Helena Miller, uma recém-formada em busca de oportunidades na sua área, decide viajar para Boston em busca do sucesso profissional.
Porém, ela acaba encontrando algo muito diferente do que imaginava.
Quando um homem misterioso a desafia com uma pro...
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- Está mentindo - afirmo, fitando-o com plenitude enquanto me sento na cama, buscando respostas em seu olhar.
- Como? - ele se acomoda ao meu lado, seu rosto mostrando confusão.
- Sabemos que você vai fazer isso de novo, e será pior. Eu não sei me comportar como uma submissa "que merece", e tenho certeza de que irei infringir alguma regra daquele maldito contrato, o que resultará em uma punição ainda mais severa. A questão é se estarei preparada para enfrentá-la.
Ele me olha com tristeza e compreensão, tentando encontrar as palavras certas para responder.
- Quer desistir? - pergunta em um murmúrio baixo, como se minhas palavras o tivessem atingido no estômago. Eu o encaro, negando com a cabeça enquanto franzo a testa.
- Porque não? - sua voz soa fraca, repleta de preocupação.
- Porque eu te quero, Noah. Te desejo todos os dias, a cada minuto. E é isso que me deixa mais confusa - confesso, sentindo as lágrimas ameaçando escapar. Ele se aproxima um pouco mais, buscando me confortar, mas eu me afasto, precisando de espaço para processar meus sentimentos.
- Me leva pra casa - peço, tentando conter o turbilhão de emoções que me consome.
Ele parece relutante, mas acaba cedendo ao meu pedido, entendendo que preciso de tempo e distância para lidar com tudo o que aconteceu.
- Não fique com remorso por mim, Helena - diz ele com tristeza, mas também com determinação.
- Acabei de levar uma surra, Noah! Tenho todo o direito de ficar brava com você. Nem mesmo meu pai ou minha tia jamais levantaram a mão para mim - explodo de uma vez, deixando a raiva e a frustração se manifestarem.
As palavras ecoam no quarto, e por um momento, o silêncio se instala entre nós. Meu corpo está cansado, minha mente confusa, mas sei que há uma batalha interna a ser travada. Preciso encontrar um equilíbrio entre o amor que sinto por Noah e o respeito por mim mesma. E nesse momento de conflito, a única certeza que tenho é que algo precisa mudar.
- Eu sou assim, Hel. Você sabia disso desde o começo. Todas as informações estão no contrato, para não quebrar nenhuma delas. Mas você escondeu uma informação de mim.
- Esconder? Noah! Não há nada que eu possa esconder de você. Você já estava naquela casa antes mesmo de eu entrar nela. Não importa se eu tivesse dito ou não, você teria descoberto de qualquer forma.
- E se eu não tivesse ido até lá, você teria me contado?
- Claro que sim. E esse tipo de informação é algo que pessoas normais celebram, não algo que resulte em punição.
Ele se levanta e vai até o armário, pegando um moletom e entregando para mim.
- Vamos - diz ele, sua voz carregada de peso - Sei que foi cedo demais para esse tipo de punição, e peço desculpas por isso, mas não me arrependo. Você mereceu aquilo.
