19. Pinky promise.

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promessa de mindinho.


    Sirius mal abriu os olhos para o dia e já estava intensamente emburrado. 

    — Por que acordamos tão cedo hoje? — Perguntou com um beicinho, ainda sob as cobertas quentinhas, enquanto observava Remus vir do closet com uma sacola de papel com slogan colorido no centro.

    — Porque temos um compromisso muito importante hoje.

    — Temos? — Franziu o cenho, bocejando e se sentando apenas para erguer os braços para Remus. Um claro e mudo pedido de colo. — O que tem hoje?

    Remus largou a sacola na ponta da cama antes de ir até o submisso, o segurando abaixo dos braços para o erguer no colo. Sirius enrolou as pernas nuas na cintura do dominador e os braços, cobertos pelo pijama de estrelas habitual, circularam pelo pescoço. Remus o deixou deitar a cabeça em seu ombro, completamente cheio de preguiça ainda. 

    — Hoje vamos conhecer um lugar muito legal. — Foi cauteloso, afagando as costas do mais novo de um modo carinhoso, em movimentos circulares. Não revelou também para onde iriam, não de modo tão cru. Sabia que teria que enrolar Sirius ao invés de despejar a notícia de um novo ambiente. — Mas antes vou te colocar no banho.

    — Hmm... — Murmurou apenas, pouco interessado em seja lá para onde iriam. O que sabia era que Remus tinha o corpo quente e o pescoço cheiroso, perfeito para voltar a dormir.

    E, se Sirius de fato dormiu novamente antes que sequer chegassem ao banheiro do quarto, não seria surpresa nenhuma para Remus. 

    Uma das delícias de viver em uma rotina cada vez mais doméstica com o submisso, era descobrir toda a verdadeira personalidade de seu garotinho. 

[...]

    O mundo poderia se partir ao meio e Sirius escolheria esse caminho ao invés de aceitar facilmente o que o aguardava.

    — Mentiu para mim! — Bateu a porta do carro de Remus assim que desceu do mesmo.

    — Não, não menti. — Desceu também, fechando a porta e ajeitando a mochila do menino em um dos ombros. — Eu disse que tínhamos um compromisso hoje e temos. 

    — Mas disse que seria legal! — Acusou com um tom de voz birrento. — Isso — Apontou a frente do colégio a poucos passos de distância deles. — não é legal! 

    Remus suspirou, apertou a ponta do nariz e buscou calma. O dia não tinha premissa nenhuma de que faria o mínimo resquício de sol e a garoa fina, a qual começava a apertar e se tornar uma chuva leve, apenas servia para afirmar isso. 

    — Isso pode ser legal, Sirius. Você nem ao menos conheceu o lugar. 

    De braços cruzados, batendo o pé esquerdo no chão, Sirius retrucou.

    — Não vai ser legal e eu não quero conhecer essa porcaria. — Torceu o nariz, virando o rosto e tudo. — Quero voltar para casa e ficar com Eleonora! 

    — Sinto muito, encrenca, mas isso não é opcional.

    Sirius o ignorou, marchando para perto do carro e tentando abrir a porta. Quando não conseguiu, o veículo estando trancado, finalmente encarou o dominador.

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