Capítulo 10

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Eu me vi diante daquela situação inusitada

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Eu me vi diante daquela situação inusitada. - Um homem como você, achei que não confiasse tão facilmente nas pessoas - eu disse.

Ele respondeu prontamente: - E não confio. Só quero te acompanhar até o elevador. - ele confirmou, estendendo o braço para mim.

Eu olhei para ele, um pouco hesitante. Embora eu soubesse que não havia nada de errado em sair com meu chefe pelo elevador, algo me fazia sentir desconfortável com a ideia.

- Não sei se isso é apropriado - respondi, um pouco envergonhada.

Noah olhou para mim, um pouco surpreso. - Por que não seria apropriado? Somos apenas dois colegas de trabalho indo embora juntos.

- Eu sei, mas... - eu comecei a dizer, antes de Noah me interromper.

- Não se preocupe, Helena. Não vou te morder - ele disse, com um sorriso divertido no rosto.

Noah estendeu o braço novamente e eu o aceitei. Quando chegamos ao elevador, ele pressionou o botão e as portas se abriram.

- Veja só, nada de mais - disse Noah, enquanto entrávamos no elevador juntos.

Eu sorri. Talvez não fosse tão ruim assim sair de braços dados com Noah, afinal de contas. Era difícil acreditar que ele fosse o tipo de homem que fazia pequenos agrados como esse com suas secretárias. Mas, ao mesmo tempo, eu me perguntava: "será que era?"

Noah me encara com um ar de superioridade e começa a falar, em tom autoritário: - Entenda uma coisa, Senhorita Miller, não devo nada aos outros. Posso controlar aquilo que estiver ao meu alcance, e te garanto que são muitas coisas. Boatos rolam ao todo instante sobre mim, mas minha vida particular ninguém se intromete. Sabem que posso fazer algo a respeito que arrancaria muito dinheiro deles. Sou um homem bem oculto diante de meus interesses.

Fiquei observando-o, tentando entender o que ele queria dizer com aquilo. Noah tinha uma reputação de ser um homem misterioso, nunca tendo tido um relacionamento público. Todas as vezes que aparecia com alguma mulher em algum jornal, era sempre uma assistente, uma amiga da família ou algum negócio que justificasse a presença dela ao seu lado. Ele era uma máquina jovem de fazer dinheiro e isso estava claro para todo mundo.

Eu o encaro por um instante, ponderando sobre o que dizer. Noah sempre foi um mistério para mim, e essa conversa não estava ajudando muito. Mas ele parecia gostar de ter o controle da situação, então resolvo responder com sinceridade.

- Sim, eu sei, pesquisei sobre você - eu admito, olhando-o nos olhos. - Você é muito reservado, quase não há informações sobre sua vida pessoal.

Ele solta um riso irônico. - É exatamente como gosto que seja. Não devo nada a ninguém, e não vejo porque devo compartilhar minha vida privada com o mundo.

Eu suspiro, ainda tentando entender o que ele está tentando dizer. - Mas isso não te incomoda? Os jornais te tratam como um objeto, um mero instrumento para gerar dinheiro.

Desafios da Sedução: Entre Desejo e LoucuraOnde histórias criam vida. Descubra agora