Noah aperta minha mão com força, transmitindo segurança e apoio. Sua presença ao meu lado é reconfortante, e eu me sinto grata por tê-lo ali comigo. Enquanto a enfermeira se aproxima, percebo a preocupação em seus olhos.
- Ainda bem que acordou, senhorita - diz a enfermeira, sorrindo gentilmente.
- Quanto tempo eu fiquei desacordada? - pergunto, confusa, olhando para Noah, que ajusta meu travesseiro com um suspiro pesado. A enfermeira verifica o soro ao meu lado, arrumando-o com cuidado.
- Você ficou inconsciente por mais de 24 horas, senhorita. Perdeu bastante sangue - ela responde, assentindo lentamente enquanto tento processar o que aconteceu. De repente, tudo volta em um flash em minha mente: a noite escura, a rua deserta e, em seguida...
Merda. Olivia.
Sinto um aperto no peito, a culpa e a preocupação se misturando dentro de mim. Noah percebe minha agonia e aperta minha mão com mais força, oferecendo um olhar reconfortante.
- Sente alguma dor? Como está o seu braço? - pergunta Noah, preocupado. Olho para o meu lado direito e vejo-o todo enfaixado, soltando um suspiro de desaprovação.
- Está tudo bem, só estou com a garganta seca - respondo, sentando na cama. Noah faz menção de se afastar, mas seguro sua mão com mais força. - Fica comigo.
- Não vou a lugar nenhum - ele diz, e isso me deixa mais aliviada. Relaxo na cama. - Não gosta de hospitais? - pergunta, rindo baixinho. Balanço a cabeça negativamente.
- Nem eu.
Enquanto estamos ali, a enfermeira anuncia que vai buscar a minha água. Assim que ela sai, fico encarando Noah, com uma expressão de dúvida no rosto. Há algo que quero saber, mas não sei se devo perguntar. No entanto, a conexão entre nós é tão forte que decido arriscar.
- Noah... - começo, incerta. - O que aconteceu? Como eu acabei aqui?
Ele suspira, seu olhar se torna sério.
- Helena, você sofreu um acidente de moto - sua voz fica embargada.
As palavras dele me atingem como um soco no estômago. Respiro fundo, tentando acalmar minha mente e aceitar a informação de Noah.
- Você me assustou... - ele confessa baixo, e sorrio diante de sua confissão. - Rindo de mim outra vez?
- Está sendo fofo, isso é novidade para mim.
- E você gosta? - ele pergunta, e eu dou espaço, apontando para o meu lado na cama. Suas mãos me rodeiam e eu encosto minha cabeça em seu peito.
- Talvez.
- Eu disse para não andar mais nessa moto.
- Mas eu...
- Me desobedeceu. Se tivesse me escutado... - Sua voz fica enfurecida, ele está com raiva. - Por que faz isso?
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Desafios da Sedução: Entre Desejo e Loucura
Storie d'amoreHelena Miller, uma recém-formada em busca de oportunidades na sua área, decide viajar para Boston em busca do sucesso profissional. Porém, ela acaba encontrando algo muito diferente do que imaginava. Quando um homem misterioso a desafia com uma pro...