ZAYDEN
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Obs: ele está no hospital, isso é dele lembrando sobre isso, ele ficou muito tempo dormindo.
........................................................................Por que eu pulei da ponte?
Deve ser exatamente isso o que estão perguntando os médicos e meus pais, assim como a polícia e os enfermeiros do Dr Albert.
Eu disse que um dia iria contar tudo o que me aconteceu naquela clínica, não disse?Primeira noite na clínica do Dr Albert:
Depois de uma longa despedida de meu pai, sou levado para um corredor, o corredor dos quartos.
- Aqui será o seu quarto, você vai dividir com esse rapaz deitado na cama ao lado, o Anderson.
- Oii, bem vindo!
Diz ele com um sorriso no rosto.
Acho que dei sorte, pelo o que parece.
Cumprimento ele com a cabeça e tento dar o melhor sorriso, mas não estou animado para isso.- Você tomará remédios para te acalmar, ajudar com a ansiedade.
E para melhorar o sono também, já que seus pesadelos persistem.- Certo, obrigado.
- Pode ficando por aqui, a partir das nove vocês não podem sair do quarto, fica trancado. Cada quarto tem um banheiro, mas não tem chuveiro, vocês tomam um banho por dia no vestiário masculino.
Nada de meninas no quarto, ou meninos também.- Entendido.
- Qualquer coisa chame por mim, Carla.
- Está bem, Carla, agradeço.
Então ela sai do quarto, trancando a porta.
- Já são nove horas?
Pergunto para Anderson.
- Não sei, não temos relógio no quarto.
Está bem, isso é muito esquisito, não estou gostando disso.
- Não vamos jantar?
- Já foi o horário da janta, normalmente é às seis.
- Seis?? Mas eu não vou comer nada? Não posso pedir para comer?
- Pedir como? Olha, sei que quando conversaram com seu pai sobre essa clínica, falaram coisas ótimas, mas não é nada daquilo, acredite.
Que maravilha.
Depois dessa eu resolvo ignorar meu estômago roncando e deito na minha pequena cama, minhas pernas nem cabem nelas!- Parece que o garotão não coube na cama, não é mesmo?
Diz Anderson rindo.
- É.
- Qual o seu nome?
Pergunta ele.
- Zayden, pode me chamar de Zayn.
- Tem quantos anos, Zayn?
- Dezessete, faço dezoito esse ano, e você?
- Tenho 16.
- Você está aqui faz quanto tempo, Anderson?
- Há quase dois anos, meus pais praticamente me abandonaram aqui.
Nossa, o que será que aconteceu para ele estar aqui esquecido todo esse tempo?
- Sinto muito.
- Está tudo bem, um dia eu saio daqui, prometo te levar junto, já que você foi simpático comigo. O último cara que esteve aqui era um psicopata, ele tentou me sufocar enquanto dormia, sorte a minha que toquei o sino a tempo.
- Que horror, mas que sino é esse?
- É um sino que fica nessa gaveta aqui.
Diz ele abrindo a segunda gaveta de uma escrivaninha que fica no meio de nossas camas, junto com um abajur comum, luz amarela.
- Com ele, podemos chamar enfermeiras ou seguranças.
Se você tocar uma vez é para segurança, duas vezes é para ajuda médica, entendeu?- Sim, obrigado, isso é importante.
- Eu sei, eu só descobri isso após três meses aqui, eles não gostam de falar disso, pois têm preguiça de virem ou pagarem para pessoas fazerem isso.
Só fazem porque está na norma, mas muitos não conhecem.- Nossa.
Eu não sei o que dizer a tantas coisas absurdas que já ouvi só nessa primeira hora aqui.
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Outro corpo, mesma alma
RomantizmLolita pensou ter encontrado o namorado dos sonhos, sua alma gêmea, mas isso não durou por muito tempo. Quando achava que estava com a pessoa certa, ela começou a ter sonhos, pensamentos intuitivos de que algo trágico estava prestes a acontecer, mas...