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THEA CARSON

A semana passa se arrastando vagarosamente

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A semana passa se arrastando vagarosamente. Com muitos trabalhos para entregar, eu nem me permito pensar demais em qualquer outra coisa que não a matéria.

Minha mãe me liga de Minessota para verificar se eu estou bem, pois não telefonei no início da semana. Conversamos por uma hora inteira, mas ainda não são suficientes para matar a saudade dela.

Infelizmente eu só a vejo nos poucos feriados do final do ano, mas este ano em específico ela virá para Nova Iorque com a minha irmã.

—Precisamos beber nesse final de semana.—Dalilah se senta na mesa enquanto estamos almoçando na praça de alimentação e empurra os cabelos para trás totalmente irritada.—Eu estou sentindo que meu corpo vai se afundar.

Geme.

Julian coça a nuca também exalando o cansaço.

—Eu quero dormir.—Murmura baixo.

—Eu nem bebo.—Acrescento.

Dalilah faz uma careta insatisfeita e saca o celular animada.

—Eles voltaram com as corridas.—Vira a tela de seu celular novo e mostra uma foto de um convite para o sábado.—Por conta do acidente com aquele garoto, agora eles estão arrecadando dinheiro para o tratamento.

Explica em um tom baixo.

Eu me lembro dessa história.

Acontecia corridas ilegais de carros todo final de semana. A NYU inteira marcava presença e até mesmo outras universidades. Até que um dia aconteceu um acidente sério com um dos corredores e tudo acabou. O garoto machucou seriamente a coluna e acabou ficando paraplégico.

—Isso é loucura.—Exclamo.—Eles vão parar apenas quando alguém morrer.

Nego incrédula.

—Eu também acho horrível.—Julian me apoia.—Se os criadores dessa merda não fossem ricos, já teriam ido presos há muito tempo.

Assinto.

—Bom, eu vou.—Dalilah declara guardando o celular.—Ouvi dizer que Zac Ross será um dos corredores, não posso perder.

Paro o garfo no caminho da boca e arregalo meus olhos.

Zac?—Pergunto com a voz fina demais e atraio os olhares dos meus amigos. Coço a garganta.—Quer dizer... É bem a cara dele.

Julian franze o cenho.

—Eles colocam esse cara para poder arrecadar dinheiro mesmo.—Julian comenta desviando os olhos do meu rosto e focando no de Dalilah.—As garotas iludidas que ele transou ou que querem transar com ele fazem apostas altíssimas.

Isso me embrulha o estômago.

Sempre soube que ele era desejado, mas essa merda é como uma prostituição. Ele vai ficar com quem der o lance mais alto?

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