Depois de um desfile com looks para amanhã, Alice e eu vamos almoçar.
- Que cheiro incrível, mãe.
Diz Alice.
- Realmente.
Concordo.
- Obrigada meninas, é o meu molho. Fiz lasanha.
- hmmmmm.
Alice e eu murmuramos ao mesmo tempo. Alice dá uma risadinha, eu não, mas não por vontade própria, se eu conseguisse riria.
Como metade de um pedaço, então digo que estou satisfeita e vou tomar banho. Triste? Sim, fedida? Nunca.
Então o dia se passa, o relógio voa, os pássaros cantam e eu não saio do quarto.
Em um piscar de olhos o dia vira noite, logo adormeço e vejo aqueles lindos olhos azuis.........................................................................
*Som do alarme tocando.
Mas que inferno. Que som do inferno.
- Bom dia, flor do dia.
Diz minha mãe, com sua linda e suave voz materna.
Ela está com uma xícara de café, a minha xícara de gatinho favorita, junto com cookies.- Bom dia, mãe.
Digo sorrindo.
- Estou amando ser mimada, obrigada mãe.
- Por nada, filha. Coma tudo, está bem?
- Pode deixar.
- Dormiu bem? Algum sonho?
- Dormi milagrosamente bem. Tive sonhos, mas dessa vez foram bons.
Assim que digo isso sinto a tensão de minha mãe diminuindo.
- Mas que notícia boa! Você consegue ir para a aula hoje? Se não quiser, está tudo bem, eu entendo querida.
Conseguir eu consigo, mas será dificílimo.
- Está tudo bem, mãe, eu consigo ir sim. Preciso fazer algo de útil, passei dias demais nesse quarto.
- Isso filha, que bom!
Alice e eu nos trocamos com as roupas escolhidas do desfile de ontem.
Conversamos sobre como eu estava e sobre procurar nosso irmão.Então vamos saindo, minha mãe abre a porta da sala e saí, logo em seguida Alice saí e então eu saio.
Pisar o pé nessa grama é estranho, me sinto desconfortável fora de casa. Quero ficar na minha cama com Lion, sem mais ninguém, já que quem dormia comigo em noites difíceis não está mais respirando.- Não, Lolita.
Digo em voz alta, mas em baixo tom para não me ouvirem.
Assim que entro no carro sinto enjôo, a última vez que estive aqui, neste mesmo banco, nesta mesma janela, vi o carro capotado.
Não! Sem Louis.- Você está bem? Parece pálida
Pergunta Alice, preocupada.
- Não, mas vou ficar.
Alice estende a mão para mim, me causando um gatilho.
Não estou mais no carro de minha mãe, a mão de Alice vira a mão de Louis e estou tentando alcança-lo.
Mas, de repente, sinto braços fortes me agarrando, me debato, grito, mas nada adianta.- Filha! Filha!
Saio do transe, suspirando alto e tentando respirar.
O que foi isso??- Meu Deus, filha! O que aconteceu? Você não piscava, não se movia. Respire.
Então inspiro e espiro, inspiro e espiro...
Faço isso até conseguir acalmar meus batimentos cardíacos.- Acho melhor você não ir hoje, querida.
- Não, eu quero ir, não aguento mais ficar em casa. Está tudo bem, vou ficar bem, Alice ficará comigo o tempo todo, certo Alice?
- Loli, eu acho melhor você faltar.
Olho para ela com uma expressão de cachorro abandonado.
- Tudo bem, eu entendo a Loli, mãe. Pode deixar que cuidarei dela.
- Certeza?
- Absoluta.
Respondo por Alice.
Finjo que estou mais calma, mas não passa de uma farsa. Foi uma das piores experiências da minha vida, espero que não ocorra tão cedo novamente.
Minha mãe está aflita, não para de morder o lábio. Alice não para de olhar para sua mão, parece estar percebendo o que me fez lembrar.Diante dessa confusão toda, nem percebi que já estávamos perto da escola. Vejo que minha mãe mudou de caminho, ela veio por trás.
- A partir de hoje vocês só entraram por trás, tudo bem?
- Sim.
Respondemos. Essa foi uma ótima ideia, ver a frente da escola, olhar para onde a árvore estava... Eu lembraria de tudo aquilo de novo.
Nos despedimos e respiro fundo ao sair do carro.
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Outro corpo, mesma alma
RomanceLolita pensou ter encontrado o namorado dos sonhos, sua alma gêmea, mas isso não durou por muito tempo. Quando achava que estava com a pessoa certa, ela começou a ter sonhos, pensamentos intuitivos de que algo trágico estava prestes a acontecer, mas...