Amor é uma das poucas palavras que não se encontram no vocabulário de Zachary Ross.
Com sua sinceridade extrema e suas palavras afiadas, Zac conquista corações por onde passa, mesmo deixando claro que não se interessa por sentimentos a todo tempo.
...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
—Julian não acreditaria no que está acontecendo.—Dalilah fala me encarando com um sorriso largo.
Eu suspiro apertando os cachos do meu cabelo, que hoje estão realmente bonitos.
—No primeiro semestre eu ia em todas as corridas.—Relembro minha amiga.
—Mas só porque estava pegando o Jonah Cruise.—Rebate. Alguns segundos depois ela da um estalo na língua e corre até mim.—Quem você está pegando, Thea?
—O quê?—Indago quase me engasgando.—Ninguém.
Ela nega gargalhando alto.
—Você só ia as corridas quando estava de rolo com aquele esquisito.—Afirma.—Para querer voltar àquele lugar, só se for pegando algum outro carinha. Me fala.
Eu nego me levantando da penteadeira e me afasto de Dalilah.
Não estou mentindo, mas acredito que eu também não esteja sendo muito sincera.
—Só quero sair um pouco.—Contraponho nervosa.—Eu posso?
Dalilah franze os olhos e cruza os braços frente ao peito.
—Pode, claro que pode, mas eu sei que tem algo por trás e vou descobrir o que é.—Ameaça.—Ou melhor; quem é.
A ignoro me encarando no espelho disfarçando o nervosismo.
Eu não sei bem o motivo de querer esconder que falo com Zac Ross. Talvez seja pelo fato de que minha amiga quer por tudo transar com ele. Ou talvez seja pelo fato de me sentir fútil demais por querer ser mais uma na lista de Zac.
Eu não sei.
Colocando uma jaqueta jeans combinado com minha saia, saímos do prédio diretamente para onde o carro de Dalilah fica.
—Quanto vai apostar?—Ela pergunta quando já estamos próximos do lugar onde estacionamos. Eu nego com a cabeça observando a movimentação da rua.—Sabe que é obrigatório fazer apostas para poder assistir, não sabe?
Eu mordo meu lábio pensando em como explicar a ela que minha aposta já foi feita, e que eu meio que apostei minha própria boceta por isso.
Uma vontade de rir de desespero me invade com esse pensamento.
—Já fiz minha aposta.—Comento começando a andar pelos trilhos do trem abandonado, juntamente com uma Dalilah quase espatifada no chão pelo desequilíbrio nos saltos altos.
—Onde?—Pergunta curiosa e eu sinto minha boca secar.—Ah! Me esqueci que eles estavam pegando o dinheiro pela internet.
Sorrio aliviada.
Quando entramos no túnel, é possível ver muitas pessoas reunidas no local. Algumas na pequena bilheteria improvisada fazendo suas apostas e outras pessoas subindo as escadarias que dão diretamente na arena de corrida.
