Capítulo 22

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Acordo subitamente, encontrando o quarto mergulhado na escuridão

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Acordo subitamente, encontrando o quarto mergulhado na escuridão. Não há lua ou céu claro, apenas a escuridão da noite. Sinto um vazio ao meu lado e percebo que estou sozinha na cama. Acendo o abajur do criado-mudo ao lado, deparando-me com os lençóis emaranhados em minhas pernas. Levanto-me da cama e visto uma camisa de Noah. Meus pulsos estão um pouco vermelhos das cordas, lembrando-me das horas anteriores. Sorrio, negando com a cabeça, e saio do quarto.

Desço as escadas silenciosamente, sentindo o frio do chão em meus pés descalços e o ar gelado ao meu redor. Cruzo os braços sobre o peito e ouço a voz de Noah vindo da cozinha. Paro na entrada e me apoio na parede, observando enquanto ele fala ao telefone. Parece nervoso, andando de um lado para o outro e, às vezes, se apoiando na pia. Provavelmente é sua maneira de controlar a raiva. Ele está vestindo apenas uma calça de moletom, expondo seu corpo musculoso. Sua mão esquerda segura o celular próximo ao ouvido, e seus músculos se tensionam, dando-me um vislumbre da força que ele possui.

- Hel? - pisco algumas vezes, saindo do meu transe, quando percebo Noah parado, me encarando - Depois eu ligo - ele desliga o aparelho e caminha até o meu lado - Está tudo bem? - ele pergunta, sua mão puxando a minha suavemente. Seu olhar desce para os meus pulsos - Está doendo?

- Não - respondo, balançando a cabeça. Os pulsos já não doem mais, apenas uma sensação residual de formigamento permanece. Estou bem.

Ele solta um suspiro de alívio e me envolve em um abraço reconfortante. Sinto sua respiração quente em meu pescoço e meu corpo relaxa contra o seu. Estamos em silêncio por um momento, apenas apreciando a presença um do outro.

- Vem - Noah me coloca sentada em cima da mesa, seus olhos analisam a vermelhidão em meus pulsos. Sem desviar o olhar, ele aplica uma pomada suavemente, seguida por um pequeno beijo reconfortante - Avisei para me dizer se estivesse apertado.

- Não senti na hora - respondo, olhando diretamente em seus olhos. Ele ajeita uma mecha do meu cabelo para trás - O que você estava fazendo lá? - pergunto, referindo-me ao bar, enquanto a pomada é deixada de lado.

- Te salvando - ele responde, sua voz cheia de sinceridade.

- Não foi isso que eu quis dizer - o repreendo, e ele se afasta do meu alcance, apoiando-se na bancada à minha frente e cruzando os braços.

- Eu estava te procurando - Noah confessa, seus olhos fixos em mim - Porque sinto sua falta. Constantemente.

Fico chocada com sua resposta. Por um momento, as palavras ecoam em minha mente. Ele sente minha falta?

- Então, por que você se afasta?

- Porque não sou o cara certo para você - ele continua, sua expressão carregada de tristeza.

Meu coração aperta diante de suas palavras. Noah sempre foi tão confiante e decidido, mas agora o vejo vulnerável, admitindo suas próprias inseguranças.

Desafios da Sedução: Entre Desejo e LoucuraOnde histórias criam vida. Descubra agora