dão muito trabalho.

Hugo já tá na fase insuportável da adolescência. Semana passada ouvi ele conversando com Pedri sobre querer perder a virgindade. Pelo amor de Deus! E o pior é que o próprio pai estava incentivando o filho. Acho que não cuido de três crianças e sim de quatro.

Valentina tinha virado um mascote pra torcida do Barcelona desde que nasceu. Acolheram minha pequena muito bem e hoje ela tem milhares de seguidores nas redes sociais. Óbvio que eu controlo todas as suas mídias, afinal, ela ainda é uma criança. Depois dos catorze ela vai poder ter o livre acesso.

E Paulinho é uma verdadeira cópia minha. Os olhos, boca, totalmente parecido comigo. Enquanto Valentina veio a cópia do pai o menor veio igualzinho a mim, ao menos um né?!

Corri em direção a Pedri, que sorriu assim que me viu. Entreguei Paulinho no colo de Hugo, que o pegou de prontidão. Entrelacei as minhas pernas no tronco do meu marido e sorri quando ele tomou minha boca com com sua.

— Nós ganhamos, amor. — Pedri sussurrou voltando a beijar meus lábios. — a Champions é nossa!

Sim, o Barcelona havia ganhado a Champions League depois de quase vinte anos. O time passou por um jejum do título, mas se reestruturou com a venda de bons jogadores que saíam de Lá Masia, mas alguns da antiga geração ainda permaneceram. Como Pedri, Gavi e Balde. Outros pegaram rumos diferentes, mas estava tudo bem.

— Pô, mãe, também quero abraçar meu pai. — Hugo bufou e eu revirei os olhos com o atrevimento daquele menino. Nem parece que até um tempo atrás eu tinha que trocar suas fraldas. — Não vejo a hora de ser eu erguendo uma dessa também.

Hugo também treinava na base do time Catalão e era considerado uma das grandes joias da atualidade. Provavelmente no próximo ano começaria a treinar com o elenco principal e dividiria os holofotes por jogar com seu pai.

As mídias já comentavam sobre isso, ele já tinha ido algumas vezes participar de treinos da equipe principal. Hugo é considerado alto pra sua idade, tem um e setenta e nove. Joga na posição de um atacante de área, o famoso centroavante e seu porte físico chega a ser melhor do que de jogadores com um número maior que a idade dele.

— Mãe, pai, olha a foto que tirei de vocês. — Valentina disse assim que Hugo saiu do abraço e nos aproximamos para ver a tal foto.

Eu e Pedri. Eu estava com minhas pernas entrelaçadas no seu tronco, uma de suas mãos estava na minha cintura, enquanto a outra ficava na parte de trás do meu pescoço. Um fotão que minha filha havia tirado.

— Vendo essa foto sua mãe parece não ter envelhecido nada. — meu marido disse sorridente a medida que pegou Paulinho para si. — E você, garotão? O que achou do jogo que o papai fez hoje? Fomos campeões, filhão!

Estávamos a onze anos juntos e meu olhar de admiração não tinha mudado em relação aquele homem. Uma história que começou quando eu tinha dezoito anos e ele vinte e um e que agora temos trinta e trinta e três.

Um Lance Falso - Pedri González Onde histórias criam vida. Descubra agora