-Achei que nunca mais te veria, porra! -respondo abrindo os braços e Simon me agarra.
Eu sabia que haveria mais tempo pra eu pousar naquele abraço, mas eu estava com tanta saudade.
-Não vai se livrar de mim tão fácil. -ele diz- Vamos, não podemos perder tempo.
Simon continua conosco a andar até a porta, agora era mais fácil matar os soldados com Alice e ele no time.
Matamos mais de 20 homens, e um som de helicóptero é escutado da rua.
-É o governo! -Simon diz.
-Só um pouco atrasados... -Alice bufa.
Estávamos quase chegando na porta de saída quando escutamos tiros vindo do fundo.
Um deles acerta a perna de Alice e a mesma grita de dor.
Simon atira do soldado, mas mesmo assim ainda haviam mais. Continuamos a atirar, e Caleb entra pela porta de saída.
-Leva Alice! -Simon grita e Caleb pega Alice no colo, levando até o helicóptero.
Simon me puxa para ficar atrás de uma porta velha, onde nos escondemos dos tiros.
-Só tem mais esses e a gente manda o fora. -ele diz e eu concordo com a cabeça.
Porém assim que olho para o chão onde estávamos, avisto a passagem que Kate havia comentado.
Merda.
Simon põe a cabeça pra fora e mira nos soldados de Kate, matando um a um.
-Vamos? -ele diz estendendo a mão.
-Me desculpa, eu preciso fazer isso... -falo abrindo a passagem no chão e pulando com tudo.
-Lana! -escuto Simon gritar.
A passagem levava até um corredor, era como se essa vadia tivesse planejado esse lugar por anos.
Escuto passos e miro a arma. Atiro quando vejo que é Kate, mas ela sai correndo pelos corredores do subsolo.
-Sua puta! -eu grito enquanto corro atrás dela.
Não havia soldados, não haviam guarda costas, não havia ninguém pra defender e ser o capanga dela.
Era eu e Kate.
O ódio me motivava a correr, e a adrenalina me dava forças que a fraqueza muscular desses últimos dias havia tirado.
Ela atira e eu atiro de volta, porém ninguém se acerta.
-Desiste caralho! -ela fala correndo
-Quando eu te ver morta, eu descanso. -respondo seguindo ela
O túnel acaba, e Kate fica parada. Ela se vira e mira arma em mim, mas eu atiro na perna da mesma e ela cai.
Pego a arma da mulher e guardo no meu bolso, enquanto ela fica com as mãos em cima do buraco da bala, tentando estancar o sangramento.
Atiro denovo, na outra perna.
Miro na cabeça de Kate e puxo o gatilho, mas a munição havia acabado.
Largo a arma no chão e uso a reserva, mas lembro que eu também já havia usado.
-Porra! -grito.
Pego a arma de Kate e miro na cabeça da mesma, até que uma mão toca no meu ombro.
-Lana. Não vai querer levar esse fardo, nem levar isso para o tribunal. Acredita em mim. -Simon diz me olhando.
Respiro fundo, era verdade. Mas a minha vontade era de matar essa mulher.
Ele tira a arma da minha mão, e vejo Caleb se aproximar de nós.
Me viro novamente para Kate, e me ajoelho na mesma, que estava sangrando e com feição de dor.
-Você fracassou denovo, você só fracassa em tudo que faz, Kate. E mais uma vez, perdeu pra mim. -digo pressionando o buraco da bala e descontando o ódio guardado em mim.
Pego ela pelo pescoço e dou um soco no rosto dela.
-Eu só não te mato, porque a morte seria uma dádiva no seu caso. E eu quero que você viva sabendo que perdeu pra mim, e sempre vai perder. -falo enquanto solto o pescoço dela.
Me levanto, Caleb e Simon me olhavam, sem nem mesmo dizer nada ou interferir.
Aquele momento era meu.
-Adeus Kate, talvez numa próxima vida você orgulhe seus pais como você tanto almeja, pena que não foi dessa vez. -digo me virando e escuto um grito vindo da mesma-
Vamos correndo até o início do túnel, voltando pra superfície.
Vários agentes do governo estavam lá, porém já não tinha mais nada a ser feito além de recolher aquele trapo velho, que era Kate.
-Vamos embora. -Simon diz.
-E Alice? -pergunto a Caleb.
-A ambulância levou ela, mas fica tranquila que ela não perdeu muito sangue. -ele diz e eu concordo.
Entro no carro, sem falar nada. Eu estava calada, tremendo e agora que a adrenalina havia passado, meu estômago se embrulhou com tudo.
Me deito nos bancos de trás, igual uma plasta enquanto Caleb e Simon dirijem em silêncio.
Fico grata por eles não terem perguntado nada, e por só terem me deixado quieta por enquanto, eu precisava disso.
Apenar de tudo, eu sentia paz por ter acabado.
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Presa Com Soldados̷ - slowburn
RomanceLana, uma solitária mulher de 23 anos que tem a vida monótona da cidade e atua no marketing da empresa, divide a vida com Kate, sua única amiga. Sem família, apenas uma amiga e frustrada sexualmente. O improvável ocorre em uma explosão misteriosa n...