Capitulo 46

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Adônis

Eu tinha um certo fascínio talvez por problemas. A prova disso era o olhar mortal que Aleena me dava cada vez que encarava Chiara ao meu lado.
Ela era a segunda opção do meu pai como esposa pra mim ou Dante, o problema é que ela nunca foi uma opção nossa.
Chiara não era feia, era uma mulher bonita mais o que tinha de beleza tinha de podridão, a garota era nova e já havia passado por metade das camas da Itália.

Chiara: Adônis, como vai ?

Adônis: Bem !

Chiara: Você nunca muda, continua o mesmo ..

Disse passando a mão pelo meu braço e subindo até parar no meu peito, desviei o olhar de Aleena que ainda não tinha me olhado e encarei a garota a minha frente

Adônis: Se preza pela sua mão vou recomendar que a tire de mim neste momento

Ela puxou a mão e ergui o olhar vendo que Aleena me olhava com desgosto

Chiara: Bom, estou surpresa que você vá se casar, meu pai disse tanto que você estava relutante em um matrimônio que a notícia pegou a todos de surpresa

Ignorei Chiara e comecei a andar pela festa, embora eu quisesse estar ao lado de Aleena eu sabia que ficar muito próximo dela apenas mostraria a todos aqui que me importo com ela e nesse meio de vida nosso não podemos demonstrar nenhuma afeição.

Depois que meu pai fez seu belo discursinho puxei a mão de Aleena e coloquei uma aliança ali junto com o anel que ela usava desde o natal. Uma música lenta começou a tocar e a puxei colando seu corpo no meu e vendo ela me encarar surpresa

Aleena: O que está fazendo ?

Adônis: Dançando com a minha noiva !

Aleena olhou ao redor notando que algumas pessoas nos encaravam

Adônis: Estou curioso do porque você está me olhando como se fosse me matar

Aleena: Eu ?

Adônis: Sim !

Aleena não me respondeu, terminamos a dança e então saímos da pista indo em direção a uma das mesas, assim que nos sentamos voltei a observar o local vendo que discretamente muitos encaravam onde estávamos.

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Na manhã seguinte eu mal havia acordado quando notei que a casa já estava movimentada, minha mãe dava ordens e mais ordens colocando tudo pro casamento em ordem.
Algo em mim estava inquieto e eu só ficaria satisfeito quando eu e Aleena fossemos declarados oficialmente casados.

Pude ver meu pai conversando longe com Bernard, em outro canto Ranya conversava com Enrico e Dante não estava muito longe apenas olhando a interseção dos dois com cara de quem havia comido e não gostado...
Daqui conseguia ver minha mãe no jardim mais estava curioso em saber o porque Aleena não estava no meio deles, dei meia volta e fui pro seu quarto o encontrando sozinho, vasculhei com cuidado cada canto e pensei onde ela poderia ter ido até um pequeno pensamento me invadir.

Sai do quarto de Aleena e cruzei o corredor descendo as escadas em seguida, todos continuavam nas mesmas posições mais estavam tão entretidos que sequer me notaram, atravessei o jardim indo em direção aos estábulos e lá estava a pista de gelo de Aleena, o local estava pronto a dias, entrei nele olhando ao redor  até meus olhos focarem na morena no meio da pista, Aleena parecia perdida em pensamentos, ela apenas deslizava de um lado pro outro e me sentei ali a encarando por um longo tempo.

Quando ela finalmente me notou a vi patinar até aonde eu estava e parar diante de mim

Aleena: A quanto tempo está aqui ?

Adônis: Tempo o suficiente pra ver que algo te incomoda

Aleena deu um sorriso ameno e a vi voltar pro meio da pista de gelo e me encarar de lá

Aleena: Posso te perguntar algo ?

Adônis: Pode !

Aleena: Acha que vou atender suas expectativas como esposa ?

Ergui uma sobrancelha com sua pergunta mais eu via que ela esperava por uma resposta

Adônis: Minhas expectativas são puramente perversas Aleena, a única coisa que desejo de você além do seu corpo é a sua lealdade

Aleena: Você sabe que tem ambos ...

Adônis: Eu sei !

Aleena: Estou um pouco ansiosa, em poucas horas me tornarei sua esposa

Adônis: Está mudando de ideia ?

Ela riu e negou com a cabeça freneticamente

Aleena: Você sabe que não ..

Adônis: Venha cá !

A vi deslizar pela pista vindo em minha direção sem protesto algum, a vi puxar os patins dos pés e se aproximar de mim.
A puxei a colocando no meu colo e ajeitei uma mecha do seu cabelo que estava rebelde

Adônis: Em poucas horas você será completamente minha piccolina, e aí qualquer um que ousar tocar em você estará cometendo uma afronta contra mim

Aleena: Sendo assim, vou me arrumar

Colei minha boca na dela em um beijo casto e a vi se levantar e sair do local.

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Era poucas as vezes que minha casa havia ficado tão movimentada assim, não gostava dessa movimentação, era a brecha perfeita pra qualquer infeliz aprontar algo ...
Estava perambulando pelo jardim onde estava tudo organizado para o casamento

Dante: Como está se sentindo o futuro homem comprometido ?

Adônis: Com um pressentimento fodido que tem alguma coisa errada

Dante: Isso seria um daqueles ataques antes do casamento ?

Adônis: Não !

Dante: Mais parece que é ...

Adônis: Como está a segurança ?

Dante: Reforcei a segurança da casa, entrada permitida apenas com o convite, não se preocupe que nada irá acontecer

Adônis: Eu espero que não ...

Estava prestes a dar uma orientação a Dante mais minha fala ficou presa quando Aleena surgiu no jardim, seu cabelo estava preso em um coque mais frouxo deixando duas pequenas mexas solta, o vestido branco abraçava suas curvas, ombro caído de mangas longas, o vestido assemelhava a um de cetim, seus olhos percorreram o lugar até pousarem em mim.
É, Aleena definitivamente seria o motivo da minha morte.

Império ManciniOnde histórias criam vida. Descubra agora