TRINTA E CINCO

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Gabi point of view

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Gabi point of view.

A Liz tá mais ansiosa que eu, papo reto. Vou conhecer os pais dela, e ela não para quieta.

Eu sei que tudo isso é insegurança sobre o pai dela não gostar de mim. Eu tô de boa sobre isso. É claro que não vou me sentir confortável se ele não gostar de mim, mas eu acho que vai dar tudo certo, tenho fé.

Descemos do carro e pego em sua mão, lhe passando a confiança que eu não tenho. Seria tão mais fácil nós dois irmos logo pra Vegas e eles irem depois, lá nos encontavamos. Mas não, ela queria porque queria que eu os conhecesse hoje, agora tá desse jeito.

Assim que entramos na casa, os olhares são direcionados a nós dois e tem uma pessoa que eu não queria ver, principalmente aqui.

Que filha da putagem, viu? Trazer esse filho da puta pra cá, mesmo sabendo de todos as coisas que ele fez pra Liz. Por falar nela, assim que vê ele, aperta ainda mais minha mão.

Sua mãe vem em nossa direção e ficou na cara os sorrisos falsos que eu e Liz demos. Ela abraça a Liz, fala uma coisa em seu ouvido e em seguida me abraça.

— Que bom te conhecer, meu filho — fala entre o abraço, mas depois sussurra apenas para eu ouvir — Desculpa por isso, viu? Não sabia que ele viria, mas não liga pra ele.

Paramos o abraço e ela nos guia até o sofá. O pai da Liz não olha pra mim, apenas continua conversando com o Yuri e o Breno que ela pra mim e manda um joinha.

— E aí, Gabi. Suave? — pergunta.

— Suave, parça, boa tarde pra todo mundo — falo antes de me sentar ao lado da Liz no sofá. O Yuri acena com a cabeça e eu reviro os olhos.

E sabe sobre o que eu disso sobre não me sentir confortável? Esse desconforto triplicou com ele aqui.

O pai da Liz nem mesmo olha pra ela. Ela nunca me falou sobre sua família, mas pelo o que eu to vendo, o pai é rancoroso e marrento, a mãe é carinhosa, mas manda em tudo, o Gustavo é o irmão legal e o Breno é o mais ou menos, o típico só sustenta a família.

— Benção, pai — ela diz e eu suspiro. Se ele não responder eu brigo e não tô nem aí.

— Deus te abençoe — diz, seco, sem olhar pra ela, fazendo ela suspirar e passar a mão no rosto.

Anda — fala comigo antes de se levantar e ir andando pela casa, como eu não conheço nada, apenas vou lhe seguindo, subimos as escadas, até ela parar no corredor e abrir uma porta, bufando ao olhar pro quarto — Mas nem fudendo que ele fez isso.

— Foi o pai que escolheu, Lizinha — o Breno aparece e ela se vira, olhando pra ele.

— Foi ele que mandou o Yuri vir, né?

— Foi — ele diz e ela começa a descer as escadas, indo em direção da sala — Liz...

— Mãe! — ela chama a mãe que aparece na sala.

𝐌𝐈𝐒𝐓𝐄́𝐑𝐈𝐎 | 𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀(𝐏𝐀𝐔𝐒𝐀)Onde histórias criam vida. Descubra agora