Ela me paga (?)

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N/A: espero que vocês pirem com esse capítulo tanto quanto eu pirei escrevendo <3


P.O.V. Saskia



Você me paga, Sadie McCarthy. eu vou te pegar. Ficou me provocando a noite inteira... Eu falo pra ela que quero ela na minha vida, porque a gente acabou se separando de maneira muito brusca e ela me vem com essas gracinhas. Se esfregando em mim, me provocando... Porra, eu to pegando fogo, to pra sair subindo pelas paredes. Provocou, provocou e vazou. Eu não queria nada daquilo, estava tentando ser fiel a Olívia, porque ela não merece uma mentira assim. Mas tava ficando bem difícil. Primeiro porque eu tava indo contra a minha natureza e estilo de vida e segundo... A Sadie... Porra. Que mulher. Isso não tava dando certo. Era somente atração física! Eu só queria... Ficar com ela, pegar ela, só isso. Sabe o que fazemos com desejo? Enterramos. Eu tinha uma mulher linda comigo, eu não precisava de nada disso. Fui tomar uns drinks longe daquela porcaria de pista de dança e encontrei Kara. Essa garota...

-Kara... Eu vou te matar.

-Mata nada! Você tava gostando.

-Gostando? - eu quase gritei e respirei fundo. - Eu to quase entrando em ebulição, porra. Não dá, não tem como a Sadie ficar me cercando assim. Eu já to com alguém. E esse alguém quer fidelidade. Eu não quero trair a Olívia, Kara. Eu quase me rendi, mas... Tá ficando difícil. Tá claro que eu tenho muito desejo por ela, mas é só isso. Desejo. Mas Olívia... Eu amo a Olívia.

-Você não ama a Sadie? - e agora? Eu amo ou não amo? Tudo pareceu tão confuso.

-Não amo. - Kara suspirou.

-Ela te ama.

-Ama nada. - bebi a taça toda de uma vez. Por que ela insistia em falar isso? Até parece. Olívia apareceu e me envolveu, beijando meu rosto.

-Aí tá você. Puxa, o pessoal tá mesmo empolgado hoje, nunca dancei tanto. As jornalistas são bem legais. Gostei delas. Grace é a melhor, sempre conversando comigo.

-Elas são legais sim. - Kara concordou. - Olha só, daqui a pouco a Lena vai falar com cada jornalista que está por aqui. Eu vou lá acompanhar ela. A gente se vê.

Kara vazou e ficamos só nós duas. Eu tava cheia de álcool no sangue, cheia de tesão no sangue... Era agora ou nunca. Suspirei e lá vamos nós.

-Olívia, a gente tem que conversar sobre uma coisa.

-Pode falar, amor.

-Eu vou ser bem direta. Eu... Eu não sou monogâmica. - ela já fechou a expressão e pareceu preocupada. Bom começo... - Eu não te traí. Eu não vou te trair... Mas... Eu sinto que estou indo... Contra mim mesma. Contra minha natureza. E assim eu não consigo ser totalmente... Feliz.

-Eu sabia. Eu sabia que uma festa ia te levar ao limite, mas eu só... Quis acreditar que conseguiria não ser... Assim.

-Eu sou assim. - ok, do jeito que ela falou, não gostei não. Me fez parecer um... Ser bizarro ou sei lá. Errado. - Você me conhece há muito tempo. Eu sempre fui assim e aparentemente sempre serei assim. Eu não quero que chame isso de traição. Eu jamais te trairia. Mas eu preciso de outras pessoas em alguns momentos.

-Isso é culpa minha. Eu não to te satisfazendo, né? É isso, eu sou muito principiante e não consigo.

-Não tem nada a ver com isso, amor. Você me satisfaz sim. Eu te amo! Mas... Eu... Tenho a natureza mais livre. Sou eu, não você. Eu te prometo. To te contando isso porque eu quero que as coisas fiquem claras entre nós, eu quero ser totalmente sincera contigo.

The lawyer and the journalistOnde histórias criam vida. Descubra agora