LUKE HOBBS
Franzi o cenho ao ser atingido por uma claridade inesperada. Eu sempre fecho todas as cortinas e tenho cuidado ao acordar, mas desta vez, quando abri os olhos, percebi que havia deixado as cortinas da sacada abertas. Eu estava deitado de lado, virado para dentro do quarto e de frente para o espelho chumbado na parede, que refletia a luz que vinha da sacada. Havia uma perna sobre mim, presa entre minhas costelas e meu braço esquerdo, além de um braço sobre meu ombro, em meu pescoço. Depois de um tempo me acostumando com a ideia de estar acordado, sorri ao ver o rosto de Verônica amassado contra a minha montanha de travesseiros e ao perceber que eu havia escorregado para baixo na cama, fazendo-me parte da conchinha de dentro. Ela respirava tranquilamente, num sono aparentemente tranquilo e agradável. Eu não sabia que horas eram, mas sabia que precisava pegar meu celular e impedir seu despertador de tocar e acordá-la. Entretanto, me deixei levar por duas coisas; a primeira era que eu não queria me mexer e acabar acordando-a de qualquer jeito. Já a segunda era que eu estava me sentindo muito confortável naquela posição. O travesseiro que estava entre nós, agora está caído no chão e eu sinto o corpo dela colado nas minhas costas. Sinto a blusa de seu pijama embolada e a quentura de sua barriga sendo passada para mim. Fechei os olhos e me permiti curtir o momento, sentindo meu corpo arrepiar sempre que ela respirava fundo. Mexi as pernas involuntariamente e acabei por sentir minha ereção matinal dentro da bermuda.
Abri os olhos.
Se Verônica acordar agora e me ver assim, é bem capaz de arrumar suas coisas e voltar correndo pra casa.
Tarde demais.
Meu celular despertou, indicando que eram 7:00 am e eu respirei fundo ao senti-la se mexer. Estiquei o braço até a mesinha de cabeceira e desliguei o despertador, olhando rapidamente as notificações da noite aparecendo na tela. Pelo espelho, ainda sem me mexer, observei Verônica abrir os olhos e franzir o cenho ao dar de cara com minha careca entre seus braços. Ela ergueu uma das sobrancelhas e eu percebi que ainda estava sonolenta e um pouco assustada. Quando ela ameaçou se levantar correndo, eu travei sua perna sobre mim. Ela ergueu um pouco o corpo sobre o cotovelo direito e me encarou.
— É o Luke. — murmuro, a voz ainda mais grave pelo sono — Bom dia.
Ela franziu o cenho e pareceu finalmente recobrar a consciência. Em um gesto rápido, ela suspirou e encostou a testa no meu braço, encarando sua perna por cima de mim. Eu a soltei devagar, confiando que ela não fugiria de mim correndo.
— Bom... — ela jogou as costas no colchão — Dia. — disse arrastado
Aproveitei que ela escondeu o rosto com as mãos, ao se encolher em posição fetal, e me virei para ficar de frente para ela. Embolei o edredom da cama entre minhas pernas, cobrindo minha cintura.
— Desculpa. — ela começa dizendo — Você pegou no sono, mas agarrou minha mão, então eu fiquei de esperar você dormir pesado pra sair, mas acabei...
— Eu não sabia que você era tão tagarela já pela manhã. — franzo o cenho ao interrompê-la
Claro que nos últimos meses sendo parceiro de academia dela, eu percebi que Verônica é uma pessoa matinal. Ela não tem mau humor ao ir malhar comigo às seis e meia da manhã e adora observar os primeiros raios solares surgindo da janela da academia. Entretanto, eu não queria ela se desculpando em plena manhã, após dormir ao meu lado.
Ela ergue a cabeça com o cenho franzido e me observa segurando o riso. Ela acabou sorrindo também. Se mexe, tentando se deixar confortável e estica as pernas, abraçando um travesseiro grande.
— Eu não queria piorar sua dor nas costas. — ela murmura
— Na real, acho que já estou melhor. — digo ao me dar conta de que não senti dor ao mudar de posição
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Laços Proibidos - Coração vs Lei
FanfictionLuke Hobbs, um agente do DSS, costumava basear seus princípios em preto e branco, bom e mau. No entanto, uma grande reviravolta acontece quando ele é enviado para uma missão no Rio de Janeiro para capturar Dominic Toretto, Brian O'Conner e, por tabe...