Capítulo 26

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- Já foi surpresa suficiente você ter aparecido

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- Já foi surpresa suficiente você ter aparecido... – murmuro baixo e o carro é parado de uma vez, Noah abre o porta-luvas tirando de dentro um objeto, que não consigo identificar - O que é isso?

Por outro lado, Noah não responde e sai do carro já abrindo a porta ao meu lado, ele senta e fecha a porta em seguida.

- De costas para mim - ele ordena em um tom de voz autoritário.

Me viro para a janela apreensiva, e se não fosse pelo ar condicionado ligado provavelmente eu estaria suando frio agora - Mãos para trás - apenas obedeço seus comandos.

Sinto uma sensação gélida e restritiva ao redor dos meus pulsos, como se algo estivesse sendo firmemente fechado em torno deles. A realidade se torna clara: são algemas!

De repente, meu corpo é empurrado com força, fazendo com que eu perca o equilíbrio. Rapidamente, caio no banco, sentindo sua superfície fria e dura. A violência do empurrão me deixa ansiosa e minha respiração acelerada revela minha excitação. Estou completamente à mercê.

- Deve aprender a ficar de boca fechada - recebo um tapa com força na bunda e me contorço no banco - Silêncio!

Ele abaixa minha calcinha e morde de leve minha nádega esquerda, seus dedos passeam delicadamente em minha intimidade, deixando arrepios por todo meu corpo.

- Você é uma delicia, senhorita Miller - Noah sussurra em meu ouvido e eu mordo meu lábio inferior, contendo um gemido - Junte suas pernas e empine a bunda pra mim.

Envolvida demais para recuar agora, obedeço às ordens de Noah. Fico de costas para ele, posiciono minhas pernas sobre o banco, criando uma espécie de mesa imóvel. Sinto-me vulnerável nessa posição, mas há algo excitante em ceder ao seu comando.

- Está muito molhadinha, Helena - ele comenta, enquanto coloca mais um objeto metálico em torno dos meus tornozelos. Tento me virar para trás, surpresa com a novidade, mas sou impedida, conseguindo apenas vislumbrar seus olhos por um breve instante através dos óculos escuros que ele usa.

- Talvez isso ajude - ele diz, formando um sorriso satisfeito nos lábios. Fico curiosa para decifrar o que está por trás daqueles óculos, mas sua expressão é um mistério para mim.

- Melhor não se mexer, as algemas podem machucar mais do que devem - ele me alerta. Suspiro profundamente, sentindo o peso do meu rosto contra o banco. O barulho dos carros passando na rua ao lado apenas intensifica a sensação de excitação que permeia o ambiente.

Questiono-me por que, tantas vezes, o caminho errado é o mais prazeroso. Há algo irresistível na transgressão, no desafiar das convenções. Talvez seja a adrenalina de se aventurar no desconhecido, de explorar limites que antes eram intocáveis. O proibido tem um sabor doce, uma atração que é difícil resistir.

Apesar das dúvidas e das inquietações, estou aqui, entregando-me a esse jogo perigoso, seduzida pelas promessas de prazer e emoção. No fundo, sei que estou arriscando, mas há algo inebriante em seguir por esse caminho. O errado pode ser cativante, trazendo uma intensidade que o certo muitas vezes não proporciona.

Desafios da Sedução: Entre Desejo e LoucuraOnde histórias criam vida. Descubra agora