- O Noah disse o que? - sorrio de lado, sentindo um misto de curiosidade e expectativa, enquanto Olivia fixa seu olhar em meu rosto, analisando minha expressão surpresa. Seus olhos parecem brilhar com um certo ar de divertimento.
- Tudo bem você amar o Sr. Jones, afinal, ele é tão fácil de se amar. Não é mesmo? - ela pronuncia cada palavra lentamente, como se saboreasse a ironia contida naquelas frases. Concordo sinceramente com suas palavras, percebendo que seu sorriso vai aos poucos desaparecendo. Sinto um leve frio percorrer minha espinha, antecipando o rumo daquela conversa. - O que você está fazendo aqui? Veio jogar na minha cara que meu Noah prefere você a mim?
- Não estou aqui por causa dele, Olivia. Não tenho nada com o Noah. Vim por causa do seu estado caótico - meu coração bate um pouco mais rápido, e minha voz ganha uma firmeza impulsionada pela indignação - Por que fez aquilo com o bebê? - Minhas palavras saem um tanto trêmulas, revelando a mistura de incredulidade e angústia que preenche meus pensamentos. Vejo um lampejo de surpresa nos olhos de Olivia, mas logo é substituído por uma expressão de superioridade. Ela começa a rir, um riso que soa como um deboche, e a irritação começa a se infiltrar em minhas veias. Aperto minhas mãos, controlando a vontade de confrontá-la mais duramente - A criança não tinha nada a ver com essa história, Olivia! - minha voz ganha um tom de censura, embora minhas palavras pareçam impotentes diante da frieza que encontro em seus olhos - Você mata uma criança e ainda ri?
- Você é tão ingênua, prima - ela ri, uma risada que parece ecoar pelo ambiente e encontra eco em minha mente. Olivia respira fundo, como se buscasse recuperar o controle de si mesma, controlar sua gargalhada estridente
- Você não estava grávida?
- Óbvio que não. Como poderia engravidar com aqueles comprimidos que somos obrigadas a tomar? A não ser que a querida Hel tenha girado tanto a cabeça do Sr. Jones que ele a liberou dessa regra - Deixo escapar um sorriso, mas não há humor algum nele. A ironia está presente, que é amarga e desoladora. É como se estivesse vendo diante de mim um reflexo distorcido do que costumava ser uma relação de confiança - Então não, Olivia. Eu nunca estive grávida - sorrio de forma determinada, batendo palmas como se estivesse aplaudindo seu teatro perverso.
- Você está certa, tenho que tomar pílulas. - Respondo com um tom de voz firme, mantendo-me calma diante das provocações de Olivia. Ela tenta desestabilizar minha confiança, mas não vou permitir que suas palavras abalem minha determinação.
- É claro que tem. No final, você continua sendo uma simples submissa. O amor dele por você será passageiro, por isso te perdoo... - Olivia sorri de maneira irônica, levantando seu dedo mindinho como se estivesse fazendo um juramento. Sua expressão é uma mistura de superioridade e desprezo, como se estivesse se divertindo com minha suposta ingenuidade. Sinto meu sangue ferver, mas me concentro em manter a compostura.
- Não preciso do seu perdão, Olivia. E certamente não preciso da sua compaixão falsa - minha voz é carregada de determinação, enquanto a encaro nos olhos, buscando transmitir minha firmeza - Você pode acreditar no que quiser sobre o relacionamento entre Noah e eu, mas saiba que nosso vínculo vai além de meras regras e convenções. Não é algo que você possa compreender.
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Desafios da Sedução: Entre Desejo e Loucura
RomansaHelena Miller, uma recém-formada em busca de oportunidades na sua área, decide viajar para Boston em busca do sucesso profissional. Porém, ela acaba encontrando algo muito diferente do que imaginava. Quando um homem misterioso a desafia com uma pro...