Capítulo 8

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Eu olhei em volta da sala de jantar, tentando absorver todos os detalhes

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Eu olhei em volta da sala de jantar, tentando absorver todos os detalhes. A iluminação era suave e dava um ar de mistério ao ambiente. A mesa ficava ao canto da sala, com uma toalha branca e retangular que ia até o chão. Duas cadeiras estavam posicionadas em cada quina da mesa, com velas acesas no centro. Além disso, a sala era decorada com um piano branco e vasos grandes, com iluminação indireta. Era um ambiente lindo e perfeito para alguém como Noah, mas ao mesmo tempo misterioso demais para uma simples conversa de propostas.

Noah me indicou a cadeira e eu me sentei, enquanto ele fazia o mesmo na cadeira em frente a mim. Em seguida, ele chamou o garçom e pediu um vinho Henri Jayer Vosne-Romanee. O garçom entregou o menu e saiu, fechando a porta e nos deixando a sós. Noah quebrou o silêncio:

-Espero que sua observação sobre mim seja de admiração e não desaprovação, senhorita Miller.

-Estou apenas avaliando meu ângulo, Sr. Jones - eu respondi, sabendo que ele estava sorrindo mesmo com o menu sobre seu rosto - Agora, pode me dizer qual é a proposta?

-No momento, estou tentando decidir como começar nossa pequena reunião - disse Noah, abaixando o menu - Por favor, não se apresse. Ainda temos tempo.

Em seguida, a porta foi aberta e o garçom trouxe o vinho, que foi cuidadosamente despejado em nossos copos. Quando o garçom saiu, Noah levantou os olhos em um ar superior e ficou ereto na cadeira, colocando as mãos entrelaçadas sobre a mesa. Eu sabia que essa era a deixa dele para falar. Eu me arrumei na cadeira, nervosa, e o encarei, esperando que ele começasse a falar.

Noah, sentado à minha frente no jantar, pronuncia suas palavras de forma clara e objetiva. Seu olhar é fixo em mim enquanto ele fala: - Tentarei ser o mais claro possível. Quero foder você.

Meus olhos se arregalam e, em um gesto brusco, esbarro em um dos talheres que caem ao chão, fazendo um barulho estridente. Rapidamente, agacho-me para pegar os talheres e colocá-los em sua posição original antes de finalmente olhar para Noah, que está com uma expressão divertida.

Ele percebe minha surpresa e comenta: - Sinceridade demais, Senhorita Miller?.

Respondo com uma simples confirmação: - Com certeza - Noah então sugere usar palavras mais minuciosas, mas decido que o vocabulário direto dele é o suficiente.

Ele observa meu rosto em silêncio por alguns segundos antes de finalmente revelar: - Sou praticante de BDSM

Eu fico confusa, perguntando: - Isso é sigla de algum jogo?

Noah ri antes de responder: - Mais ou menos. Mas te garanto que é um jogo bem prazeroso

Enquanto tomo um gole de vinho, percebo minhas mãos tremendo levemente. Noah nota isso e retira o copo de minhas mãos, dizendo: - Chega de vinho para você. Se eu for te foder aqui, quero que esteja em sã consciência.

Minha intimidade começa a ficar levemente úmida, mas tento controlar minhas reações cruzando as pernas. Nesse momento, ouvimos leves batidas na porta, interrompendo nosso diálogo. Os garçons entram com a comida e, assim que eles saem, volto minha atenção para Noah.

- O que significa BDSM? - Perguntei rindo, enquanto ele negava e me olhava divertido.

- BDSM, Senhorita Miller. Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo e Masoquismo.

"Puta merda."

- Sou um Dominador, Helena, e desejo que você seja minha submissa - Ele riu levemente, nego rindo e coloco minha mão na testa sem acreditar em suas palavras. - Está rindo de mim?

- Estou - Repondo ainda rindo. - Você me trouxe para Paris porque quer que eu seja sua escrava sexual?

- Você me desafia, Helena. Apenas o fato de aparecer na minha empresa foi um desafio para mim. Eu quero treiná-la, quero fazer de você minha submissa. Não me importo com as outras mulheres. Eu desejo você. E você, me quer? - Meu peito estava ofegante, minha respiração desregulada. A ideia de ser treinada por aquele homem era bem tentadora, mas eu precisava pensar antes de entrar em seu mundo. - Se você decidir se juntar a mim, prometo que minha atenção e dedicação serão exclusivamente para você.

- Eu posso pensar? - Pergunto, surpreendendo-o com minha resposta. Ele assente lentamente e eu pego os documentos de suas mãos, olhando-os brevemente antes de guardá-los no meu colo e olhar confusa para ele.

- Eu vou te dar tempo para pensar. Não quero forçar nada, Helena. Mas saiba que eu estou disposto a te ensinar tudo o que você precisa saber sobre BDSM e a guiá-la nessa jornada. - Ele se levanta, caminha em minha direção e acaricia meu rosto. - E se você decidir que quer experimentar isso comigo, eu estarei aqui. Sempre.

Eu me sinto atraída por ele, mas também estou com medo. É um mundo totalmente novo para mim, e eu não sei se estou pronta para isso. Mas a ideia de ser submissa para Noah me deixa curiosa. Será que eu sou capaz de ser a submissa que ele deseja?

- Noah, eu não sei se estou pronta para isso. - Confesso, sentindo-me vulnerável diante dele.

- Tudo bem, Helena. Vamos começar devagar, e você pode ir me dizendo o que está confortável ou não. - Ele me olha nos olhos e eu posso sentir sua intensidade. Sua mão que segurava minhas mãos agora se solta e ele a leva para meu rosto, acariciando minha bochecha com o polegar.

- Helena - ele sussurra, sua voz rouca e carregada de desejo. - Você é tão linda, tão tentadora.

Meu coração bate mais rápido e eu me sinto como se estivesse prestes a desmaiar. Ele é tão poderoso, tão dominante, e eu não consigo resistir a ele. Eu não quero resistir a ele.

- Você me quer, não é? - ele pergunta, sua voz quase um rosnado.

Eu assinto, incapaz de falar. Noah sorri, um sorriso lento e malicioso que me faz tremer. Ele me levanta da cadeira e me empurra contra a parede. Sua mão segura meus pulsos acima da minha cabeça, enquanto a outra aperta minha cintura com força. Seus lábios colam aos meus com rapidez e sou inundada com seu sabor, uma mistura de vinho doce e um leve toque de menta. Nossas línguas exploram cada canto, como se estivessem mapeando um território desconhecido. Ele aperta minha nádega esquerda e eu não consigo conter um gemido que escapa dos meus lábios.

Sinto-o estremecer contra mim, e sei que ele também me deseja.

Nesse momento, meu sonho se torna realidade.

De repente, tudo para. Os movimentos de Noah cessam e ele se afasta do meu corpo. Ainda ofegante, eu o encaro. Seus lábios estão avermelhados pela força do beijo e tenho certeza de que os meus também estão.

Ele volta para seu assento, e eu sento-me na cadeira em frente a ele e cruzo as pernas, sentindo um leve frio na barriga. Seus olhos percorrem meu corpo e param em minhas pernas cruzadas, percebo o olhar faminto em seus olhos. O silêncio fica no ar por um momento, fazendo com que eu me sinta ainda mais nervosa.

Finalmente, ele quebra o silêncio:

-Espero mesmo que aceite, minha querida. - sua voz soa grave e sensual. Sinto um arrepio percorrer meu corpo, mas tento manter a compostura. Eu engulo em seco, ainda sentindo a tensão sexual entre nós.

Seus olhos brilham com um misto de diversão e excitação, e eu sinto meu coração acelerar. O que será que ele está planejando?

Desafios da Sedução: Entre Desejo e LoucuraOnde histórias criam vida. Descubra agora