Capítulo 68

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ZAYDEN

***

É o fim do mundo.
Árvores estão caindo, o vento grita  e nossas janelas da sala quebraram por conta de galhos voando brutalmente.

- O que vamos fazer?

Pergunta Emma.

- Vamos ficar aqui, juntos, esperando a fúria da chuva passar.

Estamos deitados em uma cama, nossa cama pelo jeito, abraço ela, então Emma esconde seu rosto em meu pescoço, assustada, querendo proteção.
O vento uiva, folhas úmidas entram no nosso quarto, invadindo nossa cama.

- Vai ficar tudo bem, minha querida, é só uma chuva, eu estou aqui para lhe proteger.

Então ela começa a me beijar, acariciando meu peitoral.
Eu estava com uma roupa formal, ela estava de pijama, uma camisola bem fininha, de renda.
Emma tira meu cinto, então tento ajudá-la a desabotoar as mangas da minha blusa.

- Deixe comigo, eu faço isso.

Diz ela.
Sei que estou sonhando, mas consigo sentir suas mãos delicadas e geladas em cada parte do meu corpo que ela toca.

- Agora é a minha vez.

Tiro uma alça de seu ombro, e dou um beijo em sua pele agora totalmente exposta.
Depois tiro a outra, então beijo seu pescoço.

- O outro ombro vai ficar com ciúmes do beijinho que o outro recebeu.

Diz Emma dando risadinhas.

- Como quiser, minha querida.

Beijo seu outro ombro, e vejo que ela está arrepiada.
Trocamos beijos calorosos, estou desesperado para sentir Emma, quero ela inteira para mim.
A chuva se intensifica, então nossos beijos se tornam mais fortes.

Agora estamos ficando molhados, pois a janela se abriu depois de uma rajada forte de vento, então sinto o cheiro da chuva entrar, Emma sorri.

- Olha que romântico, fazer amor em meio a uma tempestade.

Diz Emma.

- Eu amo ser romântico, como eu amo.

Então a tomo para mim.

***

- Amor, amor? Acorda.

Não queria acordar.

- Está tudo bem? Você estava... Como posso dizer..

- Não, não precisa dizer, é que eu tive um sonho, muito, muito bom.

- E eu estava lá?

- Só foi bom porque você estava lá, minha amada.

Depois da última noite, decido dormir com ela de novo, já que a insônia atormenta ela toda noite por conta da saudade de Louis.
Ontem a noite ela chorou demais, chegando a soluçar, eu já não sei mais o que fazer, dói demais vê-la assim.

- Na verdade, não foi bem um sonho, acho que foi uma memória.

Eu e Lolita andamos tendo diversos sonhos/ memórias de nossa vida passada.

- Sério? Aí que legal, me contaaa.

- Ahhn, é q-que.. meio que assim, foi algo um pouco íntimo demais, sabe.

- Aaaaa, sei, hehe. Foi bom?

- Claro que foi bom, foi perfeito. Você é perfeita.

Puxo Lolita para mais perto, segurando sua cintura, coloco seu corpo bem colado ao meu.
Beijo seus lábios carnudos, então acaricio seus ombros enquanto digo:

- Sabe, eu estava pensando, depois da festa de formatura que vai ter nas férias, aquela de despedida somente com os alunos, poderíamos passar a noite juntos, em algum lugar, só nós dois.

Lolita parece entusiasmada com a ideia, mas vejo que fica corada de vergonha.

- Eu amaria, seu lindinho.

Lolita beija minha bochecha, então olha para mim fixamente, de cima a baixo.

- Sabia que você é estupidamente muito gato?

Rio em resposta, então ela me beija mais ainda.

- Aaaaa e sorrindo fica mais gato aindaaa.

- E você fica uma deusa grega sorrindo minha gatinha.

Abraço ela fortemente, então somos interrompidos com um barulho de algo caindo.

- Alice!? Você está bem?

Vamos em direção a cama de Alice, do outro lado do armário, então vemos nada mais nada menos do que o Matt caído no chão.

- Ei cara, o que você está fazendo?

Digo.

- É, eu não tô acreditando nisso, Alice dormindo com um homem em sua cama? Meu Deus.

Diz Lolita.

- Oi gente, éeee, eu já estava indo, desculpe.

Então Matt levanta, dá um selinho de despedida em Alice e vai embora correndo.

- Vocês nem falem nada.

Diz Alice cobrindo o rosto com seu travesseiro.

- Alice, Alice, sua safadinha.

- Para Loli! Eu não sou nada disso, ele só veio me fazer companhia, somente isso, assim como Zayn faz com você.

- Tá, você tem um argumento bom, só não deixe a mãe descobrir, tem que tomar muito cuidado.

- Vocês realmente acham que Rachel não sabe?

Digo, já que ela sempre sabe de tudo.

- Olha, sobre você ela até sabe, só deixa porque confia em você e porque Loli está precisando de companhia.

- Ela sabe?

Eu já sei que ela sabe, Rachel e eu tivemos uma conversa super constrangedora sobre isso.
Só digo uma frase que ouvi dela " sou jovem demais para ser vovó".

- Alice, você tem certeza que ela sabe?

- Ele caiu duro no chão ontem mais cedo, claro que ela sabe.

- Mas ela sabe que ele vem quase sempre ou só daquela vez?

- SEMPRE NÉ LOLI! Caramba, que lerda.

- Cavala!

Elas são doidas, sempre têm alguma discussão besta, mas depois se falam normalmente como se nada tivesse acontecido. Coisa de irmã, vai entender.

- Opa, opa! Calma aí cunhada, já está com saudades do Matt né? Não desconta na gente eim.

- Você é um mala, Loui-... Zayn

Tá, agora o clima pesou de vez. Lolita me disse como eles três eram melhores amigos antes de tudo, então Alice também sofre com a morte dele, sofre demais.
Já fui chamando de Louis por ela algumas outras vezes, sempre acabo fazendo alguma piada para mudar de assunto, mas acho que agora não é uma boa hora.

- Alice..

- Não, deixa, me deixa. Desculpa por isso Zayn.

- Imagine, não tem motivos para desculpas.

Então Alice sai do quarto e vai para o banheiro.

- Melhor você ir indo, amor.

- Tá bom, meu amor. Eu te amo demais.

-Eu te amo mais ainda, xuxuzinho.

- Xuxuzinho?

Ela inventa cada apelido para mim, como eu amo isso.

- Sim, meu xuxuzinho.

Rio e tenho uma ideia de apelido genial.

- Beijo, minha cenourinha.

Lolita sorri, aquele sorriso brilhante, que ilumina qualquer canto obscuro de minha alma, assim como Emma fazia em meus sonhos.

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Outro corpo, mesma almaOnde histórias criam vida. Descubra agora