S/n
O dia da primeira ultrassonografia acompanhada de Billie e Ayla amanheceu luminoso e carregado de expectativa. Desde cedo, a atmosfera em nossa casa estava elétrica, com Ayla pulando animadamente, sem entender completamente o evento do dia, mas contagiada pela nossa empolgação.
Chegamos ao consultório médico, um espaço familiar, mas que naquele dia parecia revestido de uma aura especial. Ayla segurava a mão de uma de nós em cada lado, alternando entre pular e correr em pequenos círculos, mal contendo sua energia infantil.
Fomos chamadas, e adentramos a sala de ultrassonografia, que acolheu nosso pequeno trio com uma promessa silenciosa de momentos inesquecíveis. Ayla se sentou em uma cadeira especialmente colocada lá para ela, seus olhos grandes e curiosos fixados na tela. Billie se posicionou ao meu lado, segurando minha mão com força, sua outra mão descansando levemente sobre os ombros de Ayla, conectando-nos.
Conforme me deitava na maca e a técnica preparava tudo, aplicando o gel frio em minha barriga, senti uma onda de emoção passar por mim. Ayla se inclinou para frente, a curiosidade pintando cada traço de seu rosto.
-- Vamos ver o bebê -- disse a técnica com um sorriso caloroso, começando a mover o transdutor pela minha barriga. A tela ganhou vida, e depois de alguns ajustes, uma pequena forma apareceu, claramente distinguível no meio do cinza nebuloso. -- Olhem, aqui está o coraçãozinho -- a técnica apontou, e o som dos batimentos cardíacos encheu a sala. Era um som que eu já conhecia, mas que na presença de Billie e Ayla ganhava uma nova dimensão, um laço se formando ali mesmo entre nós quatro.
Ayla olhava maravilhada, seus olhinhos arregalados.
-- Bebê -- ela murmurou, sua vozinha cheia de espanto e alegria.
Billie apertou minha mão, os olhos brilhando com lágrimas não derramadas.
-- Está vendo, Ayla? Esse é seu irmãozinho ou irmãzinha -- ela explicou suavemente.
A técnica nos deu um momento, permitindo que a pequena família absorvesse a experiência. Ayla levantou da cadeira e veio até a maca, querendo ver mais de perto.
-- Oi, bebê -- ela disse, acenando para a tela, uma simplicidade infantil que carregava todo o amor do mundo.
Recebemos algumas imagens impressas como lembrança daquele dia especial, um registro do momento em que nossa família, de certa forma, ficou um pouco maior. Saímos da sala, Billie com uma mão em minha cintura, a outra segurando Ayla, que saltitava ao nosso lado com seu novo título de irmã mais velha brilhando em seu pequeno peito.
O caminho de volta para casa foi preenchido com conversas sobre o bebê, Ayla fazendo perguntas e imaginando em voz alta como seria ter um irmãozinho ou irmãzinha. Billie e eu trocávamos olhares, compartilhando a alegria e a antecipação por tudo que estava por vir, nosso amor envolvendo Ayla e o bebê em uma promessa silenciosa de cuidado e proteção.
-- Ayla bebê tombem?-- a pequena Ayla pergunta levemente confusa
-- Ayla sempre vai ser o bebê da mamãe e da mami. Mas agora ela tem um irmãozinho que é beeeem pequenininho ainda -- começo procucando as palavras exatas -- E quando ele nascer, você vai ser a irmã mais velha, uma ajudante muito importante para a mamãe e para a mami. Você vai poder ensinar muitas coisas para ele, como você faz com o seu ursinho neném -- continuo, tentando fazer com que ela se sinta especial e incluída nesse momento tão importante para nossa família. A ideia é transformar qualquer confusão ou ciúmes potenciais em entusiasmo pela chegada do novo membro da família.
-- Ayla e bebê... Bebês da mami e mamã?!-- diz animada e Billie concorda
-- Exatamente, Ayla! Você e o bebê são os bebês da mamãe e da mami. Vocês dois são muito especiais para nós -- Billie diz com um sorriso amoroso, abraçando Ayla de forma aconchegante. A pequena sorri, aparentemente satisfeita com a explicação e com a ideia de ter um novo papel na família. Isso fortalece os laços entre todos, criando uma atmosfera de união e carinho que envolve a espera pelo novo membro da família.
(...)
Assim que a porta da casa dos pais de Billie se abre, Ayla corre para dentro, seus pulinhos de alegria preenchendo o ambiente com uma energia contagiante. Ela tem esse entusiasmo toda vez que visitamos aqui, um sentimento de felicidade que parece envolver todos ao redor.
-- Vovóóóóó -- ela grita, seus mini pulinhos acompanhando cada sílaba, enquanto corre em direção à sala. Sem parar, ela aponta para a minha barriga, anunciando com toda a sua inocência e alegria -- mamã, bebê aqui -- ela declara, segurando o olhar de Maggie -- imão da bebê.
Maggie, surpresa com a repentina declaração, olha para mim com os olhos arregalados.
-- Você me chamou de vovó?! -- ela pergunta a Ayla, ainda tentando processar a informação. -- E que história é essa que sua mamãe tem um bebê na barriga? -- A confusão é evidente em sua voz, uma mistura de surpresa e expectativa flutuando no ar. Nós ainda não havíamos contado para ela sobre a gravidez, e a inocente revelação de Ayla acabou nos adiantando.
Eu troco um olhar com Billie, que sorri, meio nervosa, meio divertida com a situação. Ela dá um passo à frente, pronta para assumir a responsabilidade pela notícia.
-- Sim, mãe, é verdade -- Billie diz, seu tom é de pura alegria. -- S/n está grávida. Nós íamos contar hoje para vocês.
O rosto de Maggie se ilumina, um sorriso emocionado tomando conta de suas feições. Ela vem até mim rapidamente, mas com um cuidado de quem teme perturbar um milagre. Me envolve em um abraço caloroso, sua felicidade transbordando.
-- Oh, minha querida! Isso é maravilhoso! -- sua voz é um misto de surpresa e alegria. -- Eu estou tão feliz por vocês!
A sala se enche de um calor familiar, de sorrisos e abraços. A notícia da gravidez se espalha como um raio de sol, tocando cada um presente. Ayla, no centro de tudo, parece entender a magnitude do momento, repetindo "imão da bebê" com um orgulho evidente, compartilhando sua felicidade de se tornar a irmã mais velha. O ambiente é de pura celebração, um momento de união e amor que ficará guardado na memória para sempre.
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Echoes of a Lost Loop (Billie Eilish/You)G!P
Fanfic-- Você não tem ideia do que é chegar a este ponto -- ela finalmente diz, sua voz firme, mas eu detecto um traço de exaustão por trás de sua fachada forte. -- E não é algo que um simples pedido de desculpas vai consertar.-- Eu assinto, sabendo que e...