Amor é uma das poucas palavras que não se encontram no vocabulário de Zachary Ross.
Com sua sinceridade extrema e suas palavras afiadas, Zac conquista corações por onde passa, mesmo deixando claro que não se interessa por sentimentos a todo tempo.
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Não sei o que deu na cabeça daquele cara.
Ele simplesmente não para de me enviar mensagens e me encarar durante as poucas aulas que temos juntos na semana. Seus olhos vibrantes me observam atentamente e quando não resisto e devolvo a encarada, um sorriso conquistador cresce nos cantos de seus lábios.
Joe, minha colega de turma e uma das fãs de Zac, quase se derrete quando ele olha na nossa direção. Ela me conta detalhes muito íntimos de um momento que os dois tiveram e me garante com convicção que ele tem a melhor foda desse campus, além de ter um pau invejável.
—Isso não me interessa, sério.—Falo tapando meus ouvidos com o fone e voltando a digitar sobre a aula no notebook.
"Você fica sexy pra caralho com esse batom, pequena."
Essa é uma das mensagens que Zac me envia enquanto estou sentada na praça de alimentação com Dalilah e Julian tagarelando sobre algum professor complicado de seus respectivos cursos. Suspiro pesadamente e tento procurar pelo homem ao entorno.
—O que você tanto procura, Thea?—Julian pergunta tocando minha mão por cima da mesa.—Está inquieta desde que chegamos aqui.
Eu nego sorrindo frouxo.
—Não é nada, só estou nervosa com um trabalho que preciso entregar hoje.—Minto, mas eles parecem acreditar.
—Gente.—Dalilah chama com a voz estridente e os olhos azuis brilhando para algo atrás de nós.—Essa é a visão do paraíso.
Suas sobrancelhas se erguem e ela aponta com o queixo para atrás de mim.
Me viro e pela parede de vidro vejo Zac Ross sacando um cigarro do maço e levando até os lábios enquanto está encostado em uma árvore. Tem cara ao seu lado que parece conversar um assunto que ele não dá atenção, pois tem os olhos firmes nos meus após perceber que eu o encaro.
Zac tem a jaqueta de couro cobrindo seus braços, mas deixando a mostra os traços negros em suas mãos e no pescoço. Mesmo distante, minha memória olfativa me recorda do cheiro do cigarro que ele fuma e do perfume amadeirado e marcante.
—Vocês vão transar?—Julian pergunta me fazendo virar de volta a mesa.—As mensagens tiveram resultado?
Dalilah move a cabeça para baixo e para cima.
—Não sei se vamos transar, mas ele me responde todos os dias.—Fala sorrindo feliz.
Acho que Zac mentiu quando disse que responderia apenas se fosse eu a mandar. Não que me incomode, claro. Homens são mentirosos natos e caras como ele gostam de manipular e mentir para as garotas com quem se relacionam.
Mais tarde, após uma sequência de aulas com o mesmo professor insuportável, saio do campus com minha bolsa pendurada ao ombro e xingando mentalmente meus amigos que me abandonaram por um treino do time de futebol americano.