Draco olhou para sua mãe lendo pacificamente na biblioteca. Flexionando os dedos nervosamente, ele olhou para o vestíbulo, onde seu pai estava sentado, absorto, lendo alguns pergaminhos em seu escritório. O Lorde das Trevas estava ausente e a oferta de troca de prisioneiros foi respondida através de um anúncio no Profeta Diário.
Os eventos estavam se unindo.
Draco não teria melhor chance do que agora. Quanto mais cedo ele matasse Nagini, mais cedo a guerra terminaria. Ele não tinha ideia de que novo inferno seria desencadeado quando ele acabasse com a cobra e sabia que precisava tirar seus pais de lá antes de fazer qualquer coisa irreversível.
Inspirando profundamente, ele caminhou até sua mãe.
— Mãe — ele a chamou, e ela ergueu os olhos do livro. — Você vai se juntar a mim lá fora?
Apertando os lábios, ela o estudou com desconfiança, ao que ele retribuiu seu sorriso mais cativante. Isso a fez estreitar os olhos, um sinal claro de que ele estava tramando alguma coisa. Ele estava dando a ela aquele sorriso para encobrir travessuras desde que ele conseguia se lembrar.
Funcionou... uma vez.
Sair foi um pedido incomum, considerando o quão ocupado ele estava ultimamente, mas ela colocou o livro na mesinha lateral e se aproximou dele, inserindo a mão na dobra de seu cotovelo.
— Eu queria verificar as roseiras — ela sugeriu, levantando uma sobrancelha conspiratória.
Draco sorriu para ela em agradecimento. A densidade do crescimento e a presença de espinhos tornariam quase impossível para Nagini segui-lo.
— Uma excelente ideia, mãe.
Eles saíram da Mansão no clima ameno do outono e caminharam juntos por um dos caminhos do jardim. Ele observou o cabelo loiro claro de sua mãe se erguer levemente com a brisa enquanto eles serpenteavam pelo caminho de pedra. Um bando de gansos voou acima, seus cantos eram altos e depois desapareceram na distância. Finalmente chegaram ao roseiral.
O caminho era largo o suficiente para duas pessoas, mas complicado demais para Nagini entrar. Elas eram de um vermelho e rosa brilhantes intercaladas pelos arbustos verde-escuros. Draco alargou as narinas, nervoso, mas ainda assim apreciando a fragrância. Sua mãe virou-se para ele com expectativa, os olhos azuis brilhantes e cautelosos. Ele não tinha tempo para jogos e significados ocultos e decidiu colocar todas as cartas na mesa. Lançando um Muffliato para garantir, ele olhou ao redor e depois fixou o olhar no rosto de sua mãe.
— Se a Ordem pudesse matar o Lorde das Trevas, você mudaria de lado?
O que quer que ela esperasse que ele dissesse, não era isso. Ela abriu a boca para responder, engoliu em seco e pigarreou:
— Eles podem? — O tom dela era esperançoso e Draco liberou a tensão em seus ombros. Sua mãe iria com ele; Yasmine estava certa novamente.
— Sim. Eles já sabem como fazer isso há algum tempo, mas isso acontecerá quando os prisioneiros forem trocados.
Seus olhos se arregalaram de espanto e ela agarrou seu pulso.
— Você é o espião — ela sussurrou incrédula. — Não Travers.
— Eu não sou o único.
— Quem mais? — Sua voz aumentou de surpresa.
— Severus.
Seus lábios se separaram.
— Não.
— Yasmine.
VOCÊ ESTÁ LENDO
From Wiltshire, With Love | Tradução - Dramione
FanficHermione convence Draco a espionar para a Ordem e ela se torna seu contato. Mas quais são suas verdadeiras motivações? Difícil dizer quando ele ainda está descobrindo isso sozinho. Tradução autorizada da fanfic de MistressLynn. ISENÇÃO DE RESPONSABI...