Capítulo 41

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Hermione estendeu a mão para ele aparatar e, em vez disso, Draco agarrou a mão dela, a puxando para ele de brincadeira. Ela gritou quando tropeçou nele e ele a puxou para perto, envolvendo os braços em volta dela para segurá-la firmemente contra seu peito. Ela olhou para ele com um brilho nos olhos castanhos, radiante.

Entre a sensação do corpo dela contra o dele e a promessa de um dia sozinhos e juntos, com o tempo ensolarado, sem guerra ou morte, todas as memórias de Alecto, a tortura e a ameaça aos seus pais desapareceram de sua mente agora.

Ela os aparatou perto de uma árvore e felizmente eles estavam fora de vista, mas Hermione temeu que os trouxas os teriam visto. Ela olhou ao redor, nervosa, e depois para ele, tirando alguns cachos rebeldes do rosto.

— Onde estamos? — ele perguntou, curioso.

— Leicester — ela respondeu, como se isso explicasse tudo.

Draco examinou os arredores para ver uma série de edifícios espalhados entre um gramado com calçadas. Muitas pessoas passeavam pelo local, aproveitando o clima excepcionalmente quente. Os pais davam as mãos aos filhos. Alguns estavam passeando com cachorros. Um dos prédios tinha um desenho que ele nunca tinha visto antes e ele focou o olhar, tentando descobrir o que poderia ser.

— O que há com a gigantesca colmeia prateada?

Hermione se virou para encará-lo com um dos sorrisos mais felizes que ele já tinha visto. Em qualquer um. A excitação dela era contagiante e ele também sorriu, apesar do horror da manhã. Sem responder, ela agarrou a mão dele e o puxou para o prédio mais estranho que ele já tinha visto. Eles passaram por uma placa que dizia "Centro Espacial Nacional" e ele parou no meio do caminho. Hermione não percebeu que ele havia parado e quase caiu sobre ele depois de ser repentinamente puxado para trás.

— Você vai me mostrar naves espaciais? — Draco perguntou a ela, incrédulo. — Este é um museu de astronomia trouxa?

— Bem, não exatamente naves espaciais — Hermione se virou para ele, com os olhos castanhos brilhando de alegria. — O prédio prateado da colmeia tem dois bicos de foguete e dentro do museu eles têm uma das três cápsulas da Soyuz–

Ele interrompeu sua explicação a puxando para um beijo ardente. Ele se inclinou em direção a ela, segurando seu queixo, embalando a parte de trás de sua cabeça e saqueando sua boca com tanta paixão quanto podia. Ele se lembrou brevemente da boca de Alecto naquela manhã, mas o toque e o gosto de Hermione afastaram esses pensamentos. Com cada golpe de língua e cada movimento de seus lábios, Draco tentava dizer a Hermione o que ela significava para ele.

Ela não precisava explicar a ele porque não era inferior ou porque seus pais não eram inferiores. Ela lhe ensinou o Patrono. Ela não precisava levá-lo para ver um filme que ela já tinha visto muitas vezes antes. Ela não tinha que ficar acordada a noite toda enquanto ele se curava da extração do implante. Ela não precisava mostrar a ele a arte trouxa e alimentar suas idéias preconceituosas, ou cuidar dele enquanto ele vomitava suas tripas de bêbado e ouvia suas horríveis confissões, e ela certamente não precisava levá-lo para conhecer um campo de desenvolvimento completamente estranho ao mundo mágico.

Ela não precisava fazer nada disso.

E ainda assim ela fazia. Ela o aceitava como ele era, com todas as suas lutas, e fez todas essas coisas por ele.

Alegremente.

Hermione fez pequenos gemidos e ele engoliu cada um deles, beijando avidamente sua boca, devorando-a. Aquelas mãos pequenas, delicadas – mortais – agarraram seu cabelo, deslizaram em volta de seu pescoço e depois envolveram seu torso.

From Wiltshire, With Love | Tradução - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora