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— Mas o que? — James perguntou confuso assim que viu Ozy em sua porta.

Sem ser convidada a garota adentrou o local e esperou que James fechasse a porta. Ozy  respirou fundo apertando sua mochila e  encarou James que tinha algumas perguntas em mente.

— Preciso de ajuda. — Disse baixo. — Onde está Samy? — Perguntou simples e James andou até a geladeira vendo que aquilo não era nada realmente grave.

— Por que eu saberia? E você não devia estar aqui, acabei de sair de um castigo, não quero outro. — James falou pegando uma bebida de cor fluorescente.

— James… — Ozy cruzou os braços e sorriu  de lado.

— O que? — James arqueou uma sobrancelha e parou de andar. — Não sei onde ela está. — Repetiu e Ozy revirou os olhos, logo James andou até o sofá cinza.

— Eu não viria aqui se realmente não precisasse de ajuda. — Falou simples e se sentou no sofá. — Vocês foram liberados depois do que aconteceu ontem e eu não sei onde é a casa dela, preciso que me leve até lá.

— Por que eu faria isso? — James perguntou se sentando de frente  para Ozy, que sorriu.

— Então você sabe onde é. — Afirmou  suas suspeitas.

— Não. — James sorriu debochado. — Do que precisa? — Bebericou a bebida.

— Não posso falar. — Ozy respirou fundo juntando as mãos.

— Então não posso levar você. — Disse simples com falsa inocência. — Você sabe que pode confiar em mim, se não, por que  teria vindo aqui? — James deu de ombros e Ozy respirou fundo. Era verdade.

— Eu posso ter tido algumas lembranças. — James ficou surpreso e deixou Ozy continuar.  — Não falei para ninguém além de Samy e agora você. Eu preciso que ela acesse os registros do meu acidente. — Ozy falou rápido e James deixou a bebida de lado.

— Okay. Quando teve essas lembranças? — James perguntou simples.

— Quando tive contato com o rebelde na ponte. — Contou e James se levantou cruzando os braços.

— Você mentiu e omitiu coisas para os seus superiores, e depois veio até mim para pedir ajuda para hackear o sistemas e procurar os registros do seu acidente? — James perguntou e Ozy respirou fundo afirmando temendo o pior.

— Eu sei que parece uma loucura e isso pode ser um risco a nossas vidas, mas eu preciso…

— Tudo bem. — James sorriu e bateu uma palma. — Mas você sabe, que no momento que invadir o sistema não fará mais parte dos Wings e provavelmente irão te caçar como uma terrorista ou algo do tipo.

— Sei dos riscos  — Ozy falou simples e James piscou lentamente.

— Por isso a mochila. — James deduziu. — Você bateu forte essa cabeça?  — James pegou o casaco jogado no sofá. — Pior sou eu, que claramente estou maluco por querer te ajudar. — Ozy sorriu com sua fala. — Vamos fazer o seguinte, eu sei de um atalho que passa pelo Sul, onde não há muito patrulhamento e as câmeras são um lixo. Vamos por lá. — James vestiu o casaco e passou a mão no cabelo loiro.  — Ah, ignore qualquer palavra suja que ouvir no caminho.

—  Posso perguntar como sabe dessas coisas? — Ozy perguntou e James sorriu abrindo a porta.

— Sus, tranque a porta.  — Ordenou e saiu acompanhado de Ozy. — Até pode, porém, obter a resposta, eu não garanto. — James sorriu e Ozy negou.

— Odeio essas chuvas. — Ozy colocou o capuz e encarou o céu escuro.

— Isso é só um pouco de lixo líquido caindo do prédios de ferro. — James colocou as mãos no bolso. — Chuva é pura e limpa. — Deu de ombros.

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