Capitulo 21

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Adônis

Encarei meu relógio vendo que já se passava das oito, a escuridão da noite me fazia companhia enquanto voltava pra casa.
Precisei me distanciar de casa já que tinha alguns assuntos pra resolver em Vancouver, precisei ir olhar a casa abandonada com meus próprios olhos e entrar naquele local fazia meu sangue ferver.
Eu iria encontrar cada um deles e faria cada um pagar com o próprio sangue o sofrimento que Aleena sentiu.

Marco: Senhor ?

Encarei Marco que dirigia em direção a mansão, seus olhos encontraram o meu pelo retrovisor do carro

Marco: O senhor Dante pediu que o encontrássemos na arena de treinamento

Adônis: Ele disse o motivo ?

Marco: Não senhor !

Fiz um sinal com a cabeça pra que ele prosseguisse e após algum tempo pude ver a arena mais movimentada do que o normal.
Desci do carro recebendo o frio gelado de dezembro e o gelo estava pregado no chão.
Puxei meu sobretudo e inúmeros dos meus homens estavam ali, embora estivessem protegendo o local estavam claramente de olho pra dentro da arena.
Mais longe pude ver minha mãe e meu pai o que me surpreendeu e me aproximei deles vendo minha mãe vir até mim e me abraçar

Elettra: Bebê, seja bem vindo em casa

Apenas assenti e olhei ao redor procurando por Dante

Adônis: O que está acontecendo aqui ? Onde está Dante ?

Minha mãe e meu pai se olharam e em seguida pude ver cerca de dez homens meus entrarem na arena e dentre eles estava Dante, me aproximei o suficiente vendo meus homens abaixarem a cabeça e me darem acesso quando meu irmão levantou a mão chamando a atenção deles

Dante: Meus queridos amigos, estamos aqui hoje pra um treinamento de qualificação, cada um de vocês passou por este rito, mais hoje, as coisas serão diferentes, eu fui desafiado e ninguém desafia um Mancini !

Em seguida meu olhar pousou em Aleena que entrou na arena, ela usava roupas táticas, dois coldres preso as pernas e o cabelo preso no alto. O colete a prova de balas combinava com ela mais franzi o cenho com aquilo tudo.
Eu iria matar o Dante, com certeza essa noite acabaria com uma bela bala na testa dele.

Dante: Aquele que for derrubado está desclassificado, hoje estaremos dez contra um

Meu irmão concluiu encarando Aleena que apenas assentiu como se estivesse de acordo com aquilo, mais que caralho esses dois estavam fazendo ? Eu os deixei sozinhos por dois dias e volto vendo que a cabeça de um ou de outro estaria a prêmio.
Me virei pra ir impedir aquela palhaçada quando minha mãe colocou uma mão em meu peito e me afastou um pouco do meu pai

Elettra: Deixe-a !

Adônis: Tá brincando ? São dez contra uma pessoa que não possui treinamento algum ..

Elettra: Ela precisa provar o valor dela Adônis, mesmo que seja um fracasso, ela precisa disso ...

Desviei meu olhar da minha mãe e encarei a arena onde todos começavam a sumir e os telões ligaram mostrando os lugares mais afastados onde não conseguíamos ver.
Estava frio, o gelo dificultava qualquer ação, estava escuro e as chances de Aleena sair machucada eram enormes.
Mais eu a conhecia bem o suficiente pra saber que se ela havia aceitado aquela palhaçada é porque dava conta.
Me afastei da minha mãe e me posicionei ao lado do meu pai, ele tinha o olhar atento e comecei a fazer o mesmo.

O primeiro tiro ecoou sinalizando que dali pra frente a prova tinha começado.
Um pequeno grupo de três pessoas se abaixaram em um dos obstáculos bem onde estávamos enquanto o restante sumiu pela a arena, encarei os telões onde via o lugar exato em que Dante estava e os demais também.
Ficamos por pelo menos meia hora esperando um deles tomar a iniciativa, até que pra minha surpresa a inciativa veio de Aleena.
A vi atravessar algumas árvores quando a poucos metros dela vi uma aproximação, ela continuava escondida e a pessoa se aproximava cada vez mais, mais como se percebesse a movimentação Aleena ergueu um braço e atirou, um tiro preciso e certeiro acertando o homem no colete que caiu no chão.
Uma sirene ecoou dizendo que um deles havia sido abatido, Aleena sabia atirar ? Desde quando?

Em seguida a vi sair de onde estava já que seu tiro havia dado sua localização correta para os demais.
Como se pra foder com tudo encarei o céu vendo que a neve começava a aumentar e era impossível não me preocupar, ela ainda não havia se recuperado caralho.

Pude ver três homens subirem nas árvores e dois deles possuíam um rifle, ou seja, conseguiram acertar Aleena de qualquer lugar que ela estive e de qualquer distância considerável.
Dois tiros ecoou onde pude ver dois dos homens que estavam na árvore caírem, novamente duas sirenes ecoaram mostrando que mais dois haviam sido abatidos, em seguida Aleena surgiu correndo e deslizou pela neve apontando em direção ao terceiro, o mesmo soldado atirou nela errando miseravelmente e como se pra revidar ela atirou de volta, mais não o acertou, a vi se esconder atrás de um dos obstáculos mais em seguida franzi o cenho ao ver ela se aproximar de um dos homens que estava desmaiado devido à altura que caíram e puxar o rifle de um deles.
Que infernos Dante havia feito com ela em dois dias ? Eu estava vidrado em tudo porque aquilo de Aleena era treinamento, não era sorte, tão pouco,pouco treinamento.
Pude ver o terceiro homem cair da árvore e novamente a sirene ecoar.
Ela havia abatido quatro homens !

Em seguida ela começou a correr novamente por saber que novamente havia delatado o lugar exato em que estava mais enquanto corria ela deu de cara com dois homens, o primeiro atirou fazendo ela desviar mais em seguida ela chutou a mão de um jogando a arma dele pra longe e em seguida a vi se virar em direção ao outro, ela correu em direção a ele. Que porra ela tava fazendo ?
Aleena aumentou o passo e mesmo o gelo deixando tudo instável no mesmo instante ela agarrou a mão do outro, um de seus pés firmou na coxa do homem e ela ergueu a outra perna passando pelo pescoço dele, ela literalmente estava montada na nuca do homem, o outro que ela havia desarmado já estava com uma arma apontada em sua direção mais a vi puxar sua arma do coldre e atirar nele o fazendo cair enquanto com um impulso jogou o outro no chão e com apenas uma cabeçada o pagou.
Novamente duas sirenes ecoaram e agora restavam apenas Dante e mais os três que estavam diante da saída.

Olhei no alto do telão vendo que Dante havia sumido, eu havia perdido seu rastro e isso não era bom. Dante era um dos melhores homens que eu tinha em campo, não era atoa que cada um que entrasse no nosso meio treinava com ele.
Aleena surgiu perto da saída e seu olhar percorreu o lugar como se soubesse que havia alguém ali, mais o que veio a seguir pegou a todos de surpresa.
Aleena nada mais nada menos lançou uma granada em direção aos meus homens, quando eles viram o que ela havia feito eles correram mais com o baque foram arremessados pra longe e então agora só restou ela e Dante .

Eu tentava encontrar onde Dante estava mais não havia sinais dele, o silêncio no lugar era desconcertante.
Aleena se afastou da entrada indo mais para os fundos da arena, ela andava com cautela como se procurasse por Dante e então depois de um tempo meu irmão surgiu, Dante pulou de uma árvore mais senti meu sangue ferver quando ele acertou um chute no abdômen de Aleena e a fez cair rolando por um pequeno relevo que tinha ali.
Segurei o ferro diante de mim com raiva e minha mãe colocou uma mão em meu braço como se me pedisse calma.
Em seguida Aleena levantou em uma facilidade surreal e encarou Dante quando um tiro ecoou me fazendo arfar.

Império ManciniOnde histórias criam vida. Descubra agora