TRINTA E SETE

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Gabi point of view.

Tá rolando karaokê. Sim, do nada. A Liz faz uma que dormiu e eu fiquei com dó de acordar ela, então deixei ela lá e vim pra sala. Aí do nada o Hariel, Ig, Ryan e o Paiva chegam. Foi aí que começou o karaokê.

O Paiva veio com um microfone, conectou na televisão e colocou o karaokê no aplicativo. Até minha sogra entrou nessa. Cantou alguma música do Bruno e Marrone com o Paiva. Foi hilário porque ele não sabia nada da música, só a dona Camila salvava a música.

Por falar nela, está vindo com uma Heineken na mão na minha direção. Me lembrou minha mãe. Ela ama uma verdinha. Ela me entrega a cerveja e sai, indo de novo pra perto do microfone e dessa vez puxa o Ig pra cantar junto com ela.

O Jorginho tá aqui, no momento está brincando com o Hariel. Ele me amou. Ficou brincando comigo um tempinho depois de se cansar e ir perturbar o pai.

Me lembro de me certificar que a Liz está dormindo bem. Depois daquela crise eu fiquei preocupado. E ela falou que me ama, né? A felicidade na hora foi inexplicável. Eu queria gritar e falar pra todo mundo o que ela tinha dito.

Chego no quarto e ela não está mais na cama, mas escuto o barulho do chuveiro e a porta aberta. O carinha lá teve aqui mais cedo pra tirar tudo o que era dele.

O que eu esqueci de falar é que a viagem vai ser com várias pessoas, não só com os pais da Liz, mas com nossos amigos também. Tanto os meus amigos, quanto os dela. Vamos passar o resto do dia aqui, amanhã de manhã o Gustavo chega com nova namoradinha dele e a tarde vamos para o aeroporto.

Me escoro na porta, cruzo os braços e fico olhando pra ela. Ela ainda não viu que estou aqui. O vidro do box um pouco embaçado, mas mesmo assim consigo vê-la. Não vou entrar lá, se eu entrar não vamos tomar banho e seus pais estão lá embaixo.

Ela acaba o banho e pega a toalha, e é a hora que ela me vê e dá um gritinho de susto.

— Que susto, bê! — leva a mão até o peito — Você tá aqui desde quando?

— Foi mal — dou uma risada curta — Estou aqui tempo o suficiente.

Ela passa por mim, provavelmente já sabendo que sua mãe colocou sias roupas no closet e vai pra lá.

— Que cantaria é aquela alí embaixo? — pergunta e eu dou risada escutando a voz do Ig toda desafinada cantando Sinônimos.

— Karaokê. Sua mãe já arrastou o Paiva e o Ig pra cantar, ainda me deu uma verdinha — mostro a garrafa e ela ri, negando com a cabeça.

— Típico dela dar Heineken pra alguém — veste o short — Por falar nisso, ela gostou de você, Bi.

— Eu sei — me gabo.

— Fica se gabando aí e se esquece que meu ex tá aqui também — ela diz e meu sorriso morre, fazendo ela rir da minha cara.

— Ha ha, engracadão — forço uma risada — Já dá pra trabalhar em circo. Idiota.

— Que isso, vida? — ri e se aproxima de mim, já completamente vestida, colocando suas mãos em meu peitoral e arranhando por cima da camisa — Tô brincando.

𝐌𝐈𝐒𝐓𝐄́𝐑𝐈𝐎 | 𝐆𝐀𝐁𝐑𝐈𝐄𝐋 𝐁𝐀𝐑𝐁𝐎𝐒𝐀(𝐏𝐀𝐔𝐒𝐀)Onde histórias criam vida. Descubra agora