- Já foi surpresa suficiente você ter aparecido... – murmuro baixo e o carro é parado de uma vez, Noah abre o porta-luvas tirando de dentro um objeto, que não consigo identificar - O que é isso?
Por outro lado, Noah não responde e sai do carro já abrindo a porta ao meu lado, ele senta e fecha a porta em seguida.
- De costas para mim - ele ordena em um tom de voz autoritário.
Me viro para a janela apreensiva, e se não fosse pelo ar condicionado ligado provavelmente eu estaria suando frio agora - Mãos para trás - apenas obedeço seus comandos.
Sinto uma sensação gélida e restritiva ao redor dos meus pulsos, como se algo estivesse sendo firmemente fechado em torno deles. A realidade se torna clara: são algemas!
De repente, meu corpo é empurrado com força, fazendo com que eu perca o equilíbrio. Rapidamente, caio no banco, sentindo sua superfície fria e dura. A violência do empurrão me deixa ansiosa e minha respiração acelerada revela minha excitação. Estou completamente à mercê.
- Deve aprender a ficar de boca fechada - recebo um tapa com força na bunda e me contorço no banco - Silêncio!
Ele abaixa minha calcinha e morde de leve minha nádega esquerda, seus dedos passeam delicadamente em minha intimidade, deixando arrepios por todo meu corpo.
- Você é uma delicia, senhorita Miller - Noah sussurra em meu ouvido e eu mordo meu lábio inferior, contendo um gemido - Junte suas pernas e empine a bunda pra mim.
Envolvida demais para recuar agora, obedeço às ordens de Noah. Fico de costas para ele, posiciono minhas pernas sobre o banco, criando uma espécie de mesa imóvel. Sinto-me vulnerável nessa posição, mas há algo excitante em ceder ao seu comando.
- Está muito molhadinha, Helena - ele comenta, enquanto coloca mais um objeto metálico em torno dos meus tornozelos. Tento me virar para trás, surpresa com a novidade, mas sou impedida, conseguindo apenas vislumbrar seus olhos por um breve instante através dos óculos escuros que ele usa.
- Talvez isso ajude - ele diz, formando um sorriso satisfeito nos lábios. Fico curiosa para decifrar o que está por trás daqueles óculos, mas sua expressão é um mistério para mim.
- Melhor não se mexer, as algemas podem machucar mais do que devem - ele me alerta. Suspiro profundamente, sentindo o peso do meu rosto contra o banco. O barulho dos carros passando na rua ao lado apenas intensifica a sensação de excitação que permeia o ambiente.
Questiono-me por que, tantas vezes, o caminho errado é o mais prazeroso. Há algo irresistível na transgressão, no desafiar das convenções. Talvez seja a adrenalina de se aventurar no desconhecido, de explorar limites que antes eram intocáveis. O proibido tem um sabor doce, uma atração que é difícil resistir.
Apesar das dúvidas e das inquietações, estou aqui, entregando-me a esse jogo perigoso, seduzida pelas promessas de prazer e emoção. No fundo, sei que estou arriscando, mas há algo inebriante em seguir por esse caminho. O errado pode ser cativante, trazendo uma intensidade que o certo muitas vezes não proporciona.
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Desafios da Sedução: Entre Desejo e Loucura
RomanceHelena Miller, uma recém-formada em busca de oportunidades na sua área, decide viajar para Boston em busca do sucesso profissional. Porém, ela acaba encontrando algo muito diferente do que imaginava. Quando um homem misterioso a desafia com uma pro...