Capítulo 27

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Merda.

Hermione baixou a guarda desde que assistiram aos filmes. Ela ficou horrorizada por ter adormecido na frente de Malfoy, mas ele não fez nada. Aquela noite e sua gratidão por ter retirado o implante deram a ela uma falsa sensação de segurança. Ela ficou complacente. Agora ele estava agindo.

Ela tinha sido tão estúpida em confiar nele.

Ela voou da cadeira em direção à porta, mas ele foi até ela, bloqueando sua saída da sala com o braço. Ela tentou usar seu treinamento de combate, mas ele rapidamente a prendeu na parede, agarrando seus braços e empurrando a coxa entre suas pernas antes que ela pudesse lhe dar uma joelhada no saco.

Movida apenas pela adrenalina, ela tentou escapar de seu alcance, torcendo os braços, tentando dar-lhe uma cotovelada no rosto. Seu terror aumentou e ela estendeu a mão para arrancar uma das varinhas da outra mão dele, mas ele segurou ambos os pulsos dela com facilidade, empurrando-os para cima e prendendo-os acima de sua cabeça contra a parede. Ela se esticou para mordê-lo, mas ele se inclinou para trás, fora de alcance, e olhou para ela.

— Quer que eu te foda, Granger?

Hermione parou abruptamente de lutar e olhou nos olhos de Malfoy, olhando para ela. Ela estava ofegante, o peito arfando com o esforço de tentar fugir. Ele olhou para os seios dela e depois voltou para os olhos dela, dando-lhe um sorriso sensual. Imediatamente, o medo que impulsionava seu coração acelerado se transformou em algo completamente diferente e ela se tornou consciente do corpo dele, de seu calor e do fato de que seus lábios estavam a poucos centímetros dos dela. Um calor lento e tenaz começou a se espalhar entre suas coxas. Ele flexionou o músculo da coxa em sua junção, e ela sentiu-se apertar.

O que diabos ele estava tentando fazer?

Hermione engoliu em seco.

— Não — sua voz tremeu. Ela tinha que ser firme. Fosse o que fosse, ela tinha que acabar com isso. Agora. Ela limpou a garganta e tentou novamente. — Não, eu não. — Ela puxou os braços, tentando libertar os pulsos do aperto implacável, mas os dedos dele se apertaram.

Malfoy ergueu uma sobrancelha e deslizou a coxa contra o núcleo dela, entre as pernas dela. Horrorizada, ela sentiu um puxão, um aperto físico claro e distinto entre suas pernas. Ele enfiou as varinhas no bolso de trás e descansou a outra mão na cintura dela, e seus dedos viajaram sob a bainha do suéter, fazendo sua pele formigar.

Ele continuou com uma voz baixa e rouca.

— Que tal eu jogar você sobre sua cama, rasgar suas calças e bater em você enquanto você grita?

Seus mamilos endureceram com a imagem. De onde isso veio? Seus dedos avançaram mais alto, sobre suas costelas. Ela tentou novamente desvencilhar-se das mãos dele e não conseguiu. Respirando fundo, ela convocou a mesma firmeza de antes.

— Absolutamente não. — Sua garganta estava seca, mas pelo menos sua voz não tremia mais. — Deixe-me ir, Malfoy.

Ele baixou o rosto até que sua respiração tocou os lábios dela. Seu peito pressionou contra seus seios.

— Você é péssima em mentir, Granger. — Ele balançou a pélvis contra ela enquanto falava, e ela sentiu o quão duro ele estava. — Minta para mim — sua voz era uma carícia em sua pele.

Os olhos de Hermione se arregalaram de surpresa. Era um teste! Um teste de sua habilidade como Oclumente e ela falhou miseravelmente. Malfoy a alertava repetidamente sobre a necessidade de Ocluir adequadamente e agora estava verificando seu progresso.

Ela fechou os olhos e respirou fundo. Ela não podia olhar para ele enquanto se preparava. A coxa dele moveu-se para frente e para trás entre as pernas dela novamente e os dedos dele viajaram mais alto em direção ao seio dela. Onde quer que ele tocasse sua pele estava tão quente.

From Wiltshire, With Love | Tradução - DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora