𝐓𝐇𝐄 𝐁𝐄𝐆𝐈𝐍𝐍𝐈𝐍𝐆

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" O COMEÇO DO PESADELO "

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" O COMEÇO DO PESADELO "

POV'S VIOLET JOPHY

SER MEIO SANGUE, meio Deusa, meio Humana. Pra alguns, isso é incrível, mas pros verdadeiros semideuses, isso é um real inferno! Se está lendo isso é não acredita que nada aconteceu, bom... continue assim, é muito melhor!

Meu nome é Violet Jophy, tenho 13 anos de idade. Acho que minha vida nunca foi normal, vamos dizer assim.

Meus pais, na real, apenas meu pai. Sempre foi um homem incrível, um ótimo pai e sempre me tratou bem, quando eu tinha sete anos ele começou a namorar e isso nunca foi um problema.

A namorada dele, Elizabeth Teixeira, era uma mulher bonita, com cabelos ruivos e bem nova, mas dês de sempre, percebi que ela tinha sérios problemas com bebidas, o que no futuro, ia ser o meu pesadelo

Quando eu a conheci, ela tinha um filho bebê de 3 anos, ruivo também, ele era simpático. Por um tempo, minha vida realmente era boa, tipo, boa de verdade! Meu pai me ensinava em casa, ele sabia que eu tinha dislexia, mas sempre foi tão cuidadoso e paciente. Digamos que ele era super protetor.

Ele me levava aos parquinhos de praças, ficava me observando brincar e as vezes, quando não estava segurando Bruce, meu meio irmão, ele brincava comigo.

Um detalhe pequeno era que... eu via coisas, não coisas normais como uma amigo imaginário ou algo assim, essas coisas que pareciam ter saído diretamente das minhas cartas de Mythomagic.

Todas as vezes que eu falava disso com meu pais ele se assustava, e saia de onde nos estávamos, então, eu apenas parei de falar.

Lembro-me vagamente da noite em que a vida realmente começou a ser um desafio, um desafio pequeno, mas mesmo assim, um desafio...

Meu pai chegou do trabalho, com pacotes de sanduíche

— Olha quem chegou?! — Ele disse animado, eu e Bruce, que na época já estava com seus 6 anos, corremos para seu colo

Enquanto ríamos e ficávamos felizes pela presença do meu pai e dos laches, ouvi a voz de Elizabeth

— Precisamos conversar! — Ela segurou firme em seu pulso e eu, aos 9 anos, sabia que não era boa coisa

E deu o que eu imaginava, ela me mandou para a escola. Eu ouvi quanto meu pai insistiu para eu ficar

— Marley, você acha que essa garota vai conseguir se virar sozinha? E quando você se for, como acha que ela vai lidar se voce não a mandar para um lugar próprio para socializar? — Elizabeth disse estressada

— Não, eu não vou manda-lá para o acampamento! Aquelas pessoas são más, só pensam em si mesmas o tempo inteiro! Eu não vou deixar a minha filha virar mais uma patricinha mimada, não antes de ela realmente saber quem é ela — Ele protestou

— Então mande-a até a escola, não podemos tentar protege-la a vida inteira!  Um dia ela vai ter que lutar e vai perceber que não sabe como fazer isso, é que você não vai estar lá — Elizabeth falou

Meu pai virou, colocou suas mãos na mesa e abaixou sua cabeça, Elizabeth abraçou ele por trás e apoiou sua cabeça em seu ombro

— Vamos achar uma escola boa pra ela, eu prometo, uma que seja especialista em crianças disléxicas, ou algo assim — Ela disse suavemente

Senti que meu pai queria protestar, mas apenas afirmou, eu e Bruce voltamos a sala em silêncio

— O que ela quis dizer com "Um dia, vai ter que lutar" — Bruce perguntou

— Eu não sei — Falei tentando parecer firme, mas estava apavorada pelo fato de ir a escola.

Lembro-me vagamente do primeiro dia de aula, eu no carro, chorando e gritando como uma maluca enquanto Elizabeth tentava esconder seu rosto de vergonha

— Querida, vamos! — Meu pai dizia calmamente na frente da porta

— Não, eu não vou entrar lá! — Gritei chorando

— Ai, eu sei que tá com medo, eu também tô! Sei que é assustador, mas você te que enfrentar esse desafio! E terão outros piores e talvez eu... eu não esteja lá com você, mas de qualquer forma... — Ele disse e tirou seu colar com um pingente enorme e colocou em volta de meu pescoço — Sempre vou estar lá, no seu "colar"

— O que é isso? — Perguntei limpando minhas lágrimas

— O nome dele é medalhão — Ele respondeu

— Que nome esquisito — Falei segurando o medalhão

— É verdade, né? O que acha de dar outro nome a ele?

— Que tão "Colar grandão do papai"? — Perguntei sorrindo

— Ótimo, por que não abre o colar grandão? O que tem aí?

Abri e vi duas fotos em cada parte do colar, a primeira era uma dele e minha, e a outra, era uma de nós todos, eu, ele, Elizabeth e Bruce

— É a gente! — Sorri

— Exatamente, sempre estaremos com você! — Ele disse — Agora, você precisa enfrentar esse desafio!

Segurei em sua mão e ele me levou até a minha sala, foi tão estranho, era a primeira vez que ele não estava ao meu lado, nem a Elizabeth, lembro de abrir o colar grandão várias vezes para me acalmar, e realmente dava certo.

Aos meus 10 anos, meu pai descobriu que estava com câncer, o que foi a pior coisa da minha vida. Lembro de ver Elizabeth chorando no sofá por se sentir sobrecarregada.

Lembro também de quando ele teve que raspar a cabeça, vi que ele estava tentando ser forte mas não dava para esconder seus sentimentos, não de mim.

Algum tempo depois... ele morreu, seu funeral foi tão doloroso, ver ele sendo enterrado, eu tinha apenas 11 anos...

Eu achei que Elizabeth estava ao meu lado, e que ela ia continuar sendo a mesma Elizabeth, mas ela mudou pra caramba. Bebia enquanto estava em casa e mandava eu fazer a grande maioria das coisas. Era um saco.

Até hoje, me lembro de nossa última discussão

— Você não passa de uma vaca bêbada e irresponsável! — Gritei pela casa, estressada após ela tentar descontar sua raiva em mim, novamente

— Olha como você fala comigo sua pirralha ingrata! Você ainda mora em baixo do meu teto! — Ela gritava, bêbada e descontrolada

— Seu teto? Foi o meu pai que comprou essa casa, porque a única coisa que você sabe fazer é beber e descontar a raiva nos outros! — Quando menos percebi, recebi um tapa

— M-A-I-S   R-E-S-P-E-I-T-O! — Ela exigiu seria enquanto me encarava

— Eu odeio você! E se meu pai tivesse vivo, também odiaria! — Falei e fui até meu quarto, segurei o colar grandão com força enquanto lágrimas desciam em meu rosto.

𝐌𝐘 𝐇𝐄𝐑𝐎 𝐁𝐎𝐘  - 𝓟ercy 𝓙ackson Onde histórias criam vida. Descubra agora