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THEA CARSON

Zac não olha para mim quanto estaciona na porta do prédio

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Zac não olha para mim quanto estaciona na porta do prédio. Seus olhos se mantém firmes na estrada e não há nada que o faça olhar para mim.

Suspiro alto.

Não sinto como se o meu coração estivesse quebrado, não é isso.

É mais uma sensação de quebra de expectativa. E essa sensação é culpa minha.

Zac foi sincero, nunca me disse mentiras sobre quem é e como agiria comigo. Eu quem acreditei, por um momento, que seus olhos estivessem brinalhando ao me encarar, e que escutei sua voz sussurrar dizendo que não queria nunca mais me soltar.

Durante o sexo não é o melhor momento para se acreditar nas palavras que saem das nossas bocas ou das outras pessoas.

Quando saio do carro, não olho para trás. Sigo em frente, mas posso jurar que escutei o motor barulhento do Mustang apenas quando eu estava fora da vista do hall de entrada.

Balanço a cabeça a fim de esquecer tudo.

Assim que chego no apartamento, vou direto para um banho quente e logo após me desmonto no cama, tendo o pior sono da minha vida.

Meu corpo dói, sinto que estou mais cansada que o comum, além de ter certeza que ainda há areia no meu cabelo.

Talvez eu tenha ficado o dia todo tomando sorvete e assistindo filmes de romance clichês, enquanto lágrimas grossas desciam pelas minhas bochechas ao imaginar que jamais viverei aquilo.

—Você tá uma merda.—Dalilah exclama ao me ver derrubada no sofá, cheia de embalagens de doces e de potes de sorvete ao meu redor, enquanto na televisão passa "Diário de uma Paixão".—O que aconteceu?

Suspiro pausando o filme e virando os olhos para a loira que parece de bom humor.

—Nada demais.—Murmuro com um falso sorriso.

Só estou decepcionada por um homem agir como um homem comigo.

—Pare de contar mentiras, Thea.—Ela exclama batendo a mão na coxa.—Está lotada de chupões e com uma cara de merda tenebrosa. Pare de mentir para seus amigos e conte a verdade de uma vez. Está transando com o Zac Ross?

Arregalo meus olhos negando com a cabeça e balançando minhas mãos no ar.

—Não, não é isso.—Sim, é exatamente isso.

Dalilah se senta ao meu lado e segura meu rosto nas mãos, me encarando com os olhos verdes franzidos e a boca comprimida.

—Eu vi vocês dois. Alguns dias antes da corrida.—Fala com sua voz ficando rouca.—Se estava transando com ele, por que me deixou fazer papel de idiota?

Franzo o cenho e sinto mais lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas.

Maldita seja, TPM!

—Não é como pensa.—Choramingo.—Me desculpe! Nós não estamos transando. Bem, nós transamos. Mas foi uma única vez e nunca mais.

Dalilah murcha e solta meu rosto.

—Achei que...—Não termina de falar.—Eu vi os olhares na corrida. Vi a forma como ele te encara pelo campus... Achei que fosse diferente.

Dou um sorriso amargo.

—Não é.—Falo dando de ombros.—Eu sabia. Ele sempre deixou claro.

Dalilah revira os olhos verdes nas órbitas.

—Deixou claro?—Questiona e eu assinto.—Ele usa isso como desculpa para sair magoando os sentimentos das mulheres, Thea, não seja boba. Ele quer sair como o certo da situação, então inventa todas essas baboseiras para que no fim nós fiquemos com a culpa. Que culpa você tem, realmente? É culpada por se interessar por ele? Por querer mais que apenas uma noite?

Suas palavras fazem meu rosto ir se contraindo e minha mente virar uma bagunça.

—Homens.—Acuso com raiva.—Eu não acredito que cai no papinho dele. Foi tão bom, mas eu estou arrependida.

Remusngo tapando minha cara com um travesseiro.

—Muitas de nós caímos.—Tranquiliza Dalilah.—Mas pense pelo lado positivo.

Ergo minha cabeça.

—Não tem lado positivo.—Rebato.

Dalilah sorri maligna.

—Use algo contra ele. Faça algo que ele não esperaria.—Fala.—Transe novamente com ele e vá embora antes que o safado acorde.

Solto uma gargalhada alta com essa ideia e nego com a cabeça.

—Já cai na tentação uma vez, seria burrisse ir mais uma.—Oponho.

—Tá com medo de se apaixonar?—Ela pergunta com sinceridade e eu respondo com um suspiro.

—Se quer a verdade...—Assinto com a cabeça.

Dalilah sorri ladino.

—Sabia.—Murmura.—O faça se apaixonar primeiro, então.

Dou mais uma gargalha.

—Todas as suas ideias são péssimas, Lilah.—Acuso gargalhando. Depois de alguns minutos de risada, me recupero e bufo.—Sinto muito por mentir. Eu só estava...

—Com vergonha?—Sugere.

Eu assinto aliviada.

—Nunca quis competir com você, nem nada.—Tento me explicar e ela nega.

—Eu parei de enviar mensagens a ele depois que vi vocês dois saindo juntos do bar.—Conta dando de ombros.—Fiquei dizendo que estava conversando com ele, mas era só uma mentira tosca. Zac nunca visualizou uma mensagem minha.

Arregalo meus olhos supresa.

Eu sei que ele dissera isso, mas ainda não acreditava de fato.

Lilah...

Ela sorri tímida.

—Idiota, eu sei.

Nego com a cabeça.

—Acontece.—Murmuro com um sorriso.—Agora quer me contar onde dormiu esta noite?

A loira sorri sugestiva.

—Dormi na casa de um certo loiro amigo do seu bad boy sem coração.

Solto um grito alto.

Solto um grito alto

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