Dia 7 na unidade, 07:45.
Acordo com o alarme, esse era o último dia antes de eu ir até a cidade, no meu julgamento.Me pergunto o que será que vai acontecer...
Essa semana me pareceu 1 ano. Foram tantas coisas que aconteceram.
Levanto da cama e vou até o refeitório, apesar de não ter café sendo oferecido, Alice tinha comprado pra ela e para mim.
-Ó, pra você. -ela diz me entregando o café e um saco de pão.
-Obrigada gatinha... Gentileza da sua parte. -digo
Depois de alguns minutos em silêncio, ela fala.
-Vou sentir saudades...
-Para Alice. Não vou morrer. E você vai achar outra amiga. -respondo
-Come esse negócio logo e para de falar -ela diz enfiando um pão na minha boca.
Quero aproveitar esse último dia com Alice. Quem diria, hoje quero aproveitar mas antes isso tudo era um pesadelo...
Não vejo ambos os meninos.
-Vem pro meu quarto -diz Alice pegando o café e eu faço o mesmo.
Sentamos em sua cama e Alice me conta sobre o encontro dela com o "boyzinho da cidade".
-E você? -ela pergunta.
-Ah resolvemos... -digo
-Todos? ou só 2/3? -ela pergunta e cai na gargalhada.
-Agora pronto! -dou risada- Todos nós resolvemos nossos problemas... E sim, se você está pensando se por acaso eu e Caleb fizemos aquilo, nós fizemos...
Alice põe a mão na boca e começa a rir.
-Gente... Se bem que olhando eles, tá na cara que são tremendamente tarados. -ela diz
-E são mesmo... -digo lembrando de ontem.
Meus olhos começam a marejar pensando sobre abandonar tudo isso.
-Sabe Alice, não tenho nada que me prenda na cidade, e honestamente você vem se tornando uma pessoa muito importante pra mim. -digo segurando as mãos de Alice, que me acolhe com um abraço.
-Eu realmente não queria que você fosse embora Lana. Nunca tive uma amiga como você... Bom, você sabe né, se ficar eu te ensino tudo! -ela diz
Muitas propostas sobre ficar... Todos querem me ensinar tudo, querem que eu fique... Eu não sei o que fazer.
Alice e eu almoçamos juntas também, escutamos música e dessa vez eu contei todos detalhes para ela.
-E depois disso nós três nos abraçamos e dormimos. -termino de contar.
-Você também não é nenhuma santa! Eles são pervertidos, mas você é igualzinha a eles... -ela diz, me fazendo rir
-Ah sim, e você que é a santa né? Vai na cidade e já avisa que tá lá para todos seus ficantes... O primeiro que responder você caça! -digo e ela levanta o dedo do meio.
Alice tinha fitas de filme, uma das únicas coisas que funcionavam na unidade.
Vimos filme de terror a tarde inteira, senti em todas atitudes que ela queria aproveitar comigo. No jeito que ela me oferecia tudo, me abraçava e ria comigo.
Ela tinha um olhar feliz, mas no fundo triste, como se eu tivesse desaparecendo devagar.
Estava tapada com minha amiga, quase no fim do filme, quando escutamos batidas na porta.
Era Caleb e Simon.
-Podemos roubar sua amiga? -pergunta Simon.
Alice me solta um olhar sorrateiro, como se soubesse o que iria acontecer.
-Claro. Não desmontem ela por favor. -ela diz e eu dou uma cotovelada fraca.
Quando saio do quarto, Caleb põe as mãos nos meus olhos, tapando a minha visão. Ele me guia, subo escadas e mais escadas, até finalmente eles pararem.
-Pode abrir os olhos. -diz Caleb
Ao abrir os olhos vejo uma mesa com três cadeiras, velas, taças, vinho, flores... Eles prepararam um jantar no terraço.
Meu coração fica na boca, eu estava tentando não me apaixonar, mas sempre sou surpreendida.
Corro para o abraço de Simon e puxo Caleb junto, ficamos um tempo abraçados.
-Obrigada por isso. -digo dando um beijo na testa de Simon e um beijo na bochecha de Caleb.
-Fizemos macarrão, sei que você gosta. Alice contou. -diz Caleb puxando a cadeira para eu me sentar.
Ambos tiram a balaclava, estavam arrumados. Trajados de preto dos pés a cabeça, mesmo de uniforme ficavam incríveis.
Aquela roupa apertava seus braços, deixando eles extremamente sensuais.
A luz laranja das velas iluminava o terraço, e os nossos rostos.
Eles estavam lindos, o vento batia e a noite deixava tudo especial.
Simon me entrega flores, rosas vermelhas. Um sorriso sai do seus lábios.
-Tá muito bom. -digo dando outra garfada.
-Quero que seja especial pra você esse dia. -diz Simon, e eu sorrio.
-Está sendo...
-Pode ficar melhor. - diz Caleb com um sorriso malicioso nos lábios.
A mão de Caleb aperta a minha coxa, me fazendo suspirar.
O vejo tirar o vibrador do bolso.-Vou deixar você molhada pra receber isso bem calminha. -diz Caleb que vai por baixo da mesa e me chupa, me arrancando gemidos, mas logo são abafados pela mão de Simon.
Quase chego em um orgasmo com o oral dele, mas ele percebe isso e para.
-Ainda não. A noite começou agora Lana. -diz Caleb se sentando novamente a mesa.
Sinto o gelado me penetrar e um gemido baixinho sai da minha boca, mas logo não sinto mais nada, não estava ligado.
Caleb serve vinho a todos e bebemos juntos.
-E pensar que de primeira, eu odiei tanto vocês... -digo
-É eu sei. Mas você também é atrevida. -diz Simon
-Deixa eu refrescar a sua memória soldado: Você foi extremamente estúpido e arrogante comigo, ficava o tempo inteiro me provocando. -digo olhando nos olhos de Simon, que logo dá risada.
-Ah, você gostou desse meu jeitinho que eu sei... -Simon rebate.
-Bem capaz! Não sei quem é pior, você que não calava a boca ou Caleb sendo curto e grosso... "Não sou seu amigo" -Imito Caleb fazendo uma voz grave.
-Você admitindo ou não, sabemos que nossa dualidade te excita Lana. -Caleb diz e eu reviro os olhos balançando a cabeça.
Sinto meu interior começar a vibrar, era Caleb ligando na voltagem mais baixa.
Um suspiro sai da minha boca e eu apoio a cabeça sobre a mesa, arqueando as costas.
Mas o estímulo para, e eu volto a beber vinho.
-Viu como gosta? -Diz Simon.
Eu reviro os olhos em desaprovação, e levanto o dedo do meio, mas Caleb segura e aperta meu pulso forte.
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Presa Com Soldados̷ - slowburn
RomanceLana, uma solitária mulher de 23 anos que tem a vida monótona da cidade e atua no marketing da empresa, divide a vida com Kate, sua única amiga. Sem família, apenas uma amiga e frustrada sexualmente. O improvável ocorre em uma explosão misteriosa n...