Capítulo 39

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Mexo minhas mãos nervosamente, tentando controlar a ansiedade que se acumula dentro de mim

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Mexo minhas mãos nervosamente, tentando controlar a ansiedade que se acumula dentro de mim. Olho pela janela do estabelecimento, observando o ambiente tranquilo de uma quinta-feira, com poucos clientes desfrutando de seus cafés matinais. Giro minha xícara de café lentamente, soprando suavemente para afastar o frio de minhas mãos, observando a nuvem de vapor quente se dissipar no ar.

- Hel - levanto a cabeça ao ouvir Oliver me chamar, encontrando seu olhar amargo enquanto ele se senta na cadeira em minha frente.

- Bom dia para você também - respondo, parando de mexer no café e tomando um gole, sentindo o líquido quente descer pela minha garganta enviando um pequeno choque ao despertar pelo meu corpo, contrapondo o frio lá fora.

- Quando você voltou da viagem?

- Na terça-feira. Noah está resolvendo algumas coisas na empresa antes de voltarmos para Boston amanhã.

- Por que você não foi la em casa quando eu estava lá? Você sabia que eu estava trabalhando e mesmo assim decidiu visitar nossa mãe e Mark...

- Acho que sua expressão e a forma como você está falando comigo já responde à sua pergunta, não é mesmo? - solto um suspiro pesado, vendo Oliver ajeitar sua jaqueta sobre o corpo - Não vim aqui para você me criticar e dizer que estou errada.

- Mas você está errada, você sabe que esse casamento não vai dar certo.

- Você não deveria julgá-lo tanto - mantenho minha voz neutra, apesar de sentir uma pitada de irritação em minhas palavras - Você não sabe o que ele passou.

- E você sabe? - Oliver rebate, me observando com intensidade - O que você sabe sobre o seu querido assassino de crianças e destruidor de vidas de garotas? - Não consigo evitar e começo a rir, mordendo meus lábios enquanto nego com a cabeça. Tomo mais um gole do café, que agora já está frio - O que há de tão engraçado nisso? - Oliver me repreende com seriedade, franzindo a testa.

- Ela não te contou nada, não é mesmo?

- Ela?

- Olivia - respondo friamente - Provavelmente nem fizeram exames para saber se ela estava grávida.

- Pra quê, se a criança estava...

- Pra quê, se a criança estava morta, não é mesmo? - completo a frase de Oliver, sem rodeios, olhando diretamente em seus olhos. Sua expressão se transforma em uma mistura de surpresa e desconforto, enquanto eu me mantenho firme em minha posição.

Recebo uma mensagem no celular, mas decido ignorá-la. Eu preciso esclarecer tudo para Oliver de uma vez por todas. Respiro fundo e volto minha atenção para ele.

- Não havia criança, Oliver. Sua irmã estava tão perturbada que inventou toda essa história para manter Noah ao seu lado. Ele sofreu com essa situação, com a perda de uma suposta criança que sequer existia em seu ventre. Quem você acha que bancava todas as despesas no hospital? O melhor quarto, o tratamento de primeira linha... Os enfermeiros nos diziam que todos os pacientes eram tratados daquela forma. Mas nossa renda não era suficiente para cobrir tudo aquilo. Noah estava pagando por ela, mesmo depois de Olivia ter fugido e desaparecido. E acredite, ele gastou ainda mais dinheiro para encontrá-la, preocupado com a saúde dela. Ele pode ter cometido erros no passado, mas nunca se mostrou um ser desprezível a esse ponto.

Desafios da Sedução: Entre Desejo e LoucuraOnde histórias criam vida. Descubra agora