chapter twenty two (part one)

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2024

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2024

  toda vez que você não está comigo, eu sinto como se tivesse perdido todas as minhas bênçãos






  EU ESTAVA DISPOSTO A ESQUECER tudo de ruim que aconteceu na primeira metade do ano passado, e também esquecer tudo o que descobri sobre meu pai e Letitia, porque Chelsea e eu tivemos uma conversa durante nosso jantar de ano novo, e ela me mostrou pontos que eu sequer havia cogitado e pensado.

  Podemos esquecer o que aconteceu, podemos começar de novo e tentar de novo.

  E é por isso que quando ela viajou para Liverpool eu fui direto conversar com meu pai no meu dia de folga.

  Eu não sabia exatamente o que sentir, mas para ser honesto, o que mais ocupava minha mente era pensar que minha namorada estava tão tranquila, com uma vibe tão boa, que me surpreendia ela não devolver meu pai no mesmo nível que ele.

  Que era baixo, muito baixo.

Céus, suas palavras e toda a situação me assombraram por dias.

Quando Chelsea deixou minha casa naquele dia de Natal, as coisas foram de mal a pior, porque eu decidi abrir minha boca contra meu pai.

  Eu me arrependo amargamente das coisas que eu o disse, mas estava tão chateado, tão magoado, que não soube me segurar.

  E foi então que tudo veio à tona. Foi aí que descobri que Chelsea era assunto na casa de meus pais, que ele falava as piores coisas para minha mãe, que eles, inclusive brigaram porque meu pai se encontrou com Letitia outra vez para falar sobre Chelsea, e as coisas que conversaram...

  Por Deus, havia uma força muito grande me impedindo de partir para cima de meu pai.

  De meu pai! Meu próprio pai!

  Ouvi das piores e mais baixas coisas sobre minha namorada, e não só vindas de meu pai, e sim de Letitia. Eram mentiras que eu não entendia como ela tinha a capacidade de criar.

  Qualquer pessoa que conhece Chelsea sabe que ela não era aquilo que Letitia dizia — e não era pouca coisa.

  Mas as coisas que falava, como falava... Era tão convincente que meu pai caiu certinho, e não há nada no mundo que o faça mudar de opinião.

  Foi o pior Natal que minha família poderia ter.

  As meninas estavam assustadas, meus avós não entendiam nada, e eu, Lewis, Jaz e minha mãe estávamos contra meu pai — e por incrível que pareça, perdendo.

  Esses dias, por mais que eu tentasse o contrário, me assombraram.

  Nem mesmo Pam, minha psicóloga, conseguiu me ajudar nessa — na verdade, ela disse que eu deveria me resolver com meu pai.

MEDICINE (Vol. 2), mason mount (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora