Muito perto de fazer um ano desde a última vez que se viram, Chelsea voltou para Londres. Tanto ela quanto Mason não faziam a menor ideia de que um mero encontro entre eles dois fosse capaz de despertar sentimentos que estavam guardados à sete chave...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
2024
❝ não tive tempo pra escolher o que eu escolhi fazer ❞
EU ESTAVA NA DELEGACIA OUTRA VEZ, só que diferente da outra, eu não estava para depor, eu na verdade aguardava por Chelsea.
Porque ela havia sido presa.
Faz, literalmente, um dia que ela saiu do hospital, e ela já está presa.
Tudo começou quando eu contei tudo para ela, do que Ruth e Nora haviam feito. Ela, assim como eu, ficou assustada, com raiva, e tudo de ruim que ela poderia sentir, sentiu, mas isso tudo chegou muito mais rápido nela do que em mim.
Chelsea sentiu diversas coisas em frações de segundo, mas o que prevaleceu foi sua raiva.
Ela chorou de raiva, chorou muito, aliás. Se fazia diversas perguntas em um monólogo que nem mesmo se eu quisesse participar não conseguiria, mas eu entendia o que ela estava passando, o que ela estava sentindo.
Talvez não exatamente igual, mas eu sentia, porque eu me senti traído, me senti usado, me senti fraco.
Só que com ela foi pior, muito pior, porque foi ela quem eles usaram, quem eles drogaram.
Chelsea estava com raiva porque fizeram isso com ela. Enfurecida.
Tive que preparar um chá para ela se acalmar e tentei fazer sua atenção ir para outra coisa até ela dormir. Noxx foi ótima nesse papel, porque havia pedido com que trouxessem ela até aqui, sabendo que de uma maneira ou de outra, o cão iria ajudar.
Eu estava certo.
No entanto, no dia seguinte, ela acordou antes que eu, o que era surpreendente, já que ela havia passado grande parte da tarde dormindo, imaginei que iria dormir até tarde, mas estava errado. Quando abri meus olhos, seu lado da cama já estava vazio, e eu a encontrei na cozinha completamente arrumada para sair de casa.
Eu perguntei para onde ela estava indo, completamente confuso, e então ela me disse que estava indo depor.
Meus olhos se arregalaram assustados e então eu dei a ela inúmeros motivos pelos quais ela não deveria ir tão cedo. Não fazia sequer vinte e quatro horas que ela havia saído do hospital!
Não consegui a convencer, é claro.
Ela tinha na cabeça dela que ela iria, e então ela iria. Ponto final.
Eu não conseguia entender como é que tão rápido assim ela conseguia fazer isso, depor algo tão crítico quanto o que havia acontecido.
Chelsea passaria horas lá, e isso não faria nada bem à ela, mas ela queria.
