Amor é uma das poucas palavras que não se encontram no vocabulário de Zachary Ross.
Com sua sinceridade extrema e suas palavras afiadas, Zac conquista corações por onde passa, mesmo deixando claro que não se interessa por sentimentos a todo tempo.
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Acordo sentindo um colchão confortável me abraçar. Meus olhos pesados se abrem com dificuldade, mas não há luz forte para dificultar ainda mais minha ação.
Zachary não está na cama, e assim que olho para a porta do banheiro, vejo que ele também não está lá.
Mordo meu lábio insegura.
Essa é a parte da confiança que eu acho mais difícil. A parte em que você precisa acreditar que o outro vai cumprir suas promessas.
Ainda tenho medo de me levantar, achar um bilhete de papel por aí onde ele me manda ir embora para nunca mais voltar. Porém reúno toda a minha coragem e vou caminhando para o banheiro a fim de escovar meus dentes e depois descer para cozinha atrás de um copo de água.
Minha cabeça dói um pouco, mas nada comparado ao meu primeiro porre na formatura do ensino médio.
Meu reflexo no espelho está terrível. Cabelo sem a mínima definição, roupas largas de Zac amassadas, olhos inchados e lábios secos.
Saio do quarto enorme do bad boy e vou descendo as escadas modernas até ver a sala de estar luxuosa que me enche os olhos. Não há muitas decorações como no meu apê, mas é lindo.
Ouvindo uma música baixa de alguma banda indie, caminho até estar na cozinha, vendo a cena mais inacreditável do mundo.
Zachary Ross sem camisa, vestindo apenas uma samba canção cinza, enquanto murmura a música e vira panquecas na frigideira.
Ele demora alguns instantes para perceber minha presença, e quando o faz, sorri abertamente para mim, causando um pane no meu sistema.
—Bom dia, pequena.—Ele cumprimenta despejando as panquecas em um prato maior e em seguida trazendo até o balcão escuro.—O que foi?
Eu engulo seco me recuperando e vou andando até ele.
Zac já levanta a blusa enorme para poder enfiar sua mão na minha cintura e desposita um beijo calmo na minha boca, mordiscando meu lábio no fim.
—Bom dia.—Respondo e afasto os fios de seu cabelo rebelde.—Não sabia que tinha dotes culinários.
Brinco olhando as panquecas perfeitas sobre o prato.
Ele dá de ombros me beijando mais uma vez.
—Sou muito talentoso.—Se gaba ao nos separar.—Dormiu bem? Ta com dor de cabeça?
Pergunta com um sorriso dançando nos lábios.
Ele quer me zoar pela cena horrível e vergonhosa de ontem.
Droga.
Não posso beber nunca mais na minha vida. Eu simplesmente vomitei na casa de Zachary Ross. Só de lembrar minha cabeça lateja e meu estômago embrulha.
