Aleena
Eu estava quebrada, sentia um buraco se formar no mais fundo do meu ser ..
Lucca depois de fazer o que fez me colocou dentro do carro e me levou para casa como se nada tivesse acontecido.
Quando desci do carro corri até meu quarto e me tranquei nele por um dia.
Eu tentava colocar minha mente em ordem mais estava tudo um caos, talvez ceder à tentação e deixar Benjamin me matar não fosse tão ruim agora
Abrir a porta do meu quarto e desci procurando por algum sinal de Hera e Benjamin mais parei ao chegar perto escritório e ouvir a voz delesBenjamin: Está tudo arruinado ! Não sobrou nada ...
Hera: Como não sobrou nada ? Quem fez isso?
Benjamin: Eu não sei, só sei que não é mais viável ficarmos aqui, estamos expostos demais e as garotas vão abrir a boca e vão nos dedurar
Hera: Temos outro problema também ..
Benjamin: Que outro problema ?
Hera: O pai de Aleena está perto, foi difícil cobrir nossos rastros mais ele está disposto a encontrar aquela puta, ele está chegando perto Benjamin
Meu pai ? Meu pai estava vivo ? Quem era ?
Benjamin: Você disse que ele jamais a encontraria
Hera: Eu achei que não, mais de alguma forma ele está perto, meus informantes disseram que ele está se aproximando e não podemos medir forças com ele Benjamin, ele não é um homem qualquer
Benjamin: É claro que não, qual foi a última vez que soube dele ?
Hera: Ele não sai de Nova York, aquele lugar é a muralha dele, mais ele tem homens que trabalham pra ele ...
Ouvi passos vindo em direção ao escritório e me escondi ao ver Lucca surgir e entrar no escritório e aproveitei pra subir pro meu quarto.
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Senti alguém agarrar meus cabelos e me puxar pra fora da cama, acordei desorientada ouvindo os berros da minha mãe
Hera: Vamos seu lixo, Benjamin está te aguardando ...
Aleena: Me solta !
Hera: Vou te soltar quando eu quiser ...
Hera me puxava pelos corredores da casa me arrastando pelo cabelo, eu conseguiria me soltar tranquilamente dela mais isso seria medir força com Benjamin.
Pude ver enquanto estávamos nos aproximando das escadariasAleena: Mãe ! Por favor !
Hera: Não me chame de mãe!
Senti o primeiro degrau atingir minhas costas de muitos que ainda viriam.
Quando chegamos no hall me sentia sem fôlego, meu corpo foi arremessado mais a frente e quando ergui o olhar pude ver Benjamin parado me encarando com o semblante nada amigávelBenjamin: Te alimento, te deixo sair e é assim que você retribui ?
O encarei sem entender até ele jogar uma coleção de fotos no chão de maneira que eu pudesse ver, era fotos do que aconteceu há dois dias atrás com Lucca, mais as fotos apenas mostrava eu montada nele e não a parte em que ele claramente me estuprou
Benjamin: Com o próprio irmão sua puta ?
Hera: Prostituta de primeira ...
Aleena: Eu não ...
Antes que eu terminasse de falar sua bengala atingiu minha costela me fazendo ficar sem ar e já era de se esperar, era o lugar que ele mais gostava de atingir
Benjamin: Hoje você será castigada por dois erros Aleena, o primeiro por ter dado pra quem não deveria e o segundo que eu disse que a próxima vez que você se aproximasse de uma pista de gelo pagaria da mesma forma que foi da última vez
Meu corpo gelou ao lembrar da água congelante e o encarei, com uma força que nem sabia que tinha me ergui mais foi apenas pra que ele batesse a bengala novamente em mim mais dessa vez no joelho me fazendo curvar diante dele.
Pude ouvir ele dar uma ordem e em seguida eu ser arrastada até em direção ao lago, o trajeto foi rápido o que apenas me fez ter a certeza que dessa vez eu iria morrer.
Quando todos pararam foi o momento em que o frio surreal me atingiu, eu usava apenas uma camisola e pra qualquer lugar que eu olhasse tinha gelo.
Era a época do ano em que a neve grudava no chão e mais adiante pude ver poucos homens abrindo um buraco no meio do lagoAleena: Por favor ... eu não fiz nada ... por favor...
Benjamin surgiu e agarrou meus cabelos e começou a me puxar em direção ao lago, flashs do que aconteceu da última vez me atingiram e o pânico começou a me dominar.
Quando chegamos no meio do lago os poucos homens que estavam ali desviavam o olhar e os que se dignavam a me olhar me olhavam com pena.
Em um movimento ele me empurrou me fazendo cair sobre o gelo e senti no mesmo instante minha pele queimar devido ao contato com o frioBenjamin: Como será Aleena? Você entrará por conta própria ou eu irei ter que te colocar ?
Aleena: Benjamin eu ..
Benjamin: Escolha errada
Ele me puxou e me empurrou novamente na direção do buraco mais eu tentava lutar pela vida até que chutei sua perna que tinha os parafusos e o ouvi urrar e sabia que agora as coisas tinham ficado mais feias ainda pra mim
Benjamin: A coloquem dentro dessa água
Dois dos guardas me agarraram e me jogaram onde estava aberto, senti meu braço raspar no gelo e em seguida a dor me atingir, meu corpo foi jogado na água e fiquei sem ar do tão gelada que estava pude ver Benjamin se ajoelhar no gelo e agarrar meus cabelos e em seguida me afundar na água, aquela sensação de queimação e frio ao extremo me invadiu, a falta de ar nos meus pulmões e foi inevitável não engolir aquela água congelante, quando senti que ia perder a consciência Benjamin me puxou deixando apenas meu rosto pra fora da água pra respirar o suficiente pra ele fazer tudo novamente.
Perdi a noção do tempo quando senti meu corpo ser retirado da água, eu estava congelando e ao mesmo tempo não sentia nada, senti meu corpo ser arrastado de volta até a casaHera: Se não quiser adoecer vá tomar um banho ...
Com uma dificuldade fora do normal cheguei ao meu quarto e comecei a chorar e colocar pra fora todo aquele sentimento que estava me consumindo, eu não aguentaria mais uma ação de Benjamin, agarrei meu telefone e o encarei lembrando de Adônis que disse que se precisasse ele estaria lá e foi necessário apenas uma ligação e uma fuga levando apenas meus documentos.
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Império Mancini
RomanceAleena Romano é uma garota que sofre nas mãos da mãe e do padrasto. Sua vida inteira se baseou em receber ordens e sofrer castigos mais as coisas começam mudar quando ela conhece Adônis Mancini o homem que lhe estende a mão e lhe mostra que ela tem...