Amor é uma das poucas palavras que não se encontram no vocabulário de Zachary Ross.
Com sua sinceridade extrema e suas palavras afiadas, Zac conquista corações por onde passa, mesmo deixando claro que não se interessa por sentimentos a todo tempo.
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Estamos andando faz alguns minutos por um tipo de cachoeira com um perfeito jardim ao redor.
Parece ser extremamente afastado, já que ninguém está aqui, além de nós dois. O único barulho que há, é da cachoeira desaguando de maneira delicada no rio.
Zac finalmente para e se senta na grama verde em silêncio, sem me encarar.
Me sento ao seu lado enfiando minhas mãos no bolso do moletom.
—Não vai nem me dar um beijo?—Pergunto tentando quebrar o gelo e vejo um pequeno sorriso ladino aparecer em seus lábios.—Zac.
Chamo em um miado e ele se vira para mim com os olhos em uma grande bagunça azulada.
Vejo seu peito subir e descer sob a jaqueta, até que ele pegue minha mão dentro do bolso da minha roupa, e entrelace nossos dedos, as mantenho ali em um tipo de casulo.
Nos aproximamos e colamos nossos lábios em um tipo de selinho demorado, até que a língua dele peça por espaço e adentre minha boca delicadamente.
Mas o beijo não dura muito, e Zac se afasta deixando apenas um toque de leve na ponta do meu nariz com sua mão livre.
—Sua mãe e sua irmã já foram embora?—Ele pergunta virando o rosto para a água. Eu nego.—Elas devem me odiar.
Diz com um riso sem humor.
—Não odeiam.—Discordo.—Minha mãe gostou de você. A Sam disse que você se parece com os caras que ela lê nos livros.
E um sorriso sincero aparece, enchendo meu peito de satisfação e me obrigando a aproximar nossos corpos para que eu possa sentir o cheiro dele, mesmo que agora o que predomine seja o cigarro de menta.
—Isso é bom?—Pergunta rouco e se aninha com seu corpo ao meu.
—É sim, acredite.—Assinto rindo.—Mas e o seu pai?
A expressão volta a ficar séria e seu corpo se tensiona.
—Discutimos.—Fala rápido.—Feio.
Completa.
Eu vou com a mão livre até o seu queixo, e o viro para mim, vendo o canto de seu lábio ferido.
Ele se desvia do meu toque, beijando meus dedos para disfarçar.
—Eu sinto muito por isso.—Confesso.—Ele parece um homem exigente.
Falo com um meio sorriso, para que Zac relaxe sob meu toque, mas não é muito eficaz.
—Ele foi horrível com vocês.—Diz.—Me desculpa por tudo isso.
Fala sério.
Nossos olhares ficam presos um no outro por alguns segundos, até que ele enfie o rosto na curva do meu pescoço, começando a inspirar e expirar meu cheiro devagar.
