Capitulo 61

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Aleena

Ver que praticamente puxavam Ranya como um grande nada e desacordada estava me levando ao limite.
Ela perdia muito sangue e se continuasse assim ela morreria antes de sequer conseguir ajuda.

Aleena: Você precisa ajudá-la Lucca !

Lucca: Porque ?

Aleena: Porque ela é minha amiga, por favor

Lucca apenas deu uma risada nasalada e agarrou meu braço me puxando para fora da plantação

Lucca: Se você fosse uma boa garota eu ajudaria sua amiga, mais convenhamos Leena, você nos últimos meses tem sido uma pedra no nosso sapato

Me desvencilhei do seu aperto e o encarei incrédula e ao mesmo tempo com bastante raiva

Aleena: Eu não fiz nada !

Lucca: Nada ? Você está casada com a porra de um mafioso, o colocou pra nos caçar e até sua mãe você o deixou matar

Aleena: Primeiramente eu nunca pedi nada ao Adonis, ele estava na cola do seu pai bem antes de nos conhecermos, não tenho culpa se Benjamin é um presunçoso ...

Senti meu rosto arder na mesma hora devido ao tapa que havia recebido de Lucca, o agarrei pela camisa dando lhe um chute no abdomen e um soco no rosto, não levou sequer cinco segundos para sentir dois homens me segurarem.

Aleena: É engraçado sabe, como que alguém que conviveu comigo o mesmo inferno esta tão dedicado a ajudar o pai?! Éramos amigos Lucca, éramos irmãos, e desde que você saiu pra estudar eu não te reconheço mais

Lucca: A vida é assim ! É necessário crescer!

Aleena: Isso pra você que é crescer ? Seguir os passos de um homem que não infernizou somente a minha vida, mais a sua e de muitas outras pessoas ?

Lucca não me respondeu, segui sendo puxada até onde os carros estavam, olhei ao redor vendo que a maioria dos homens de Adonis estavam desacordados e a outra minoria ainda brigava com outros homens.
Notei Ranya ser colocada em um dos carros e eu em outro.
Meus olhos foram vendados e ficamos andando por um longo tempo, eu não sabia se realmente estávamos indo pra longe ou só andando em círculos.

Quando o carro finalmente parou a venda foi tirada dos meus olhos e olhei a casa diante de mim que parecia estar prestes a desmoronar, era de uma construção antiga mais o local estava decadente.
Ergui a cabeça vendo Benjamin em uma das varandas da casa, seu olhar se iluminou e ele sorriu como se realmente estivesse feliz em me ver, mais quebrei o contato visual quando vi puxarem Darya do carro desacordada, seu semblante estava péssimo, ela estava pálida e completamente suja de sangue.

Lucca: Prenda as duas ...

Um dos homens de Lucca agarrou meu braço mais nao liguei, eu não me importaria de brigar com todos eles e morrer no meio da briga, mais de nada me valeria se fosse pra deixar Ranya pra trás.

Ao entrarmos em uma espécie de porão notei uma cama em um canto, era velha e de ferro, no outro canto havia uma pia e um vaso, ouvi um barulho alto quando me virei eles simplesmente haviam jogado o corpo de Ranya no chão como se ela não fosse nada, a porta se fechou e corri até ela

Aleena: Ranya ? Acorda !

Dei alguns tapinhas em seu rosto que sequer surgiram efeito, olhei ao redor tentando pensar no que fazer mais nao havia nada pra nos ajudar. Com um custo surreal a tirei do chão a colocando na cama, sua testa começava a mostrar traços de suor e tirei sua jaqueta e observei o ferimento, a bala havia passado direto mais ainda sim ela deveria estar melhor do que realmente estava.
Retirei sua jaqueta e a rasguei, fiz uma espécie de atadura apenas pra evitar que ela sangrasse mais.

Império ManciniOnde histórias criam vida. Descubra agora