Capitulo 36

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Aleena

Confesso que era a primeira vez que ficava brava com Adônis, mais eu realmente queria voltar pra casa e tinha medo de no fundo acabar novamente como uma refém.
Mandá-lo embora doeu mais em mim do que nele, ele sabia que eu estava com raiva e vi no seu olhar que ele não havia ficado magoado mais eu estava.
Havia se passado cinco dias desde minha apresentação e o dia que o senti novamente dentro de mim, era uma tortura estar aqui quando eu sequer sabia se ele estava bem.

Alguns assuntos vinha me chamando a atenção e a maioria deles me envolviam, em uma das noites logo após minha apresentação ouvi meu pai conversar com Enrico sobre meu futuro casamento, eles pareciam já ter algo planejado mais sequer me consultaram, apesar que eu tinha consciência que se não me falaram nada é porque sabiam qual seria minha resposta.
Estava em meu quarto encarando o céu quando duas batidas na porta chamaram minha atenção e pude ver Genoveva surgir, seu jeito me lembrava Elettra, entre tanto Elettra era única e eu jamais esqueceria tudo o que fez por mim

Genoveva: Você tem um minuto pra mim?

Assenti vendo ela entrar no quarto mais parar no centro e me encarar de forma doce

Genoveva: Temos uma equipe lá embaixo esperando por você

Aleena: Por mim ? Quem são ?

Genoveva: Iremos viajar esta madrugada, mais precisamos escolher um vestido pra você

Aleena: Viajar ? Mais pra onde ?

Genoveva: Não faço ideia.

Eu sabia que ela estava mentindo mais me acertaria com meu pai depois, eu não era e nem seria uma boneca que seria arrastada pra lá e pra cá.
Acompanhei Genoveva para fora do quarto e seguimos em direção a sala, a base que fui chegando até lá fui vendo o tanto de coisas que havia ali, eram araras pra todos os lados com vestidos e sapatos.

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Embora eu ainda tivesse visto meu pai ou Enrico havia feito uma pequena mala e pedi a Marco que me deixasse falar com Adônis mais foi a mesma coisa de conversar com uma parede. Eu estava me sentindo ansiosa e nervosa por algum motivo e não gostava daquele sentimento.
Genoveva e eu seguimos com o motorista em direção a pista particular da família que só descobri que teríamos uma quando minha madrasta me contou no caminho, era algo que eu deveria ter ciência mais não tinha.

Quando desci do carro pude ver meu irmão se aproximar de mim com um sobretudo e já o jogar sobre meus ombros com um sorriso ameno no rosto

Aleena: O que está acontecendo ? Porque estamos indo viajar ? Pra onde vamos ? Porque não me contaram ?

Enrico: Calma luz, uma pergunta de cada vez ... Estamos indo fazer algo que eu realmente não queria tão cedo

Aleena: Que seria ?

Enrico olhou pros lados como se certificasse que ninguém estava perto e voltou a me encarar

Enrico: Estamos indo pra casa do seu noivo, luz..

Noivo ! A palavra me golpeou de uma forma que eu não sabia descrever e senti minha respiração ficar irregular, encarei Enrico que tinha cara de poucos amigos e ao longe pude ver meu pai conversar com um homem que eu deduzia ser o piloto, do outro lado pude ver uma quantidade generosa de carros vindo em direção a nós e ali eu tive a noção que era a escolta do meu pai, do outro lado totalmente oposto fumando um cigarro pude ver Marco e sem perceber estava marchando em sua direção, eu sabia que não estava sendo seguida por Enrico e que meu pai mal tinha o olhar sobre mim

Império ManciniOnde histórias criam vida. Descubra agora