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THEA CARSON

Zachary me encara com os olhos gélidos vermelhos

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Zachary me encara com os olhos gélidos vermelhos. Eu posso jurar que estão lacrimejando e por míseros segundos vejo mágoa passar por ali. Ele não me permite ver seus sentimentos por mais de milésimos, por isso trata de fungar e virar seu rosto para o jogador de hóquei que se coloca em pé ajeitando a roupa.

Asher tem um sorriso irônico dançando por seus lábios, que no cantinho tem uma gota de sangue escorrendo até o queixo.

—Sai da minha frente, porra.—Zac grita, mostrando que por mais forte que Asher seja, ele ainda consegue ser fodidamente assustador.

Ao menos para mim.

—Acha que pode chegar aqui e me socar sem motivos, cara?—Asher questiona humorado.—Não é por ser um riquinho de merda que você pode fazer o que quiser.

Engulo seco.

Recuperando toda a força do mundo, tentando ignorar a roda de pessoas que vai se formando ao nosso envolto, salto do banco e caminho até os dois monstros cheios de testosterona.

—Tudo bem.—Falo rouca.—Me desculpa por isso, Asher.

Peço olhando para os olhos verdes do garoto e ele franze o cenho.

—Você não tem culpa de nada.—Asher alega.—Esse cara é um idiota do caralho.

—Por que tá falando com ela ainda?—Zachary o empurra pelo ombro e antes que ele possa devolver, me enfio no meio com os olhos fechados e orando para não ser amassada por tanto ego masculino.—Sai da minha frente, Thea.

Zac grita comigo totalmente fora de controle.

Ele tem os cabelos bagunçados, as olheiras fundas e a porra dos olhos apagados. Continua lindo para mim, mas tem algo errado com ele.

O cheiro de maconha é quase como seu perfume natural, então eu não estranho isso quando toco no couro gelado de sua jaqueta me aproximando de seu corpo esguio.

Ele empurra minha mão.

—As pessoas estão olhando.—Falo entredentes quase socando o rosto de Zac.—Vai embora.

Peço.

—Quem é esse babaca? Porque ele tava com a boca na sua?—Ele pergunta acusatório.—Fala, porra.

Cruzo meus braços ignorando as lágrimas que queimam meus olhos.

Tenho vontade se segurar seu rosto bonito, sacudi-lo e gritar bem alto:

"QUAL A PORRA DO SEU PROBLEMA, ZACHARY ROSS?"

Não sei se consigo viver nessa rotina caótica que ele é. Nesse caos que ele vive e demonstra ser. Zac pode ser a porra de um caos perfeito, mas isso ainda me deixa instigada, me provoca uma vontade imensa de descobrir cada partezinha de seus mistérios.

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