Distopia 35 - Águas Termais

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O descanso merecido, novas histórias!

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Após a longa caminhada que durou a metade de um dia inteiro, começando pela manhã, enfim o grupo da linha de frente pode repousar em uma luxuosa e surpreendente pousada com fonte de água termal à ceu aberto, visto o frio que está na Dimensão Espelhada nesse dia, curiosamente, está um pouco mais quente do que ao meio dia, algo bem comum nesse lugar um tanto quanto esquisito.

Descansando em uma fonte termal de água quente, todos estão ali, a única preocupação é conseguir o tão sonhado banho relaxante e merecido por todos, a presença de Akihiko no local de banho não incomoda nem um pouco, visto que uma toalha cobre o corpo de todas as garotas, também não o incomoda, visto que seu pensamento está no dia seguinte.

— O que anda pensando, Aki? — Sagiri se aproxima e fica ao lado do rapaz.
— Chegamos até aqui, mas não temos um plano verdadeiro de como vamos encontrar o exato lugar em que Daiki está... — Ele parece estar refletindo, tentando encontrar algo convincente em sua mente.
— De barriga vazia, você não vai conseguir pensar em nada... — A garota encosta a cabeça no ombro do rapaz.
— Pois é, você tem razão. — Ele para de pensar por um tempo, lembrando que está com fome.
— A água aqui está bem boa, faz tempo que não visitamos um lugar assim, né? — Sagiri fecha os olhos, enquanto repousa no ombro do rapaz.
— Sim, realmente... — Akihiko a abraça de forma tranquila, apenas deixando o momento prosseguir.
— Você está mais forte, aparentemente... — Ela se aconchega no abraço de seu amigo.
— Andei treinando pesado, deve ser por isso. — Ele acaba rindo um pouco, ser elogiado de forma genuína não é algo comum para o mesmo.

— O que está acontecendo por aqui? — Akemi se aproxima, dessa vez está tranquila demais para se irritar com qualquer coisa.
— Curtindo o último momento de paz que teremos até amanhã. — Ele abre o outro braço, do lado direito.
— Entendi... — Ela se aproxima e se aconchega ali.
— Não entendo o motivo, mas vocês duas estão muito mais manhosas do que costumam ser. — Akihiko olha para suas amigas, que o olham com a mesms expressão de timidez.
— Me sinto sozinha e quero voltar para casa o quanto antes, é só isso... — Akemi desvia um pouco seu olhar, essas palavras não são o que ela queria dizer.
— VOID-SAMA, CUIDADO!! — Uma bola de vôlei vem na direção de Akihiko, o acertando na cabeça.
— Eita... — Sanae tenta se esconder em baixo da água, com medo do que pode vir.
— Desculpa, foi sem querer... — Chihiro se aproxima, se abaixando e levantando de forma extremamente rápida, tentando se desculpar.
— Tá de boa, não se preocupe. — Com a marca da bolada em sua cara, Akihiko sorri enquanto seu nariz escorre um pouco de sangue devido à pancada.

— Mulherengo cafajeste, pilantra safado... — Akemi dessa vez se irritou, o olhando enquanto cruza os braços.
— Pelo visto o motivo de eu levar bolada é culpa minha também. — Ele limpa seu nariz com um pano, jogando água em seu rosto.
— Você olhou que eu sei! — A garota começa a dar socos leves nele.
— O que? — O rapaz levanta uma de suas sobrancelhas, em confusão com o que a garota diz.
— Deixa para lá, foi só uma bolada acidental. — Sagiri segura o rosto dele e procura algum hematoma.
— Mas e esse nariz sangrando? — Akemi aponta para o nariz, que ainda está escorrendo sangue.
— É da pancada, deve ter machucado. — A garota pega o mesmo pano e limpa o nariz dele.
— Mas eu li nos mangás que peguei emprestado da Sanae, que um homem quando vê algo pervertido, o nariz dele... — Ela tenta se explicar, mas acaba se complicando um pouco.
— Eu não tenho ideia do que você está falando, mas não estamos em um mangá e meu nariz não iria sangrar por ver um pouco demais. — Akihiko segue com uma de suas sobrancelhas levantadas, julgando um pouco a garota.

— Mas você viu, não viu? — Akemi começa a se abaixar um pouco, ficando com vergonha.
— Não vi nada porque minha visão estava embaçada por causa da bolada monumental que levei. — Enfim ele dá a resposta que ela queria, demorou mas ela conseguiu.
— Mas você queria ver, né? — Ela segue procurando motivos para ficar irritada com o rapaz.
— Não. — Direto ao ponto, Akihiko apenas permanece sério.
— Que bom, então... — Akemi fica sem graça, voltando para o abraço dele.
— Não sei o que você queria com essa insistência, Keminha... — Sagiri aperta a bochecha de sua amiga.
— Não é possível que só eu vi... — Ela suspira, um pouco chateada.
— E o que você viu? — Akihiko olha para sua amiga, tentando a deixar menos chateada.
— Ela tem uma marca de nascimento que parece um gatinho, na virilha. — Akemi sorri, de forma leve, lembrando do que viu.
— Ah, aquilo... Só percebeu agora? — Sagiri leva sua mão ao rosto, um pouco decepcionada.

Kirgraad: MelancholyOnde histórias criam vida. Descubra agora