S/n
Assim que chego para buscar minha pequena, um rapaz vem até mim. Ele tinha um pequeno garotinho ao seu lado, ele deve ter mais ou menos a mesma idade de Ayla.
-- você é a mãe de Ayla ne?-- concordo com a cabeça
-- me desculpa pelo ocorrido. O Hugo passa os fins de semana com a mãe dele, e lá na casa da mãe e da avó dele não tem muitas regras e nem uma boa vigilância aos conteúdos que o pequeno tem acesso... Eles deixam que ele assistisse muito conteúdo violento, mesmo com as minhas exigências de que não permitam isso... -- o rapaz fala um pouco envergonhado -- eu sinto muito... Hugo não é uma criança agressiva, entende? Mas a mãe dele influência ele a essas atitudes, por isso a guarda dele é minha...
Eu ouço atentamente enquanto o pai de Hugo explica a situação, sentindo uma mistura de alívio e empatia por ele. Eu posso imaginar o quão difícil deve ser navegar por essa dinâmica familiar complexa, especialmente quando se trata de proteger e educar uma criança.
-- Eu entendo -- respondo, tentando transmitir tanto compreensão quanto apoio em meu tom. -- Eu sei que essas situações podem ser complicadas. E estou aliviada em saber que você está ciente e cuidando disso.
Eu me agacho para ficar no nível dos olhos de Hugo, que parece um pouco tímido e desconfortável com toda a situação.
-- Oi, Hugo -- falo e o pequeno se esconde atrás de seu pai, mas ainda dá um jeitinho de me encarar -- você é um rapazinho muito lindo, sabia disso?
-- mãmã!-- Ayla me vê e vem correndo até mim, me abraçando apertado
-- oi minha princesa!-- beijo sua bochecha
-- oia, Hugo!-- ela aponta para o pequeno escondido atrás do homem
-- Ala, papai!-- o pequeno mostra seu pai para Ayla
-- você pediu desculpas para ela, campeão? Lembra da conversa que tivemos? Muito feio bater nas pessoas, principalmente nas princesinhas -- o rapaz diz, atraindo a atenção do pequeno
-- culpa Ala -- o pequenino da um abraço desajeitado em minha filha, que sorri de lado
Esse abraço desajeitado entre as crianças parece derreter qualquer tensão restante no ar. Ayla, surpresa mas receptiva ao gesto de Hugo, tenta retribuir o abraço da melhor forma que uma criança de sua idade consegue, e o sorriso que ilumina seu rosto é prova suficiente de que crianças realmente vivem em um mundo de rápida reconciliação e perdão.
Eu sorrio, sentindo um calor no coração ao ver a cena.
-- Isso é muito bom, Hugo. Pedir desculpas é muito importante, e estou feliz que você fez isso. Ayla, você aceita as desculpas do Hugo?-- Ayla, ainda meio abraçada ao Hugo, olha para mim e acena positivamente com a cabeça, seu gesto de aprovação ainda um pouco incerto, mas sincero.
-- Amido -- Ayla aponta com o dedinho para Hugo que sorri dando um beijinho babado na bochecha de minha filha. O pai de Hugo parece aliviado e feliz, olhando para os pequenos com carinho.
-- Obrigado, de verdade. Espero que eles possam se dar bem daqui pra frente.
-- Com certeza -- respondo, ajudando a separar o abraço entre as crianças para que não fiquem desconfortáveis. -- Acredito que eles serão bons amigos, sim. E se precisar de alguma coisa, estamos aqui. É bom saber que podemos contar uns com os outros quando se trata de nossos filhos.
A conversa termina em uma nota positiva, e após nos despedirmos, Ayla me pega pela mão, ansiosa para contar sobre seu dia. Enquanto caminhamos de volta para o carro, ela tagarela sobre as pequenas aventuras da creche, ocasionalmente mencionando Hugo, agora sob uma luz mais amigável.
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Echoes of a Lost Loop (Billie Eilish/You)G!P
Fanfiction-- Você não tem ideia do que é chegar a este ponto -- ela finalmente diz, sua voz firme, mas eu detecto um traço de exaustão por trás de sua fachada forte. -- E não é algo que um simples pedido de desculpas vai consertar.-- Eu assinto, sabendo que e...