Capitulo 41

2.9K 224 16
                                    

Adônis

Encarava minha mãe e meu pai que pareciam não querer me dar uma resposta, Bernard parecia ao mesmo tempo que revoltado bem tranquilo pro meu gosto ..

Cesare: Aleena está sumida desde cedo Adônis, ninguém a viu !

Adônis: Como assim está sumida ? Como ela pode sumir em uma casa desse tamanho e cheio de seguranças ?

Elettra: Me fiz a mesma pergunta !

Minha mãe me respondeu baixinho e rosnei em resposta, encarei Dante que desviou o olhar dos nossos pais pra mim

Adônis: Olhe as câmeras de segurança ...

Dante assentiu e sumiu por instantes antes de voltar com um tablet em mãos

Adônis: Porque ninguém me ligou pra me informar nada ?

Elettra: De início achamos que ela havia ido somente dar uma volta ...

Pude ver Marco entrar e vir até mim, todos o encararam mais ele apenas parou ao meu lado e falou de uma forma que somente eu conseguisse ouvir

Marco: Um dos seus carros sumiu ...

Adônis: Qual deles ?

Marco: O Audi ..

Dante: Ela saiu !

Encarei Dante que trouxe o tablet até mim, nele se vê claramente que Aleena entrou no carro e saiu da mansão, franzi o cenho ao notar que ela não fez escondido, ela não se esquivou das câmeras tão pouco tampou o rosto

Adônis: Rastreie o carro !

———————————————————————

Estávamos a caminho de onde Aleena estava, o carro em que ela estava fez três paradas, uma em um posto de gasolina, outro em uma pista de patinação e agora estava em um hotel.

Dante: O que será que aconteceu com a cognata que a fez simplesmente desaparecer ?

Encarei Dante que parecia perdido em pensamentos, não me importei em respondê-lo.
Quando estávamos quase no hotel Marco me encarou e em seguida acelerou o carro

Marco: Estamos sendo seguidos !

Dante se virou olhando o carro preto que estava atrás de nós e xingou baixinho

Dante: Marco, mude a rota, se formos em direção ao Hotel estaremos colocando Aleena em perigo

Marco assentiu e começou a desviar da rota em que Aleena estava.

———————————————————————-

Desci do carro sentindo um grande desgosto, o carro ficou nos seguindo por horas até Marco conseguir respirar deles, o dia já havia amanhecido.
Ao entrar no hotel não precisei me preocupar muito com apresentações e apenas perguntei em qual andar Aleena estava.
Seguia pelo corredor com Dante no meu calcanhar falando igual a uma vitrola velha.

Viramos a esquerda em um dos corredores paralelos que tinha no andar

Dante: Devo descer e dar a vocês privacidade ?

Adônis: Apenas cale a boca Dante !

Meu irmão assentiu e em seguida pude ver Aleena correndo, ela usava uma camisola preta que ia até o meio das coxas, seus cabelos estavam soltos e ela parecia não enxergar nem a mim e nem a Dante, parecia estar fugindo de algo

Dante: Mais que porra é essa ?!

O corpo de Aleena se chocou contra o meu, senti ela me empurrar com força como se quisesse se desfazer do contato mais ao erguer o olhar a vi soltar o ar como se por um segundo estivesse aliviada, seu rosto estava assustado e seus olhos cheios d'água, antes que eu perguntasse o que estava acontecendo vi um homem surgir correndo mais ao me ver ele parou, seus olhos se arregalaram e senti a raiva me dominar, no mesmo instante ele se virou e correu em direção oposta

Adônis: Não o perca !

Dante começou a correr atrás dele até sumir pelo corredor também, encarei Aleena que parecia tentar recuperar o fôlego

Adônis: Piccolina ?

Aleena: Merda !

A vi fechar os olhos, seu peito subia e descia freneticamente, ao contrário do que imaginei Aleena se virou e se curvou enquanto vomitava, segurei seus cabelos esperando que ela se acalmasse.
Quando notei que ela já estava mais calma soltei seus cabelos

Adônis: Você está bem ?

Em resposta recebi um tapa, em seguida outro e mais outro me pegando de surpresa

Aleena: Porque você demorou ?

Ergui uma sobrancelha em resposta e ela apenas bufou e me deu as costas, sem falar nada a segui até ver ela entrar em um quarto e fiz o mesmo, olhei ao redor vendo que nada estava fora do lugar exceto por um copo quebrado no chão, Aleena caminhou até o quarto e jogou em cima da cama uma bolsa, fiquei observando ela vasculhar a bolsa até separar uma muda de roupa e sumir pelo banheiro.
Meu telefone começou a vibrar e vi o nome de Dante na tela

Adônis: Espero que esteja com aquele infeliz ..

Dante: O desgraçado não estava sozinho Adônis, o carro que estava nos seguindo estava esperando por ele, era como se soubessem ..

Desliguei o telefone e me sentei no grande sofa que tinha ali e fiquei esperando por Aleena.
Quando ela saiu do banho fiquei apenas a encarando enquanto a filha da mae fazia questão de dar um mini tutorial de sedução.
A vi vestir a calcinha em uma lentidão agonizante, em seguida jogou a toalha em cima da cama fazendo questão de ficar nua na minha frente, em seguida a vi começar a passar um hidratante pela pele de forma lenta

Adônis: Você não está sendo muito esperta ..

Aleena: Porque acha isso ?

Adônis: Porque estou começando a ficar excitado, e aí Piccolina você vai ter que me satisfazer ...

Aleena: Bom ...

A vi colocar um vestido e em seguida ajeitar as coisas rapidamente, sua mão agarrou a bolsa e em seguida ela veio em minha direção, seu cheiro me deixava maluco, seu corpo se colou no meu e Aleena ficou na ponta dos pés, sua boca ainda estava longe da minha pelo fato de ser bem mais alto que ela, me abaixei esperando pelo beijo até que senti a sua bolsa chocar no meu corpo com força e a raiva tilintar em seus olhos

Aleena: Você não quer dividir seu fardo comigo e está tudo bem, eu aceito, mais você está com Hera e não me disse nada ..

Adônis: Porque eu deveria lhe dizer ?

Aleena me empurrou com força e em seguida apontou o dedo do meio pra mim e começou a andar inconformada

Aleena: Bastardo !

A vi sair do quarto com uma raiva mortal e apenas respirei fundo.

Império ManciniOnde histórias criam vida. Descubra agora