Helena Miller, uma recém-formada em busca de oportunidades na sua área, decide viajar para Boston em busca do sucesso profissional.
Porém, ela acaba encontrando algo muito diferente do que imaginava.
Quando um homem misterioso a desafia com uma pro...
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Dando as costas para mim, espero parado, observando Helena se afastar sem sequer olhar para trás, como se aquele adeus nunca tivesse existido. Sinto meus pés congelarem no lugar, incapazes de me mover, enquanto a vejo abraçada ao seu melhor amigo, que me encarava com raiva por ver o sofrimento dela. Com dedos trêmulos, limpo as lágrimas obstinadas que insistem em rolar pelo meu rosto.
Eu preciso de você, Helena. Preciso tanto...
Seus olhos inundados de lágrimas, cientes de que sou o responsável por tudo aquilo, são torturantes. O olhar de desprezo que ela me lançou me faz encolher, mas não posso culpá-la.
Eu sou um maldito doente.
- Senhor Jones? - Ouço a voz de Holdes e encaro-o parado ao meu lado.
- Vamos.
- Para onde, senhor?
- Para o cemitério - respondo em um sussurro, observando Helena ser levada para dentro do hospital psiquiátrico. Só então tenho coragem de me virar para o segurança, que me encara com pesar. E isso me irrita profundamente.
- Sim, senhor - ele responde, abrindo a porta do carro. Entro e coloco meus óculos sobre os olhos. Tudo o que sinto é angústia. O fato de não poder vê-la novamente me incomoda, mas sei que, quando descobrir isso, será sua decisão. Só gostaria que ela não tivesse dito isso em voz alta.
Ao chegar em frente ao cemitério, peço a Holdes para ir embora e me deixar sozinho. Caminho em direção ao túmulo da minha mãe, ao lado do meu pai. Sento-me de frente para a lápide, sem me importar com a sujeira que ficará em minhas calças, removendo algumas folhas secas que caíram.
- Você estava certa - murmuro baixinho, arrumando meus cabelos e jogando-os para trás. - Como sempre... - olhando a foto dela, limpo a poeira que a encobria - Eu não presto para nada.
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➳ Flashback On ➳
Segunda- feira 14 de outubro de 2007
- Sabe o que um garoto como você vai se tornar quando finalmente se tornar homem? - a voz da minha mãe corta o ar enquanto observo o chicote em sua mão passar lentamente pelas minhas costas - Responde, inútil!
