Melancolia 08 - As buscas continuam

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Algumas horas se passam, a nevasca reduziu bastante, para apenas uma neve normal, porém o chão está coberto, aparentemente um pouco profundo, do qual dificulta um pouco a caminhada ao destino que Akihiko planeja ir.

O rapaz olha pela janela, tentando observar a situação das estradas, sabendo que terá que tomar cuidado, ele vai até a porta e a abre, buscando uma resposta para a profundidade em que a neve se encontra por ali, e pelo visto está um pouco mais rasa do que ele esperava, enquanto isso, Sanae apenas o observa atentamente, como a stalker que é.

— Acho que já podemos partir. — Akihiko pega sua mochila e olha para a garota.
— Espera... — Ela se segura na mochila dele.
— Tem algo que você quer pedir? — Ele observa, de forma solidária.
— Sim, tem dois rapazes na minha casa, acho que eles podem ser úteis para você. — Sanae aponta para a direção da casa.
— Bom, necessito de mão de obra em nossa base, então creio que vai valer à pena. — Akihiko concorda em ir atrás das duas pessoas da qual a garota mencionou.
— Bom, minha casa é aquela ali. — Ela mostra exatamente qual é a casa.
— Pelo visto você não andou tanto até parar aqui... — Obviamente ele desconfia do motivo dela ter parado ali.
— Pois é, não dava para enxergar nada no meio da nevasca. — Sanae percebe e tenta inventar outra desculpa.
— Sei... — Akihiko é um pouco sarcástico, mas tenta acreditar na desculpa da garota.

Eles enfim saem da casa, caminhando com certa dificuldade até a casa de Sanae, onde seus dois capangas se encontram, já é praticamente final da tarde e o pôr do Sol pode ser visto, apesar da grande periculosidade da noite na Nolviere espelhada, é uma boa ideia adiantar alguns quilômetros andados.

Aproximadamente 10 minutos se passam e eles chegam na casa da garota, Akihiko abre a porta um pouco rápido demais, assustando os dois capangas, que olham desesperadamente para os lados, em busca de sua chefe, porém não a encontrando nesse momento, eles pegam suas espadas e se preparam para o combate, sabendo exatamente quem o rapaz é.

— O que você fez com a senhorita Sanae? — Um dos capangas grita, tremendo enquanto segura sua espada.
— Ela está bem aqui. — Akihiko, sem se importar com a ação e desespero dos rapazes, abre um pouco de espaço para a garota passar.
— Se acalmem, ele está com a gente. — Sanae parece estar tranquila, dá para sentir uma felicidade imensa em sua fala.
— Mas você não disse que... — O outro capanga tem sua fala cortada por um puxão de orelha do outro, Sanae vira o rosto enquanto ele fica completamente vermelho, desviando seu olhar de tudo.
— Que patetas... — Akihiko suspira, um pouco decepcionado.

— Bom, o que te traz aqui, demônio do vazio? — O primeiro capanga toma a frente na fala.
— Bom, a garota aí vai entrar para minha facção e quer arrastar vocês dois com ela. — Akihiko aponta para ela, enquanto explica a situação.
— Ah, é sério? — O segundo capanga parece um pouco surpreso.
— Sim, quanto mais mão de obra conseguirmos, mais forte vamos ficar. — Ele se espreguiça, lembrando do quão complicado era fazer as coisas sozinho.
— Sendo isso, acho que podemos ajudar. — O primeiro aparenta concordar com os termos.
— Inclusive, quais são seus nomes? — Enfim Akihiko pergunta o nome de ambos, não deixando eles serem apenas figurantes não nomeados.
— Eu sou Yves. — O primeiro capanga diz seu nome.
— E eu sou Pietro. — O segundo parece estar um pouco inseguro de sua identidade.

— Legal, um russo e um italiano, bem que dizem que esse pedaço de terra no planeta é bem diversificado, eu mesmo sou japonês apesar da minha aparência latina. — Akihiko parece estar contente com tal fato.
— Você tem razão, parece que estamos em um grande feirão mundial. — Yves dá risada ao ligar os pontos de tal fato.
— Quem é o latino entre seu pai e sua mãe? — Pietro parece estar mais confortável agora.
— Minha mãe, ela é brasileira, sou mais parecido com ela, enquanto minha irmã é mais semelhante ao meu pai. — Os rapazes parecem estar se divertindo bastante.
— Acho que esqueceram de algo... — Jogada de canto como uma nerd esquisita, Sanae bate o pé no chão, aparentemente estressada.
— Ah é, foi mal. — Akihiko coça seu queixo, lembrando da existência da garota.

Kirgraad: MelancholyOnde histórias criam vida. Descubra agora