Capitulo 37

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Adônis

Meus pais estavam terminando de ajeitar as coisas pra receber a família de Aleena, era um grande passo o que estava por vir e eu sabia disso. Há algumas horas Aleena foi bem atrevida no telefone comigo e já era a segunda vez e isso não estava passando batido.

Ouvi os barulhos dos carros parando em frente a casa e minha mãe correr em direção a porta, encarei meu café que estava no final e em seguida vozes preencher o local

Dante: Chegamos !

Pude ouvir as vozes mescladas no ambiente, minha mãe, meu pai, Dante, Enrico, Bernard ... entra um misto de vozes e conversas quando puxei o guardanapo e limpei a boca e me levantei.
Caminhei em direção a toda a comoção e quando entrei no cômodo o olhar de todos vieram em minha direção, mais eu estava claramente me importando apenas com um.
Aleena possuía um olhar arrependido no rosto e estava sem jeito.

Elettra: Vou mostrar o quarto de cada um pra que possam se instalar

Todos começaram a seguir minha mãe mais quando Aleena passou por mim minha mão agarrou seu braço e seu olhar veio até mim

Adônis: Onde está todo aquele atrevimento?

Aleena: Você mereceu .. podia ter me contato ..

Adônis: Te contar o que exatamente ?

Aleena: Que meu noivo é você !

Ficamos nos encarando até descobrir a fonte que tinha entregado tudo de bandeira a Aleena

Adônis: Dante ...

Falei entre os dentes e ela sorriu como se tivesse ganhado um presente

Aleena: Ele pelo menos é mais sincero do que você !

Adônis: Ele é linguarudo, é diferente !

Aleena: E isso importa ?

Adônis: Não está satisfeita piccolina ? Você pediu que te trouxesse novamente para casa e foi o que eu fiz !

Aleena: Fez apenas porque eu pedi ?

Adônis: Não ! Fiz mais por mim do que por você pode acreditar ...

Aleena apenas me encarou e assentiu como se entendesse o que eu queria dizer

Adônis: Melhor subir antes que minha mãe venha atrás de você ...

Aleena apenas se virou e caminhou em direção onde todos os outros foram, ela andou pela casa como se pertencesse aqui e de fato pertencia.

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Meu corpo inteiro estava tenso, embora os Romano tenham sumido do mapa os filhos da puta estavam escondidos e muito bem escondidos, encarei meu relógio que marcava uma da manhã e estralei meu pescoço sentindo a tensão que ali se acumulava.
Um de meus cassinos pegou fogo e precisei ir pessoalmente ver o estrago, mais o que chamou minha atenção foi um número em romano pichado na parede, filhos da puta.
Minha mente dava voltas e o único caminho que minha mente ia era que eles estavam tendo ajuda de alguém porque todos que trabalhavam pra mim estavam atrás deles e até uma recompensa fiz questão de colocar apenas pra motivar mais cada um dos meus homens.

Quando o carro parou apenas desci e fui recebido pelo silêncio, todos já deveriam estar dormindo e era algo que eu também deveria fazer embora duvidasse muito que iria conseguir.
Entrei no meu quarto e fui diretamente pro banho onde deixei uma água quase fervente cair em cima de mim.
Depois que sai do banho apaguei as luzes e deitei na minha cama, embora eu soubesse que não iria conseguir pegar no sono tão cedo o escuro me trazia uma sensação de familiaridade.
Após algum tempo deitado pude ver a porta do meu quarto se abrir e a luz do corredor invadir meu espaço, pude ver muito bem Aleena usando uma camisola nada decente entrar no quarto e com cuidado se aproximar como se achasse que eu estava dormindo.
Fiquei apenas atento aos seus movimentos, até seu jeito de deitar foi cauteloso como se não quisesse me acordar, senti seu corpo se aproximar do meu e seu nariz roçar meu pescoço

Adônis: O que está fazendo ?

Senti Aleena pular como se tivesse se assustado

Aleena: Que susto !

Adônis: O que faz aqui piccolina ?

Aleena: Estou na minha casa, mas não estava no meu quarto, então não consegui dormir

Soltei um sorriso mesmo sabendo que ela não poderia ver, me impulsionei e deitei Aleena na cama e joguei meu corpo em cima do dela .. sua mão acariciou meu rosto e senti seu rosto se aproximar do meu e sua boca se colar na minha

Aleena: Eu estava com saudades ...

Adônis : Pra quem foi bem petulante recentemente não parecia que estava com saudades

Aleena: A culpa foi sua, você não deveria me manter no escuro, deveria ter tido o que estava planejando ...

Adônis: Nem tudo é bom a outra pessoa saber Aleena, ainda mais quando se trata dos meus negócios

Aleena: Então eu não passo de um negócio pra você ?

Adônis: Você sabe muito bem que não é isso que eu quis dizer

Senti sua respiração pesar e sua mão parar de me acariciar, embora eu ainda estivesse em cima dela eu sabia que ela não tinha dormido

Aleena: Eu quero fazer parte dos seus negócios Adônis

Senti meu corpo se tensionar e agora sim fiz questão de acender o abajur ao seu lado e a encarar com mais atenção e firmeza

Adônis: Como assim ?

Aleena: Eu vou ser sua esposa, mais não quero ficar de fora, não quero ficar no escuro, não quero ficar dentro de casa esperando você voltar

Adônis: Você pode me pedir o mundo e eu te darei com o maior prazer, mais não me peça isso, você não tem ideia das coisas que acontecem dentro da máfia

Aleena: Talvez eu realmente não tenha ideia, mais eu sei bem o que é a dor Adônis, se seu medo é eu me machucar ou de me colocar em perigo eu já estou nessa situação a muito tempo, bem antes de você

Adônis: As mulheres não se envolvem nos assuntos da famiglia, o papel delas é basicamente irem a eventos e serem boas esposas

Aleena: E é isso que você espera de mim ? Que eu vá a eventos e seja uma boa esposa ?

Porra ! Respirei fundo vendo ela esperar por uma resposta pacientemente

Adônis: Eu quero que você apenas seja você!

Aleena: Então posso participar dos negócios?

Adônis: Não complique as coisas piccolina !

Ela me encarou como se fosse deixar passar batido mais que não havia esquecido daquele assunto e eu sabia que ele voltaria com tudo em breve.

Império ManciniOnde histórias criam vida. Descubra agora