Vivendo ou sonhando

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Eu estava em extase, era maravilhoso para mim o que estava acontecendo, era quase irreal. Pensei em me beliscar algumas vezes para ter certeza de que não estava dormindo em minha cama. 

Quando terminamos o banho ele esperou que eu me enrolasse na toalha para me abraçar e ir me empurrando até a cama.

— Ainda quer a camisa? Por mim pode ficar sem nada. — ele riu dando de ombros e me estendeu a camisa.

— Quero sim, obrigada! — estendi a mão para pega-la, mas ele me puxou pra ele novamente segurando firme em meu cabelo antes de iniciar novamente um beijo.

Mas esse era como os antigos, quente, desesperado, daqueles que te sufocam de prazer. Equanto nos beijavamos ele deixou seu corpo cair sobre o meu para que me deitasse na cama e o peso daquele corpo fez meus olhos queimarem e minhas pernas corresponderem se prendendo em seu quadril. 

O beijo levou aquilo que eu já queria desde o banho, nada de toalhas, minhas mãos percorrendo seu corpo e meus olhos fixados nos seus. Seu quadril se chocando contra o meu corpo, meu sangue fervendo dentro de mim e sua mão me forçando olha-lo enquanto ele me penetrava. No segundo seguinte ja estava de costas, totalmente submissa, totalmente inundada de prazer e arrepiada só de sentir nossos corpos suados se tocarem. Foi assim, como eu precisava e praticamente só ele sabia fazer ou pelo menos eu acreditava nisso.

Depois de termos chegado ao ápice juntos, como nenhum outro homem havia conseguido fazer comigo, ele deixou seu corpo cair sobre o meu, sua respiração pesada arrepiando minha pele e eu conseguia o observar de olhos fechados tentando se recompor. 

Aquele dia tinha sido a mistura perfeita entre carinho e sexo, e se eu não estava apaixonada antes de hoje com certeza não passaria. Quando finalmente sua respiração regularizou ele saiu de cima falando tão baixo que tive que me aproximar para entender o que ele estava dizendo.

— A gente tem essa mania de tomar banho antes e agora vamos ter que tomar de novo. — respirei fundo para recuperar meu folego, porque ao contrário dele eu não era nenhuma atleta. 

— Mas daqui a pouco, por favor, ainda não tenho condições de sair da cama. — ele riu abrindo os olhos para me encarar e se deparou comigo quase que fazendo um bico enquanto o olhava.

— Tudo bem, daqui a pouco. Vem cá! — ele me puxou escondendo-me em seus braços e ficou acariciando minhas costas.

E era obvio que aquele gesto me faria dormir, mas não durou muito aquele cochilo, já que escutei em algum lugar do quarto meu celular tocando. Ele também acordou esfregando os olhos e me olhou antes de estender a mão e pegar o celular. Era a Bárbara em ligação de vídeo junto com a Clara, mas é obvio que eu não podia atender. Desliguei me deitando em seu peito novamente e apenas enviei uma mensagem.

"Não posso atender agora, amanhã ligo para vocês!"

Quando me viu apertar o enviar ele tirou o celular novamente da minha mão e eu não pude escapar, ele me carregou para o banho e nesse momento pude perceber que o relógio já marcava 22h. Ele deixou escova e demais itens de higiene no banheiro para que eu usasse e quando saí de lá apenas vesti sua camisa sem nem ao menos vestir minha calcinha e me joguei na cama de novo. 

Ele passou estendendo a mão para dar um tapa em minha bunda e disse saindo do quarto.

— Vou pegar água e pedir algo para a gente comer. Preferência? — neguei ainda sem forças para verbalizar — Tudo bem, já volto, linda! — ele falou já abrindo a porta o quarto. 

Me estiquei na cama sentando e peguei o controle ligando a televisão. Ele voltou rápido mesmo, me entregou a caneca com água e se sentou ao meu lado. Quando terminou de pedir a comida se virou pra mim sem entender porque eu estava zapeando os canais sem parar em nenhum.

— Tá entediada?

— Não. — respondi rápido e ri percebendo meu medo de que ele achasse que eu nã o estava gostando — Só não sei o que assistir.

— Quer ver um filme? Não tem quase nada bom na televisão uma hora dessas. — assenti e ele pegou o controle da minha mão.

Ele não esperou que eu escolhesse o filme e fez certo, afinal eu era muito indecisa nesses casos. Quando deu o play, abriu as pernas batendo a mão no espaço entre elas e disse.

— Senta aqui.

Não respondi, não pensei, só agi. Sentei no espaço indicado por ele e repousei o corpo em seu peito. Ele beijou meu rosto e depois me pescoço e me abraçou iniciando um carinho quase imperceptivel em minha coxa com as pontas dos dedos.

O interfone tocou indicando que a comida havia chegado, ele parou o filme, me afastou um pouco e saiu do quarto vestindo uma camisa para ir até a porta. Eu peguei o celular para finalmente comunicar com as meninas e o grupo estava lotado de mensagens.

" Clara: Essa safada da Anna deve tá dando, pra ela não responder só isso ou estando morta.

Bárbara: Deve estar tomando gol até dizer que chega.

Clara: Batendo um bolão kkkkkkkk

Bárbara: E que bola viu kkkkk"

Elas eram baixas quando queriam e eu até ri das mensagens, porque minha maturidade era igualzinha a delas, mas não consegui pensar em mensagem melhor do que a que eu havia enviado.

"Bem que vocês queriam estar tomando gol também, oh bando de invejosas."

Percebi que ele ainda não havia voltado, decidi me levantar e ir procura-lo. Foi de longe a cena mais bonitinha que meus olhos puderam ver. Ele estava na cozinha arrumando tudo com maior capricho e eu não pude deixar de sorrir, um sorriso largo, daqueles que quase soltamos até uma gargalhada, o que o fez perceber minha presença e corar. Era tão fofo, parecia vunerável e eu me aproximei para abraça-lo por trás enquanto ele terminava de arrumar. 

Eu realmente devia me beliscar, eu não sabia destinguir se eu estava vivendo um sonho criado por mim ou se aquilo era a minha atual realidade. Receber tanta atenção e carinho do cara que eu desejava. Sabe o pior não conseguia me lembrar dos dias que vieram anteriores aquele, era como se eles nunca tivessem existido e aquele cara cheio de carinho sempre tivesse sido ele. Eu não sabia porquê, eu não sabia até quando, eu não sabia se era realidade ou fantasia. Mas eu só queria desfrutar daquele momento sem medo. 

Reserva- Richard RiosOnde histórias criam vida. Descubra agora