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Seokjin estava ansioso pela tão aguardada formatura e pelo início de sua jornada como médico, sentia uma inquietação crescente dentro de si. As mudanças significativas que se aproximavam enchiam seu coração de nervosismo, transformando-o de um jovem resgatado do Vácuo para um médico respeitável, o mais jovem em anos.

Deitado em sua cama, Seokjin refletia sobre o futuro que se desenhava diante dele. A ideia de ter seu próprio espaço, casa e emprego provocava uma mistura intensa de excitação e medo. Enquanto seu olhar se perdia no teto, sua mente mergulhava nos pensamentos sobre os rumos incertos que a vida poderia tomar.

— Cheguei. — A voz de Namjoon interrompeu os pensamentos de Seokjin, anunciando sua presença no dormitório.

O único refúgio intocado era a cama, um último reduto antes das despedidas inevitáveis. Seokjin observou Namjoon entrar, exausto, mas com seu sorriso característico. A cumplicidade entre eles transparecia, mesmo que o ambiente ao redor estivesse prestes a ser desfeito com os formandos.

Namjoon, agora membro dos Wings, trazia consigo as mudanças visíveis de sua nova função. Seokjin apreciou o novo visual de Namjoon, o cabelo curto e preto, que o fazia parecer mais maduro. Apesar disso, a tristeza persistia no coração de Seokjin ao se confrontar com a possível despedida iminente.

— Nam... — Seokjin decidiu ser honesto consigo mesmo e com Namjoon. — Consegui um loft perto da clínica onde vou trabalhar. — Seokjin não tinha nada a perder por tentar.

A notícia trouxe um sorriso genuíno ao rosto de Namjoon, mas a angústia de Seokjin não pôde ser disfarçada. A ideia de começar uma nova fase sozinho o assustava, e a perspectiva de se despedir de Namjoon o perturbava.

— Eu estava pensando... — Seokjin hesitou antes de propor. — O loft fica próximo ao local onde você se alistou. Que tal me fazer companhia por alguns dias? Eu não quero ficar sozinho.

Namjoon, deitado na cama, se endireitou, encarando Seokjin com um sorriso divertido. Respirou fundo antes de brincar com a situação.

— Tá me chamando para morar com você? — Namjoon perguntou, com um tom divertido, enquanto Seokjin afirmava devagar. — Eu quero. Me passa o endereço? Tenho que mandar a mudança amanhã cedo.

A resposta imediata de Namjoon, cheia de entusiasmo, trouxe um alívio ao coração de Seokjin. No entanto, uma pergunta pairava no ar.

— E sua família? — Seokjin perguntou, preocupado com a resposta.

— Faz muito tempo que você é minha família, Jin. — Namjoon abraçou Seokjin, reforçando a conexão profunda que compartilhavam. Seokjin, por mais acostumado que estivesse, ainda torcia para que seu coração acelerado não perturbasse o sono de Namjoon, pois sabia que as despedidas eram inevitáveis.

E foi assim que os dois, cada um à sua maneira, iniciaram algo que não precisava de rótulos ou explicações. Seokjin apreciava a sensação de ter Namjoon consigo, do que ele lhe causava com um sorriso ou um abraço. Os dias pareciam mais agradáveis quando Seokjin sabia que veria Namjoon no fim do dia.

Eles já estavam acostumados com a presença um do outro, então não foi difícil se adaptarem à vida de colegas de apartamento. Mas Seokjin, lentamente, sentia que Namjoon era mais que sua família, se isso podia existir. Como sempre, Namjoon acabou tomando a iniciativa e esclarecendo algo que Seokjin sentia há tempos por ele. Foi em uma tarde peculiar; Seokjin chegou em casa, e Namjoon estava deitado no sofá, com um livro repousando sobre seu rosto, tranquilo em um sono. Seokjin achou a cena a mais bonita de seu dia. Ao se aproximar para vê-lo de perto, quando Namjoon o encarou meio sonolento, Seokjin prendeu a respiração ao achar interessante estar tão perto assim. Então, Namjoon o beijou. Decerto era inevitável que Seokjin ficasse surpreso, mas foi fácil saber o que fazer e como retribuir. Foi o primeiro beijo de Seokjin, e foi provavelmente a primeira vez que conseguiu se apaixonar por alguém.

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