Presa Com Soldados̷ - slowburn

Capítulo 3

Após Becker terminar o serviço em mim, Caleb e Simon entram na enfermaria.

-Lana, por enquanto você vai ficar alojada perto do nossos quartos, você é responsabilidade nossa já que te resgatamos. -disse Caleb.
  
-Que ótimo! uma risada irônica sai de mim. E o julgamento? Quando vou poder voltar a minha vida e a minha empresa? Se vocês acham que vou aceitar tranquilamente ficar presa aqui,vocês estão loucos. Me levem pra casa! Eu quero falar com o chefe de vocês. -eu digo inquieta.

-Meu bem, você está bem, bem longe de casa. Nosso chefe só chegará semana que vem, ou seja, você vai ficar aqui quietinha esperando, e vai se recuperar enquanto isso. Satisfeita? -Simon diz curvando na minha altura tentando me intimidar.

-Beleza, era tudo o que eu queria mesmo. Me leva na porra do meu quarto eu quero descansar então, parede ambulante! -digo para Simon.

Simon assim como Caleb era alto, deveria ter 1,93 e usava máscara, na verdade era uma espécie de balaclava.

Logo, depois de andar com dificuldade e mancando, Caleb e Simon me guiam e me vigiam enquanto ando pela unidade até o meu quarto. A unidade era grande, corredores e mais corredores, diversas portas grandes de ferro, o lugar exalava segurança máxima.

-Chegamos. Essa é sua suíte. -Simon diz ironicamente.

-Lana, nossos quartos ficam aqui ele aponta para o 32 e 34 o seu é o 33, no nosso meio, tá bem? Bata no meu quarto ou no de Simon se precisar. Não tente fugir vai ser pior pra você e nós vamos te achar, a verdade vai aparecer se você não tiver envolvimento com o ataque. Então, fique até você se recuperar e se comporte. -Caleb diz olhando nos meus olhos, se encurvando a minha altura.

Pude jurar que ele se divertia dizendo isso a mim, essas ordens e conselhos sobre obedecê-lo, como se eu pudesse ver que por trás da máscara havia um sorriso malicioso.

-Tudo bem senhores, vou me comportar enquanto estiver nessa masmorra, não ouso desafiar vocês saindo daqui. Mas, se eu tentasse, sei que conseguiria me esconder de vocês. -digo com uma certa raiva pela situação.

-Tenta. Simon se agacha a minha altura e ri leve. Adoramos brincar de esconde-esconde. Mas não seguiremos as regras se você também não seguir Lana, ou melhor, coelhinha de toca. -Simon termina.

-Só se comporta. -Caleb diz curto e grosso. -E faz uma lista do que você precisa Lana, no máximo 7 coisas, amanhã iremos na cidade. Por enquanto, tem roupas limpas no cabide, devem servir pra essa noite. -Caleb termina de falar e os dois saem do quarto.

  Só podem estar de brincadeira. Puta que pariu, uma semana nessa porra desse lugar, que eu não tenho ligação nenhuma.

O quarto tinha uma cama de solteiro, janela e uma pequena escrivaninha. A parede era branca, porém irregular, nada de se admirar. Tinha o mínimo naquele lugar, apenas isso. Por sorte, as roupas do guarda roupa eram boas e estavam limpas. Fui em direção ao banheiro que estava embutido no quarto, tranquei a porta e liguei o chuveiro, mesmo havendo uma banheira, não estava no clima. Me visto e vou para a cama, até que era confortável o colchão, e as cobertas estavam limpas, percebi o padrão rigoroso com a unidade, bastante organização, o que dificultaria uma possível fuga...
  
-A lista! -digo para mim mesma.

Vou em direção a escrivaninha e anoto tudo o que eu acho que preciso para sobreviver nesses 7 dias. Porra, odeio esse lugar.

1- desodorante
2- shampoo, condicionar e sabonete.
3- camisas
4- calças
5- escova de dentes
6- calcinhas
7- sutiãs
8- algum doce, pirulito ou goma de mascar.

Merda. Ele disse sete coisas? Vou ter que riscar essa porra de número oito. Só queria algo pra deixar tudo menos pior. Se concentra Lana, pegue o essencial que logo tudo isso passa. E assim eu risco o número oito.

1- desodorante
2- shampoo, condicionar e sabonete.
3- camisas
4- calças
5- escova de dentes
6- calcinhas
7- sutiãs 
8̶-̶ ̶a̶l̶g̶u̶m̶ ̶d̶o̶c̶e̶,̶ ̶p̶i̶r̶u̶l̶i̶t̶o̶ ̶o̶u̶ ̶g̶o̶m̶a̶ ̶d̶e̶ ̶m̶a̶s̶c̶a̶r̶.̶

Deixo a lista em cima da escrivaninha e vou dormir.