Capítulo 26.

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Autora: DEPOIS DE DÉCADAS... BROTEI :]

E não consigo acreditar ainda que batemos 50 k de visualizações, é um sonho cara e vocês, meus caros leitores fizeram esse sonho torna-se real. 

Então muito obrigada piratinhas, por tudo! 

Bom no capítulo de hoje teremos o ponto de vista do nosso Ruivo depois de tudo o que ocorreu com a Anne. Espero que gostem!

Boa Leitura <3

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Pov's Shanks

Eu...

Eu não conseguia olhá-la. Tudo o que fiz quando a vi foi chorar e não consegui dormir a noite que veio.

Não, eu vigiei o quarto de Annelise enquanto ela descansava, coloquei cada homem meu em um ponta daquele castelo e ilha para matar o que quer que fosse desconhecido e perigoso.

No único instante o qual eu fechei meus olhos a lembrança do tiro atravessando o peito e a cabeça de minha mulher fora o necessário para eu despertar ofegante. Eu ficaria noites sem dormir com aquele pesadelo me rondando, então além de observar Annelise, eu tinha que lidar com certos ruídos do quarto ao lado.

― O que é isso? ― Meu olhar voltou para Annelise que bocejava. Despertada pelo barulho, presumi eu.

Engoli em seco sentindo todas as minhas palavras desaparecerem no mesmo instante e minha garganta secar como se eu não tivesse enchido a cara desde que ela dormiu. Passei a mão por meus cabelos e respondi:

― Acho que o Mihawk está nos dando o troco ― deixei um mini sorriso surgir ao ver o semblante confuso dela ― e a Úrsula está ajudando-o muito bem.

Os olhos castanhos da dama se arregalaram e uma coloração rosada tomou suas bochechas antes dela responder com uma pergunta:

― Então eles realmente...?

― Dracule Mihawk pode negar até a morte envolvimento com a Úrsula, mas jamais poderá negar o amor que partiu seu coração há cerca de vinte anos. ― Soltei um suspiro tão longo que parecia que eu estava o prendendo por muito tempo. ― Você... Precisa de algo? Água? Comida? Sente alguma dor ― parei abruptamente e me levantei correndo até a porta ― você acordou eu deveria pedir para Hongo te examinar, já volto Annel―

― Shanks ― ela me chamou em um tom um pouco alto ― pare aí ― acho que ela não notou que desde que proferiu meu nome eu congelei, mas não consegui me virar para ela. O peso da culpa não me permitia. ― Vire-se ― hesitei ― vire-se Shanks... E venha até mim ― sua voz vacilou e quando a encarei seus olhos brilhavam ― venha meu amor.

Meus pés pareciam presos a corrente e eu não conseguia sequer dar um passo, apenas fitei o chão sentindo as minhas lágrimas descerem por meu rosto sem a permissão. Eu era patético.

Não por ser a porra de um pirata poderoso derramando lágrimas na frente de uma dama e sim por eu ter sido um completo inútil e não ter consigo fazer nada para proteger a minha dama da noite e o meu bebê. Eu não fiz nada além de chorar e lamentar a morte do meu filho com a minha mulher em vez de protegê-los.

Aquelas lágrimas eram de dor, raiva e vergonha em estar na frente dela e não ter a devida coragem de abraçá-la e dizer que está tudo bem. Por isso permaneci em pé e de costas para ela tentando ter o movimento do meu corpo de volta para que eu pudesse sair dali, mas nem isso consegui.

E algo em mim quebrou-se quando senti os braços longos e finos rodearem meu corpo e sua cabeça roçar em minhas costas. Annelise me abraçou com toda a força que tinha e eu me senti um lixo quando senti suas lágrimas molharem a minha camiseta e minhas costas.

A mulher que jurei a mim mesmo amar e proteger chorava por minha culpa.

― Não é sua culpa ― ela sussurrou baixo. Uma mentira. ― Nem minha, nem sua ― mais e mais mentiras. Eu era o culpado, apenas eu. ― Vai ficar tudo bem meu amor.

Aquelas doces palavras que deviam sair de mim, vinha dela. Mas era Annelise que fora morta, que perderá nosso bebê e deveria ser eu a consolá-la e dizer que tudo ficaria bem. Por que diabos eu parecia mais frágil que ela? Não devia sentir seu calor quando tudo o que merecia era seu desprezo.

Levei minha mão até as suas e segurei firmemente sentindo meu coração disparar e jurei sentir o dela também rente as minhas costas.

― Por favor meu amor ― pediu ela ― vire-se para mim.

E foi naquele momento que meu corpo obedeceu e fiz o seu desejo. Annelise tinha grandes olheiras, seus cabelos bagunçados e pele pálida. Ela havia morrido e voltado, mas mesmo em um estado que muitos diriam ser crítico, ela era a mulher mais bonita do mundo para mim.

Annelise ficou na ponta dos pés e suas mãos deslizaram até meu pescoço e rosto fazendo com seus dedos roçassem minha barba rala.

― Vai ficar tudo bem Shanks ― voltou a dizer ― eu estou aqui agora... Estou viva e segura...

Sim ela está.

― Não precisa chamar o Hongo agora ― Annelise me olhou ― por favor eu quero descansar.

― Você po―

― Quero que você descanse comigo. ― Ela mordeu o lábio ― por favor meu amor, não me deixe mais, por favor... ―Seus olhos brilharam em lágrimas ― vamos dormir okay? Por favor.

― Prometo não a deixar sozinha, minha bela dama da noite ― sussurro e então deposito um beijo em sua testa.

De forma lenta Annelise me direcionou a sua cama e então retirei minhas sandálias e a capa de meu corpo. Deixei um selar em seus lábios quando nos deitamos juntos e algo em meu coração se partiu ainda mais quando ela aninhou-se a meu corpo como seu quisesse ser protegida do mundo.

Abracei-a de volta e não demorei nem um pouco ao ouvir sua respiração leve que revelava seu sono. Annelise apertou minha mão firme e então sussurrou:

― Eu te amo Shanks, estou completamente apaixonada por você e mesmo se eu tivesse morrido essa noite eu ainda te amaria no pós vida. Amar é apenas uma palavra para eu descrever o quanto eu lhe aprecio e lhe quero, Shanks o ruivo, minha alma é sua assim como meu coração, mas gosto do termo de alma, pois me sinto destinada. Vivo e viverei por você e ao seu lado, estar sem você seria o mesmo que afogar-se no mar para mim e prometo a partir de hoje não ser apenas uma garota fraca. Eu vou me proteger e vou proteger você e...

― Eu também te amo Annelise Carrico ― sussurrei ― desde que a vi dançando naquela praça, desde que lidou com aquele babaca. A mulher mais bela que rodopiava a fonte da braça enquanto deixava a liberdade afeiçoar-se de seu corpo balançando a melodia da música enquanto tudo o que eu notava era as suas feições: olhar, sorriso e alegria que alegrava meu coração. Eu te amo tanto minha bela dama dançarina e prometo que lhe deixarei segura.

Isso pareceu ser o suficiente para que ela dormisse em meu braço completamente.

Ela ficaria segura. Mesmo que talvez Mihawk precisasse de um novo lugar para viver eu sabia que assim como protegi minha filha Ryuu, ele protegeria a dele.

Protegeria a de monstros, marinha, pesadelos, piratas.

E de mim.

Shanks e a Dama da Noite Onde histórias criam vida. Descubra agora